Conheça os erros mais comuns que atrapalham o desempenho na musculação

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Praticar musculação faz bem para a saúde e ajuda a deixar o corpo mais definido, mas exige uma série de cuidados nos treinos. Dores, insônia e até mesmo distúrbios psicológicos podem indicar que algo está equivocado.

O médico do esporte do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre listou os erros mais comuns de quem pratica musculação. Confira:

Não avaliar o condicionamento

O check-up médico verifica se a saúde cardiovascular está apropriada para o foco que o aluno pretende dar ao treino — ganhar massa magra ou definir os músculos, por exemplo. Consultar um cardiologista também é importante para testar a tolerância ao esforço e conhecer os limites do próprio corpo.

Além da parte médica, a avaliação física — realizada pelo treinador — é um procedimento essencial para a prescrição do treino, que irá definir os exercícios, a intensidade e a carga adequados por meio da análise das valências físicas (força, potência, percentual de gordura, de massa magra etc).

As avaliações devem ser feitas, em média, a cada seis meses — período que varia conforme a frequência e intensidade dos treinos. O acompanhamento ajuda a corrigir algumas limitações, como erros posturais, falta de equilíbrio do tônus e variação da força muscular em membros diferentes do corpo.

Pular aquecimento e alongamento

Segundo Ziembowicz, o aquecimento prepara o corpo para a atividade, aumentando a estimulação do sistema cardiorrespiratório e o fluxo sanguíneo dos músculos. Já o alongamento aumenta a flexibilidade e a elasticidade dos músculos, diminuindo o risco de uma distensão das fibras musculares durante uma contração forçada ou descoordenada.

Embora pareça simples, o alongamento deve ser orientado por um profissional de educação física pelo menos durante os primeiros dias de treino. O recomendado é o alongamento estático, que alonga o grupo muscular por cerca de 20 segundos. De acordo com Ziembowicz, deve-se evitar o alongamento com movimentos balísticos — que incluem sobressaltos — pois há risco de ultrapassar a flexibilidade do músculo e causar alguma lesão.

A necessidade do alongamento antes da musculação divide opiniões entre especialistas, pois alguns estudos afirmam que ele pode diminuir um pouco o desempenho muscular. O médico acredita que o alongamento pode não ser indicado para um campeonato de supino, por exemplo, mas afirma que é altamente recomendado para treinos de musculação.

Não pedir ajuda

O instrutor, como a própria denominação já explica, está ali para instruir. Ele é responsável por planejar os exercícios e acompanhar as execuções. Faz parte da função do profissional alertar o aluno em casos de movimentos mal feitos e de intervalos não respeitados, o que influencia nos resultados e aumenta o risco de lesões — tendinites, inflamações, dores musculares e até mesmo fraturas ósseas causadas por estresse.

Escolher o tênis errado

Mesmo para quem opta pela musculação, o tênis pode favorecer (ou atrapalhar) o desempenho nos exercícios. Ziembowicz recomenda que seja feita uma avaliação da pisada antes de escolher o calçado, pois eles variam de acordo com os níveis de amortecimento de impacto.

Ainda segundo o médico, é importante ter pelo menos dois pares de calçado pois, assim como os pneus de um carro, o tênis tem uma quilometragem e fica “careca”, não sendo indicado o seu uso por dias consecutivos.

Descuidar da alimentação e da hidratação

Uma alimentação balanceada que respeite os horários da academia e uma boa hidratação, além de prevenirem lesões, também garantem uma boa adaptação aos treinos — melhora do desempenho e proporciona mais ganho de massa muscular. Procurar um nutricionista para saber quais alimentos se encaixam na rotina de treinos é fundamental. E vale lembrar: a suplementação alimentar, como o próprio nome sugere, não é para todos e precisa ser orientada por um profissional capacitado para isso.

Ignorar as dores

A famosa frase “no pain, no gain” (sem dor não há ganho, na tradução literal) não deve ser levada tão a sério assim. Incômodos podem indicar que algo está errado. Converse com seu instrutor sempre que sentir dores, pois elas podem sinalizar muita força e carga ou falta de alongamento após as sessões, por exemplo.

Não descansar

Sensação de fadiga, irritabilidade, alterações de humor, perda de desempenho, insônia, distúrbios alimentares, dores musculares, infecções repetitivas e alterações menstruais (no caso das mulheres). Se esses sinais forem observados, é fundamental procurar um médico. Esse tipo de sintoma pode ser um indício de que o corpo precisa descansar ou ir mais devagar.

Ziembowicz recomenda pelo menos um dia de descanso semanal para quem pratica musculação e também para atletas de alto nível das mais diversas modalidades. Ao trabalhar grupos musculares diferentes, o indivíduo pode-se permitir treinar mais dias durante a semana, pois os mesmos exercícios serão evitados em dias consecutivos.

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