Entenda melhor o colesterol

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Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 20% da população apresentam o colesterol LDL (colesterol ruim) acima do ideal. Aqui no Brasil, esse problema atinge de 12% a 15% da população — aproximadamente 22 milhões de pessoas. Um número bastante significativo, já que níveis altos de colesterol aumentam o risco de desenvolver doenças coronarianas, que ocorrem quando há a obstrução dos vasos sanguíneos pelo acúmulo de gordura nas artérias.

Mas para combater o inimigo, é preciso conhecê-lo melhor.
Existem dois tipos principais de colesterol. O HDL, conhecido como o colesterol bom, remove o excesso de colesterol no sangue, o que reduz o risco de formação das camadas de gordura. Já o LDL, o colesterol ruim, é o responsável direto pela formação dessas camadas de gordura, que prejudicam a passagem do sangue através das artérias.
Os níveis de LDL aumentam devido à ingestão de gordura saturada, presente na carne, no leite e em derivados do leite, colesterol dietético, encontrado nos alimentos de origem animal, e gordura trans, formada no processo de hidrogenação industrial, que transforma óleos vegetais em gordura sólida.
Já os níveis de HDL podem ser aumentados com uma dieta rica em gordura polinsaturada, presente na soja, no girassol e em peixes, e gordura monoinsaturada, encontrada nos azeites e nas frutas oleaginosas como nozes e castanhas. Além disso, frutas, verduras e cereais integrais devem fazer parte de uma alimentação saudável. Atividades físicas também ajudam no controle do colesterol. 
Como o colesterol alterado não apresenta nenhum tipo de sintoma, além de seguir essas dicas de alimentação e exercício, é importante realizar exames periódicos para saber se os níveis de colesterol estão saudáveis

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Correr ajuda a elevar o colesterol bom(HDL)

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LDL. Essa é uma das siglas da enfermidade que contribui diretamente para o
surgimento das doenças cardíacas. Mas se essa sigla que serve para identificar
o colesterol ruim tem grande impacto em nossas vidas, o HDL, nomenclatura do
colesterol bom, também provoca expressivas (e boas) mudanças.

Como basta estimulá-la com a alimentação e os exercícios corretos. Sim, além
do ômega-3 e outras substâncias funcionais que regulam o colesterol, praticar
atividade física também melhora seus níveis.

Trabalhos científicos comprovam que correr ajuda a elevar os níveis de HDL, o
bom colesterol, e consequentemente diminui os índices do colesterol ruim.

Para se atingir estes resultados, basta correr três a quatro vezes por
semana, cerca de meia hora por cada dia. 

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Água para emagrecer

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Um controlador do apetite, que não requer prescrição médica, não tem efeitos colaterais  e com custo quase zero? 

Os resultados de um ensaio clínico novo confirmando que bastam dois copos de água antes das refeições para perder, em média sete quilos em apenas três meses, foi apresentado no 240th National Meeting of the American Chemical Society (ACS).

Segundo a professora Brenda Davy, PhD em nutrição humana e professora da Universidade Virginia Tech, nos EUA, o estudo randomizado demonstrou que o aumento do consumo de água é uma estratégia eficaz para a perda de peso.  A economia, a cada refeição seria de 70 a 90 calorias, podendo chegar a 300 por dia. O segredo do emagrecimento é simples: a água enche o estômago. Com o estômago cheio, as pessoas sentem menos fome.

