Em matemática, as meninas já são iguais aos meninos

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Escolas americanas acabaram com a diferença no desempenho matemático dos alunos.
Chave foi aumento de oportunidades de cursos avançados e carreiras na área.

A crença de que as mulheres vão pior em matemática do que os homens pode até persistir, mas a diferença no desempenho entre meninas e meninos na área foi vencida nas escolas americanas. A receita? A abertura de mais espaços para elas praticarem cálculos avançados.

A conclusão é de uma avaliação feita no país sobre as notas de sete milhões de crianças. Em todos os critérios analisados pela equipe – tanto a performance média, quanto as notas mais altas, quanto a habilidade dos alunos de resolver problemas complexos – as meninas foram tão bem quanto os meninos.

“As meninas começaram a participar de tantos cursos avançados de matemática quanto os meninos – e isso contribuiu para melhorar seu desempenho”, diz a líder da pesquisa, Janet Hyde, da Universidade de Wisconsin-Madison. “Além disso, o número de oportunidades de carreiras para mulheres na área aumentou, então as meninas acabaram mais motivadas a estudar matemática e ciência, o que melhorou sua performance”, diz ela.

A pesquisadora acredita que a sociedade ainda acredita no estereótipo de que os homens são bons em exatas e as mulheres boas em humanas. “Pais e professores ainda carregam esse pensamento de que os meninos são melhores em matemática do que as meninas. Eles podem subconscientemente guiar meninas, por exemplo, para longe de uma carreira em engenharia e em direção a uma profissão que dependa menos dos números”, afirmou.

Ela e seu grupo têm por objetivo acabar com esse engano. “Precisamos informar pais, professores e jovens que as meninas vão tão bem quanto os meninos nos exames padronizados de matemática e que elas podem ir tão bem quanto eles se seguirem profissões na área de ciência”, diz Hyde, que lembra que 48% dos formandos de matemática nos Estados Unidos são mulheres.

“Estereótipos são difíceis de serem mudados”, disse ela. “Mas como sou cientista, preciso mudá-los com dados.”

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