“Seu espírito é irrepreensível e ela traz vida a tudo que toca.” Assim se refere a ela o líder da banda inglesa Genesis Peter Gabriel.
Com forte influência da cultura do Benin, na África Ocidental, seu país natal, Angelique Kidjo, hoje renomada cantora, compositora e musicista, despertou para a música desde os seis anos de idade, na pequena cidade portuária beninense de Cotonou, capital do país.
A desordem política em seu país obrigou-a mudar se para Paris e posteriormente para Nova York, de onde irradia sua musicalidade amplificada pela sua potente e inigualável voz. Sua forte presença de palco ajudada pela influência de várias culturas e línguas ganharam respeito no mundo da música e expandiram seu público além de qualquer fronteira.
Buscando mixar suas raízes africanas com a música americana, brasileira e caribenha, o seu trabalho foi reconhecido e graças a ele chegou ao topo da premiação como artista. Foi indicada ao Grammy devido à trilogia dos álbuns “Oremi”, “Black Ivory Soul” e “Oyaya”. Mais tarde, recebeu outras três indicações ao Grammy Awards.
Esteve no Brasil pela primeira vez há mais de dez anos apresentando-se com Jorge Bem Jor em Salvador e, mais recentemente em 2002, gravou o disco Black Ivory Soul sob forte inspiração da cultura afro-brasileira. O CD traz uma mistura percussiva de ritmos africanos e brasileiros interpretados pelos melhores instrumentistas do Benim (origem do grupo Yorùbá) e de Salvador, e traz três composições em parceria com Carlinhos Brown, além da releitura de “Refavela”, clássico de Gilberto Gil.
Com seu mais recente trabalho “Djin Djin” ganhou o Grammy na categoria Melhor Álbum Contemporâneo do Mundo em 2008. Gravado numa instituição do Benin o disco tem a participação de Crespin Kpitiki e Benoit Avihoue, renomados percursionistas da banda Benin´s Gangbé Brass.
“Além deles Kidjo incorporou quase uma dezena de expoentes músicos: o baterista Poogie Bell, conhecido por seu trabalho com Erykah Badu e Chaka Khan, o mágico dos teclados Amp Fiddler, cujos créditos incluem-se Prince e George Clinton; Larry Campbell, cujo trabalho multi-instrumental incrementou a música de Bob Dylan, Emmylou Harris e Paul Simon; o gigante do baixo Habib Faye, que tocou com Youssou N´Dour; o guitarrista Lionel Loueke, integrante da banda lenda de jazz Herbie Hancock´s; Romero Lubambo, um maravilhoso brasileiro cujos créditos incluem Diana Krall e Dianne Reeves; João Mota, de Guiné Bissau e Mamadou Diabate”.
“Foi muito importante pra mim que todos esses grandes músicos voltassem comigo às minhas raízes” disse Kidjo. “Eu nunca tinha comprometido essas raízes porque conheço minha identidade e eu aprendi que, a fim de dar através da música, você tem que se posicionar entre outros indivíduos que pertencem a diferentes culturas e estilos e então buscar caminhos para descobrir que nós não somos totalmente diferentes”.
A apresentação de Angélique Kidjo, faz parte da Programação do Ano da França no Brasil e homenageia a cidade São Luís por ocasião do aniversário de sua fundação e se fará na Praça Maria aragão no dia 08 de Setembro.
Graças à cooperação dos Comissariados Brasileiro e Francês do ano da França no Brasil e da Prefeitura Municipal de São Luís, a população de São Luís poderá assistir a esse espetáculo internacional.
Angelique Kidjo se apresentará ainda no Rio de Janeiro (Canecão), em São Paulo e em Brasília (Praça Museu Nacional da República).
Bom proveito.
P.S. Textos em negrito foram fornecidos pela produçõ do show.