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Como poupar a sua coluna

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Dor nas costas. Com a vida moderna nas grandes cidades, tempo gasto no trânsito e o dia todo dentro de um escritório, quem nunca reclamou? Difícil, pois de acordo com o neurocirurgião e especialista em cirurgia de coluna vertebral Alexandre José Reis Elias, 90% da população terão pelo menos um episódio ou crise de dor na coluna ou lombalgia no decorrer da vida. E os motivos para isso estão cada vez mais frequentes.
— Podemos dizer que o número de pessoas que sofrem de dor nas costas tem aumentado principalmente em função do sedentarismo, do sobrepeso e do estresse — afirma o médico.
Como definir quando a dor nas costas é passageira ou pode indicar um problema mais grave? Elias explica que o problema mais comum é a lombalgia aguda, com duração da dor inferior a 12 semanas. Trata-se de uma dor que aparece na coluna lombar (entre a última costela e as nádegas), que piora muito ao fazer qualquer movimento com o corpo. Por isso, o paciente anda com o corpo duro. A causa mais comum é algum movimento errado que o paciente fez (carregar peso em excesso ou de forma errada, abaixar o tronco para pegar algum objeto com as pernas esticadas, fazer rotação do corpo mantendo os pés parados no chão em vez de rodar todo o corpo, pegar algum objeto em uma estante alta inclinando o corpo para trás).
Quando a dor nas costas dura mais de 12 semanas, é caracterizada como lombalgia crônica. Por ter causa multifatorial, é bem mais difícil de ser tratada, requerendo a procura de um centro especializado em dor, com equipe multidisciplinar formada por neurocirurgião, reumatologista, fisiatra, ortopedista etc. Independentemente da duração da dor, o indicado é, com o surgimento dos sintomas, que a pessoa procure um especialista para avaliar a gravidade do problema e iniciar o tratamento.
— Apesar de rara, a causa da dor pode ser a presença de fraturas, tumores ou até mesmo uma infecção da coluna. Somente com uma avaliação médica podemos saber se é alguma doença mais grave ou não — completa.
Dicas para evitar a sobrecarga na coluna e a dor
— Não durma de bruços, mas de lado e com um travesseiro entre os joelhos. Ou de barriga para cima, com um travesseiro atrás dos joelhos.
— O colchão não deve ser muito mole nem muito duro. Os semiortopédicos são uma boa opção, porém não existe regra, e a escolha é individual.
— Na hora de sair da cama, vire o corpo para o lado e comece a se levantar de lado.
— Para transportar objetos pesados que estão no chão, agache-se dobrando os joelhos, próximo ao objeto, e pegue-o sem inclinar a coluna. Não carregar peso excessivo (exemplo: maior que três quilos).
— No escritório, utilize cadeiras que não reclinem para trás, com apoio para os braços. Sente-se usando todo o encosto e mantenha os pés totalmente encostados no chão. A tela do computador deve ficar na altura dos olhos para a coluna cervical (pescoço) ficar em posição confortável.
— Carregue mochilas nas costas, usando as duas alças. Cuidado com o excesso de peso, principalmente nas crianças.
— Sapatos de salto alto podem acarretar dor na coluna lombar. Calce-os eventualmente e, caso provoquem dor, evite o uso.
— Dirija sempre com as costas apoiadas no banco e os braços parcialmente flexionados (não esticados totalmente).
— Gestantes devem manter atividade física supervisionada e ficar dentro do peso. As dores lombares em grávidas são comuns e, na maior parte das vezes, não representam nenhum problema sério de coluna. Procure um especialista em coluna para fazer o diagnóstico correto, tratamento e prevenção de novas crises.
— Massagem e outras terapias podem trazer alívio e bem-estar, mas sempre com a indicação de um especialista.
— Para os pacientes com forte dor aguda, é indicada a fisioterapia analgésica com RPG. Para os pacientes que melhoraram, recomenda-se RPG ou pilates para tentar prevenir novas crises.

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“Mitos e Verdades da Suplementação de Vitaminas e Minerais”

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O que são suplementos vitamínicos?
Os suplementos são encontrados em diversas formas, como cápsulas, comprimidos, pós ou líquidos. São indicados a indivíduos que por algum motivo não conseguem ingerir a quantidade ideal de nutrientes por meio da dieta diária. Especialistas recomendam de cinco a nove porções entre frutas, legumes e verduras. Dessa forma, torna-se viável completar a alimentação com tais suplementos.

Qual a diferença entre vitaminas e suplementos?
Vitaminas são os nutrientes existentes nos alimentos e suplementos são as formas industrializadas dessas vitaminas e minerais. São produtos destinados a suplementar a dieta normal, com vitaminas e minerais, para evitar futuras carências desses nutrientes, que prejudicam o bom funcionamento do organismo.

