Pesquisadores da Universidade Estadual do Alabama analisaram dados coletados a partir de entrevistas realizadas com 434 casais heterossexuais, casados e não casados, entre 18 e 25 anos. Em 40% dos casos, um dos parceiros disse ter concordado em manter a relação monogâmica, enquanto a outra parte afirmou que o acordo não existia. Os resultados da pesquisa indicam ainda que, mesmo casais que tinham concordado em manter relações sexuais apenas com seus respectivos parceiros, aproximadamente 30% romperam o trato – com pelo menos um dos parceiros buscando sexo fora do relacionamento.
Os autores observaram que, na verdade, o único aspecto do relacionamento ligado à monogamia era o compromisso. Foi utilizada uma escala de um a cinco para avaliar se os participantes viam ou não o relacionamento como algo permanente – quanto maior a pontuação na escala de compromisso, maior a probabilidade do casal de manter um acordo monogâmico. As descobertas serão publicadas na próxima edição online da revista especializada Journal of Sex Research.
“Estudos anteriores analisaram percepções relacionadas à monogamia, mas este é realmente o primeiro a explorar as discussões que os casais heterossexuais têm ou não sobre o tema”, disse a pesquisadora Jocelyn Warren em um boletim à imprensa.
“Os casais têm dificuldade de discutir este tipo de assunto e eu imagino que para os jovens é ainda mais complicado”, disse a professora de saúde pública Marie Harvey, integrante da equipe de pesquisadores.
“A monogamia acaba sendo uma forma de se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis. Mas podemos perceber que o acordo para manter ou não a relação monogâmica envolve muitas questões”, ela complementou.