Estudos de alimentação saudável são contraditórios

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Por que os conselhos de alimentação saudável mudam tanto?

Se você estivesse procurando informações sobre alimentação saudável tempos atrás, provavelmente tentaria limitar, talvez até banir, o consumo de gordura. Ela era associada a obesidade, colesterol e alto risco de infarto.

Pesquisas mostraram agora que pessoas que consumiram mais gordura saturada não tinham maior risco de doença cardíaca, AVC ou qualquer outra forma de doença cardiovascular.

O ovo também vive na corda bamba. Seu consumo já foi vetado para quem tem colesterol alto. Mas, hoje, pesquisas não apontam relação entre o consumo de um ovo por dia e aumento do risco de problemas cardiovasculares.

As explicações para isso são várias. Uma passa por uma dificuldade desse tipo de estudos: isolar variáveis quando se trata de compreender a alimentação humana.

O controle que os pesquisadores têm sobre a alimentação de voluntários está longe de ser total, e muitas vezes eles dependem de relatos das pessoas sobre o que elas comem, informações que não são completamente precisas. Outros fatores não alimentares ainda influem nos resultados, como atividades físicas ou até questões emocionais.

Além disso, pesquisas confiáveis exigem acompanhar grupos grandes de pessoas ao longo de períodos razoáveis de tempo.

Mas, como apontam os nutricionistas, nem sempre pacientes e a mídia têm paciência: quando o assunto é saúde e emagrecimento, respostas milagrosas e modismos fazem sucesso, o que dá combustível a pesquisas com limitações metodológicas ou estatísticas.

É preciso que fique claro que os efeitos da alimentação na saúde não têm percepção imediata, como um remédio que faz a dor de cabeça passar.

Além disso, o público não especializado tem dificuldade para entender que conclusões científicas abstratas sobre os benefícios de determinado alimento não necessariamente se aplicam a casos específicos individuais.

Temos informações gerais, mas ninguém sabe exatamente como cada um funciona. A biologia nunca é uma ciência exata.

Na maior parte das pessoas, por exemplo, o consumo de gorduras reduz o HDL, que é o colesterol bom. Mas estudos indicam, que as gorduras têm o efeito contrário em 20% da população – e não se sabe precisamente o motivo.

Por fim, é bom ter em mente que há gente ganhando dinheiro com modismos alimentares,”O marketing da indústria do emagrecimento é mais rápido do que o estudo científico.”

A solução para lidar com esse mar de informações contraditórias sobre os benefícios e malefícios dos alimentos? Não ficar paranoico com isso.

Quanto mais você pensa em alimentação, mais se estressa. O ato de comer vira uma preocupação. Se você senta para comer estressado, culpado, não vai comer nem digerir do mesmo jeito.

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