É importante lembrar que os suplementos não substituem a dieta normal, eles participam como coadjuvantes para suprir as necessidades nutricionais de pessoas que não conseguem suprir as doses diárias de nutrientes.

Existe diferença entre vitaminas naturais e sintéticas?
Não, as vitaminas sintéticas dos polivitamínicos têm estrutura química idêntica à das vitaminas dos alimentos.

Há necessidade de acompanhamento médico ou de um nutricionista para consumir um suplemento vitamínico e mineral?
Não há necessidade de prescrição médica, mas é aconselhável uma avaliação nutricional completa ou uma conversa com um médico, antes de usar qualquer suplemento. Além disso, os suplementos vitamínicos que não precisam de receita no Brasil trazem recomendações de doses diárias dentro das faixas de segurança estabelecidas para vitaminas e minerais.

Quais os fatores que variam as necessidades vitamínicas de uma pessoa?
Idade, sexo, deficiências, estado fisiológico (gestação, lactação, infância), atividade física, cultura, hábitos alimentares, etnia.

A quantidade de vitaminas presente nos alimentos é constante?
Não. A quantidade de vitaminas presentes nos alimentos varia de acordo com o seu grau de amadurecimento (no caso das frutas), cozimento, tempo de preparo do prato etc. A quantidade de vitamina de determinados alimentos, estipulada por meio de tabelas, é determinada à partir de valores médios, por meio da composição centesimal dos alimentos.

Quando há necessidade de tomar vitaminas? É aconselhável comer os alimentos no seu estado natural?
Estudos comprovam que, atualmente, há um consumo cada vez maior de alimentos menos nutritivos no mercado, em função do ritmo de vida acelerado e a falta de tempo para o preparo e consumo das refeições. Com isso, o organismo tende a ter carência de nutrientes essenciais, fazendo-se necessária a suplementação vitamínica, sendo hoje a solução mais viável, inclusive, nos períodos de crescimento acelerado.

Em casos em que a quantidade de vitaminas ingeridas na alimentação não atinge as recomendações diárias, deve-se fazer uso de complemento vitamínico, sendo a solução mais viável, mas sempre como suplementação e não como uso exclusivo.

Tomar suplementos de vitaminas e minerais engorda?
Não. As vitaminas e os minerais não têm calorias nem abrem o apetite. Ou seja, não engordam.

Suplementação vitamínica é indicada para quem quer emagrecer?
A suplementação vitamínica não causa o emagrecimento, mas é recomendada para pessoas que estão realizando uma dieta restritiva já que a alimentação nesses casos é carente de vitaminas e minerais.

Se eu tomar suplementos de vitaminas e minerais, corro o risco de ficar intoxicado?
Não há perigo algum desde que se respeite a dose diária indicada na embalagem. Os suplementos vitamínicos vendidos sem receita são formulados para complementar a alimentação e suprir o organismo de nutrientes essenciais.

Há algum risco em consumir vários tipos de suplementos vitamínicos?
Sim. Não se recomenda associar mais de um suplemento, pois poderá haver um consumo excessivo de algumas vitaminas ou de alguns minerais, ultrapassando os limites máximos de segurança.

Tenho que interromper o consumo depois de tomar três meses seguidos?
Não. Os polivitamínicos vendidos sem receita são recomendados para uso por tempo indeterminado.

Devo tomar o suplemento vitamínico e mineral logo ao acordar, ainda em jejum?
Não é proibido, mas o ideal é sempre tomar o suplemento durante uma das refeições para melhorar a absorção das vitaminas lipossolúveis.

A suplementação de vitaminas e minerais é indicada apenas para esportistas?
Não. Os polivitamínicos são uma boa opção para qualquer pessoa que se preocupe em alcançar os níveis de vitaminas e minerais necessários ao bom funcionamento do corpo.

A suplementação de vitaminas aumenta a capacidade física?
Depende. Em pessoas com fadiga causada por carência nutricional, a suplementação restaura o equilíbrio e melhora o vigor físico.

