Para que serve a dosagem dos níveis de ferritina?

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A ferritina é uma proteína de reserva do  ferro localizada essencialmente no fígado. Sua dosagem é solicitada para  avaliar as reservas de ferro do corpo. O exame costuma ser solicitado  com a dosagem de ferro e do índice de saturação da transferrina para detectar e avaliar a gravidade da deficiência ou excesso de ferro.

A  deficiência de ferro pode ser suspeitada através de um hemograma, o  qual pode mostrar uma redução da taxa dos glóbulos vermelhos  (hematócrito). Estes glóbulos vermelhos costumam ser descorados e menores (anemia  hipocrômica e microcítica). Os sintomas são raros antes que a hemoglobina  caia abaixo de certo nível (cerca de 10,0 g/dL). A taxa de hemoglobina  costuma corresponder a um terço do valor do hematócrito.

Entretanto,  com o progresso da carência de ferro, começam a surgir os sintomas, e o  médico poderá pedir a ferritina e outros exames que avaliam o metabolismo do ferro. Os sintomas  mais comuns de deficiência de ferro incluem: fadiga crônica, fraqueza,  tontura e dores de cabeça.A progressão da redução das reservas de ferro  poderá acarretar falta de ar, sonolência e irritabilidade. Se a anemia se  tornar acentuada, poderá ocorrer dor torácica, dores nas pernas, choque  (queda da pressão arterial) e insuficiência cardíaca (enfraquecimento do coração). As crianças podem apresentar dificuldades de aprendizagem.

A  ferritina pode também ser solicitada quando há suspeita excesso de ferro no  organismo. Neste caso, os sintomas variam e tendem a piorar com o tempo.  São resultado do acúmulo de ferro nos tecidos e podem incluir: dores  articulares, fadiga, fraqueza, falta de energia, dor abdominal,  diminuição da libido e problemas cardíacos.

Para  confirmar a sobrecarga de ferro, também podem ser pedidos outros exames  (ferro, índice de saturação da transferrina, etc.) e um teste genético  para hemocromatose hereditária, uma doença caracterizada por um acúmulo  anormal de ferro em orgãos como o fígado e o coração.

Os  níveis de ferritina são em geral avaliados em conjunto com outros  exames do ferro. Estão baixos em pessoas com deficiência de ferro e  elevados quando há hemocromatose ou outros distúrbios com excesso de  reservas de ferro ou que receberam múltiplas transfusões de sangue. A  maioria dos pacientes que apresentam uma ferritina elevada não apresentam excesso de ferro (nesses casos, o índice de saturação da transferrina não estará elevado).

A ferritina é uma proteína de fase aguda, e também poderá aumentar com  inflamação, doença hepática crônica, infecção crônica, distúrbios  autoimunes e alguns tipos de câncer.  Nesses casos, por ser um exame inespecífico,  não é usada para o diagnóstico ou monitoração do paciente. A esteatose hepática, ou seja, o acúmulo de gordura no fígado, é uma causa comum de ferritina elevada. Níveis muito elevados de ferritina levantam a suspeita da presença de hemocromatose, uma doença genética ou adquirida caracterizada por um acúmulo anormal de ferro em orgãos como o fígado e coração.

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