Como saber se há falta de vitaminas no organismo?
De inúmeras maneiras. Como as vitaminas são elementos essenciais para regular as funções metabólicas dentro das células, a sua carência vem associada a inúmeros sintomas. Por exemplo, uma simples fadiga pode ser uma deficiência em vitamina B ou C. Uma taxa alta de colesterol também. Um enfraquecimento dos ossos pode ser causado por deficiência de vitamina D. Porém, nem sempre, a causa desses problemas está associada a deficiência dessas vitaminas, podendo ser originada por outros fatores.

Mulheres grávidas podem tomar suplementos vitamínicos?
Nos casos de gestantes, o uso de suplementos não é contra-indicado, porém deve-se sempre consultar um médico antes da utilização. Para gestantes, é recomendado o uso de suplementos vitamínicos específicos.

A partir de que idade é preciso tomar suplemento vitamínico?
Há suplementos vitamínicos para todas as faixas etárias, e cada um deles deve conter a concentração adequada de nutrientes para cada faixa de idade.

É verdade que o suplemento alimentar é eliminado completamente na urina?
As concentrações de vitaminas e minerais presentes em suplementos vitamínicos que tem como objetivo completar a alimentação não são cumulativas no organismo. Portanto, os nutrientes que o organismo verifica a não necessidade de absorvê-los, serão eliminados na urina e nas fezes.

Em geral, as vitaminas hidrossolúveis (B1, B2, B6, B12, B3, B9, B5, B8 e C), por serem solúveis na água, são eliminadas mais facilmente pelo organismo (transpiração e urina) e devem ser ingeridas diariamente em alimentos que as contenham, por sua capacidade de reserva ser restrita e, logo, suas carências mais comuns.

As vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) são insolúveis em água e solúveis em lipídios, o que torna seu mecanismo de eliminação mais lento já que podem ser armazenadas pelo organismo e a sua carência pode não aparecer por muitos meses.

Os suplementos vitamínicos previnem o envelhecimento?
Os suplementos ajudam na prevenção do envelhecimento por meio da ação das vitaminas C, A e E, que são antioxidantes que combatem os radicais livres.

Os suplementos vitamínicos melhoram a estética, como pele, cabelos e unhas?
Os suplementos podem auxiliar nestes casos, se esses problemas estiverem associados à carência de alguma vitamina ou de algum mineral. Há diversas vitaminas que favorecem não só a saúde como a beleza do corpo.

São elas:
Vitaminas A, C e E são responsáveis por uma pele rejuvenescida;
Vitamina E é antioxidante. Protege contra o fumo passivo e inalação de outros poluentes. Assim como a Vitamina A é indicada para a cicatrização da pele.
Vitamina B5 (ácido pantotênico) auxilia na manutenção de cabelo e unhas saudáveis.
Vitaminas C, E e Zinco fortalecem o sistema imunológico ajudando no combate a gripes e resfriados.
Vitamina D auxilia na absorção do cálcio, promovendo a saúde dos ossos e o fortalecimento dos dentes.

Os suplementos vitamínicos combatem o cansaço físico?
Os suplementos podem auxiliar na melhora do cansaço físico se estiverem associados à carência de alguma vitamina ou de algum mineral.
O ferro e a vitamina B1 presentes nos complexos vitamínicos fornecem energia.
A vitamina C e Zinco melhoram a imunidade do organismo e minimizam os sintomas dos resfriados.
As vitaminas B1 e B2 melhoram o processo digestivo. A B1 ainda alivia azia e a B2 reduz a freqüência e gravidade de enxaquecas.
A B5 auxilia no combate aos sintomas da fadiga crônica, das enxaquecas. E a B6 alivia a insônia, além de também ajudar no combate à depressão.
A B12 aumenta a capacidade de memória e concentração.
Para quem fica muito tempo em frente ao computador, a lubrificação dos olhos depende da vitamina A, que tem melhor absorção quando associada à vitamina E e ao Zinco.

Os suplementos vitamínicos podem prevenir doenças? Quais?
Não há estudos que comprovem que a ingestão diária de suplementos vitamínicos possa prevenir doenças, mas há inúmeras pesquisas reconhecidas pela comunidade científica que apontam a carência de determinadas vitaminas como fator de risco para algumas enfermidades, como derrames cerebrais, câncer, osteoporose e doenças cardiovasculares.

Os suplementos específicos são tão eficazes quanto os mais completos?
Os suplementos específicos suprem carências de apenas alguns nutrientes e possuem uma indicação principal específica. Nestes casos, se não for realizada uma avaliação nutricional adequada, o indivíduo corre o risco de ingerir um tipo de vitamina ou mineral sem necessidade e deixar de consumir outro que está em falta no seu organismo.

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Shakes não podem substituir refeições

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Para muitas pessoas é difícil resistir à tentação de perder peso rapidamente, conforme prometem os shakes, apresentados como substitutos das refeições. Esses “milagrosos” produtos estão ao alcance de todos que passam pelas gôndolas de farmácias e supermercados ou por lojas de produtos naturais. Geralmente, os consumidores trocam o café da manhã ou o jantar por esse alimento, na expectativa de eliminarem alguns quilos extras.

A nutricionista, pesquisadora e doutoranda do Centro de Referência para Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição, da Faculdade de Saúde Pública da USP, Samantha Caesar de Andrade, é avessa a esse tipo de dieta. “Deve-se aprender a se alimentar adequadamente.” Diz que, com essas substituições, a pessoa emagrece e logo volta aos hábitos anteriores.

Além disso, quem perde peso rapidamente não elimina só gordura, mas massa muscular também, e ainda desregula o metabolismo, que fica mais lento. E há perdas nutricionais, pois, enquanto uma refeição balanceada tem cerca de 600 calorias, esses pacotinhos contêm, no máximo, 300.

Samantha calcula que um indivíduo acostumado a comer pouco no café da manhã (um copo de leite e uma fatia de pão, por exemplo) vai manter a mesma quantidade de calorias quando substituir essa refeição light pelo shake.
Embora não recomende os shakes, a nutricionista acredita que podem ser adequados quando receitados por um especialista, dentro de uma dieta de educação alimentar. “Mas lembro que, como o shake é industrializado, contém corante e conservante”, ressalva.

Andrea Dario Frias, PhD em Nutrição, que atua na pesquisa e desenvolvimento de alimentos funcionais, já desenvolveu alguns shakes e alerta para o fato de que há versões que são complementos nutricionais, e não substitutos da refeição.

Ela defende que os substitutos podem funcionar se inseridos numa dieta balanceada, para compensar a possível falta de algum nutriente. Além disso, deve ser batido com leite, de preferência desnatado ou de soja, para chegar ao valor nutricional exigido. “O objetivo é introduzir o shake em um cardápio de reeducação alimentar.” É uma ferramenta temporária, acrescenta ela, que não deve durar mais de dois meses.

Segundo Andrea, os shakes têm muita fibra, o que estimula a produção do colecistoquinina (CCK), um hormônio que ajuda a controlar a fome. “Geralmente, é introduzido naquela refeição em que a pessoa costuma comer mais.” E de acordo com os especialistas, uma vez alcançado o peso desejado, o consumo do alimento só é indicado esporadicamente.

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Acelerar o intestino preguiçoso e diminuir a barriga

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Nosso  intestino é composto por milhões de bactérias, dentre as benéficas estão principalmente os lactobacilos e as bifidobactérias, já as prejudiciais são constituídas pelas enterobactérias e o clostridium.

Quando ocorre um desequilíbrio neste ecossistema provocado por falhas no mecanismo de defesa, uso frequente de antibióticos ou dietas desequilibradas, as bactérias benéficas ficam em menor número e, consequentemente, ocorre um aumento das bactérias prejudiciais que atrapalham o bom funcionamento do intestino.

Isto pode causar diversos problemas, dentre eles diarréia/constipação, baixa da imunidade e infecções. Com a intenção de resolver o problema, muitos apelam para a automedicação que pode causar inflamação na mucosa do intestino e agravar ainda mais a situação.

Para evitar tudo isso, é preciso multiplicar o número de bactérias benéficas e beber muita água. “Esse aumento de bactérias ‘do bem’ pode ser conseguido por meio do consumo de fibras prebióticas que funcionam como um substrato para o crescimento de gêneros como os lactobacillus e bifidobactérias”, afirma Andrea Frias, PhD em nutrição e coordenadora do Centro de Pesquisa da Sanavita.

Essa substância pode ser encontrada em lojas de produtos naturais, em forma solúvel. Mas, se após as mudanças na rotina e alimentação o problema não for solucionado, é preciso procurar um médico. A constipação pode ser sintoma de doenças como câncer de intestino, diabetes, problemas de tireóide, depressão e síndrome de intestino irritável (SII), que afeta cerca de 1,5 milhão de brasileiros.

(Texto: Monique dos Anjos)

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Esteatose Hepática

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O acúmulo anormal de gordura no fígado, na maioria das vezes, não produzirá nenhuma lesão hepática. Porém, em cerca de 2% a 5% da população, o fígado sofre lesões pela gordura, produzindo níveis elevados nos exames de sangue que testam a função hepática.
Essa condição é chamada “Esteatohepatite não-alcoólica”, EHNA ou NASH, na literatura inglesa. O termo não-alcoólica significa que as alterações hepáticas não são produzidas por uso excessivo de bebidas alcoólicas e que a hepatite não tem causa viral. É uma doença inflamatória crónica com acúmulo de gordura no fígado, células inflamatórias que caracterizam a hepatite, fibrose e destruição das células hepáticas, podendo surgir regeneração nodular. É potencialmente fatal, uma vez que pode evoluir para cirrose e mesmo para cancro do fígado.
Atualmente, é uma importante causa de morte, que aumenta a cada ano. Sabe-se ainda que o problema está diretamente relacionado com a obesidade, que há muito se tornou numa epidemia de dimensão mundial. Para os gastroenterologistas, trata-se da segunda causa em número de consultas em doenças hepáticas. Avalia-se ainda que, dentro de 15 anos, vai superar a principal causa de inflamação no fígado que é a hepatite C. O “fígado gordo” será a doença do século XXI. 

Causas variadas
Qual é a causa do fígado gordo? Na maioria das vezes, o problema é diagnosticado em pessoas obesas e diabéticas, e em algumas mulheres com uma doença conhecida como “Síndrome do ovário policístico”. Drogas como a predinisona, amiodarona, tamoxifeno usadas para o tratamento do cancro da mama e anti-retrovirais também constam entre factores predisponentes.
Estudos recentes têm demonstrado que a insulina, hormona que ajuda a controlar o açúcar no sangue, não funciona bem nas pessoas obesas, constituindo a chamada resistência à insulina (pré-diabetes), hiperlipidemia (excessiva concentração de gordura no sangue). Outra causa é a perda de peso acentuada nos casos de cirurgia de bypass jejunoileal e bypass gástrico. 

O organismo desencadeia uma inflamação contra os hepatócitos com acúmulo de gordura, que são gradualmente destruídos. Dependendo da intensidade dessa destruição, isso pode levar à formação de fibrose (cicatrizes) que se vai acumulando e progredindo até à formação de nódulos, o que caracteriza a cirrose.

É possível que os factores genéticos também sejam responsáveis por esse acúmulo de gordura. Pode ocorrer se duas pessoas comerem a mesma quantidade de gordura e, se uma delas tiver a pouca sorte de ter uma alteração num determinado gene, poderá ficar doente e a outra não.
A presença de obesidade e diabetes mellitus são os factores de risco mais prevalecentes. Conclui-se que muitos casos de cirrose dita “criptogénica”, aquelas formas de cirrose em que não se conhece a causa, podem ser, na realidade, secundários à EHNA. 

Sintomas
Na maioria das vezes, a doença é assintomática ou apresenta-se com sintomas irrelevantes. As queixas dos pacientes são pouco específicas, como fraqueza, fadiga, mal-estar e dor no abdómen superior direito nas fases avançadas da doença ou na vigência de cirrose. No exame clínico, 70% a 90% dos pacientes apresentam aumento do tamanho do fígado. As pessoas acometidas são geralmente adultas acima dos 40 anos de idade e mulheres, preferencialmente com obesidade mórbida. Entretanto, a doença pode também acometer crianças e adultos com peso normal e indivíduos não diabéticos.
A primeira suspeita de EHNA ocorre quando uma pessoa realiza exames de sangue de rotina e os níveis das provas de função hepática estão elevados, tais como a alanina aminotransferase (ALT) ou a aspartato aminotransferase (AST). Em continuidade aos exames de função hepática, a pessoa não apresenta nenhuma razão para doença hepática, como: marcadores serológicos dos vírus da hepatite, uso de medicamentos ou uso excessivo de bebidas alcoólicas. Nesses casos, o exame por imagem revela gordura no fígado.
 

Critérios de maior relevância para o diagnóstico de EHNA

 1. Esteatose associada a infiltrado inflamatório hepático; fibrose ou cirrose evidenciada através de biópsia hepática.
2. Evidência convincente de não haver consumo de álcool (< de 40g de etanol por semana).
3. Ausência de marcadores serológicos para os vírus da hepatite B ou C.
4. Aumento no sangue das enzimas das provas de função hepática

Como se faz o diagnóstico
O único meio utilizado para definir o diagnóstico de EHNA e separá-lo de uma simples esteatose hepática é através da biópsia. Até ao momento, não existe nenhum exame de sangue ou de imagem confiável, capaz de proporcionar essas informações.
Nalgumas situações, com doença hepática severa, aumenta a importância da biópsia hepática na avaliação de pacientes com elevação persistente das aminotransferases, em que não se tenha determinado a causa.
Auxiliam também no diagnóstico os exames por imagem do fígado como a ultra-sonografia que é capaz de identificar o fígado gordo. Os achados ultra-sonográficos, quando característicos, dispensam a realização de tomografia e de ressonância magnética, mas a biópsia hepática é indispensável para confirmação diagnóstica.
O exame histopatológico da biópsia hepática constitui o padrão-ouro para o diagnóstico de esteatohepatite não-alcoólica. Os achados histopatológicos podem variar de esteatose e esteatohepatite a graus variáveis de fibrose e cirrose. A fibrose é o achado mais grave, pois sugere lesão irreversível. Existem graus variáveis de esteatose fibrose. Esse estadiamento varia de 1 a 4, sendo 1 fibrose leve e 4 o estágio final caracterizado por cirrose hepática.
No prognóstico, cabe ao clínico suspeitar dessa entidade em pacientes com elevação persistente das provas de função hepática e com factores de risco, principalmente a obesidade, intervindo precocemente nas causas tratáveis.
O que se procura saber é o tempo de evolução desde o estágio de esteatose à cirrose. No momento, dispomos de poucas informações em referência ao seguimento a longo prazo de indivíduos com EHNA. A fibrose associada à EHNA pode progredir para cirrose em até 10% desses casos. Alguns grupos de estudiosos acreditam que a progressão para cirrose ocorra num tempo médio de 18 anos e que seriam necessários outros factores lesivos adquiridos após a adolescência. 

Tratamento
Até ao momento, não existe nenhum tratamento cientificamente comprovado para a EHNA. O resultado de alguns estudos-piloto sugerem que determinadas drogas utilizadas no tratamento da diabetes melhoram os níveis das enzimas hepáticas e lentamente revertem a progressão da doença.
Outros estudos-piloto indicam que pacientes com essa doença hepática apresentam melhoras através de dieta equilibrada e exercícios físicos, e respondem favoravelmente ao tratamento com anti-oxidantes como a vitamina E.
Alguns autores acreditam que, mesmo na ausência de diabetes, as drogas que reduzem a resistência insulínica podem melhorar a EHNA. O paciente portador de esteatohepatite não-alcoólica pode evoluir com insuficiência hepática terminal, necessitando de transplante hepático. Há ainda a possibilidade de recorrência da esteatose mesmo nos fígados transplantados.
Nos pacientes obesos submetidos à dieta hipocalórica, foram constatadas melhoras no exame da biópsia. A esteatose estava presente em 83% das amostras antes do início do tratamento dietético e em 38% após a redução do peso corporal. Por outro lado, as alterações inflamatórias foram encontradas em 14% dos casos antes do tratamento e em 26% após a perda de peso.

 

Aminotransferases

As aminotransferases (AST, ALT) são enzimas encontradas no fígado, no músculo cardíaco, músculos esqueléticos e, em menor concentração, nos rins e pâncreas. Em adultos saudáveis, elas encontram-se mais elevadas nos homens do que nas mulheres e variam de acordo com a idade. Mas quando a taxa dessas enzimas aumenta descontroladamente, então acende-se a luz vermelha para diagnósticos como o da hepatite ou da esteatose alcoólica ou não alcoólica. O exame de sangue revela esse aumento e indica a necessidade de prosseguir com exames mais específicos, de acordo com a orientação médica.

Provavelmente, o método de emagrecimento influencia a evolução, pois a rápida mobilização da gordura das suas reservas intra e extra-hepáticas teriam efeito potencialmente tóxico para o fígado.
Dietas muito rígidas, com intensa privação de alimentos, podem resultar em aumento do fluxo de gorduras corpóreas para o fígado, causando esteatose e possivelmente EHNA.

 Prevenção
A prevenção da EHNA está baseada nos factores de risco já conhecidos, que são as doenças mais associadas ao estilo de vida moderno, à obesidade e à diabetes mellitus. Há, a nível mundial, cada vez mais crianças obesas, pois os maus hábitos alimentares começam, muitas vezes, na infância. O sedentarismo é crescente entre as crianças que têm trocado as actividades ao ar livre pelo computador, a televisão e os jogos de vídeo. Em consequência, passam também a vivenciar, desde pequenas, o stresse e a correria da vida moderna.
Desde a infância deve-se manter hábitos saudáveis. Se o seu filho está obeso ou tem risco de apresentar excesso de peso, o que é que poderá fazer por ele? O primeiro passo é conversar com o seu pediatra. Esse especialista estabelecerá um programa para que o seu filho alcance o peso ideal sem risco de doenças metabólicas. Como parte de um programa para o peso saudável, os pais podem ajudar os seus filhos a alcançarem o peso ideal.
O excesso de peso pode ser decorrente de diversos factores, inclusivamente genéticos; porém, os factores ambientais são, frequentemente, os componentes principais. Comer de forma saudável e praticar actividades físicas não se tornam hábitos da noite para o dia. Leva tempo e exige esforço para se tornarem parte da rotina diária.
Em termos de saúde pública, a obesidade já é considerada epidemia mundial. A prevalência da doença vem a aumentar significativamente nos últimos anos, em todas as cidades. Nos Estados Unidos, 60% dos homens e 51% das mulheres têm excesso de peso ou obesidade.
Os hábitos alimentares da população – a baixa frequência de alimentos ricos em fibras, aumento da proporção de gorduras saturadas e açúcares da alimentação – associados a um estilo de vida sedentário compõem um dos principais cenários para o desenvolvimento da obesidade e diabetes tipo II, favorecendo o surgimento de esteatohepatite não-alcoólica.
Também é de fundamental importância evitar bebidas alcoólicas e o uso de medicamentos desnecessários.
Pesquisas demonstram que as crianças são mais propensas a comer alimentos saudáveis e a tornarem-se activas, quando os outros membros da família também agem assim. Isso demonstra a necessidade de todos os membros da família adotarem regime alimentar e atividades físicas saudáveis. Dessa forma, poderemos construir uma sociedade mais leve e mais feliz.

 

Luiz Carlos de Lima Ferreira
Médico Patologista

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