Prêmio Nobel de Medicina vai para três cientistas americanos

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 Três cientistas dos EUA dividem o prêmio de medicina; trabalho inspirou novos tratamentos contra o câncer

In this file photo of Saturday, March 14, 2009 U.S. biologists Elizabeth H. Blackburn from San Francisco (left), and Carol Greider from Baltimore pose next to a bust of Paul Ehrlich.

Elizabeth Blackburn e Carol Greider ao lado de busto do cientista Paul Ehrlich em foto de março de 2009

 

ESTOCOLMO – Os americanos Elizabeth H. Blackburn, Carol Greider e Jack W. Szostak ganharam nesta segunda-feira, 5, o Prêmio Nobel de Medicina 2009, por terem descoberto um mecanismo central do funcionamento genético das células que abriu caminho para novas linhas de pesquisa para o tratamento do câncer.

 

O trio resolveu o mistério de como os cromossomos, estruturas em forma de bastão que carregam o DNA, se protegem da degradação enquanto a célula está se dividindo.

 Eles encontraram a solução nas extremidades dos cromossomos, em uma estrutura conhecida como telômero, frequentemente comparada às pontas de plástico no final dos cadarços de tênis, que impedem a trama de desfiar.

 Os cientistas descobriram a enzima que constrói os telômeros – a telomerase – e o mecanismo pelo qual ela acrescenta DNA às pontas dos cromossomos para substituir o material genético que havia sido perdido.

 O processo retarda o envelhecimento e serve como uma fonte de juventude para as células “boas”, mas também facilita o crescimento de tumores ao impedir a degradação de células “más”.

 “A descoberta acrescentou uma nova dimensão para o nosso entendimento da células, jogou luz sobre mecanismos de doenças e estimulou o desenvolvimento de potenciais novos tratamentos”, afirmou o Instituto Karolinska de Estocolmo, que organiza o prêmio.

 Os premiados

 Blackburn, nascida em 1948 na Tasmânia e com dupla nacionalidade americana-australiana, estudou na Universidade de Melbourne, se mudou para a de Cambridge e se doutorou em Yale. Desde 1990 é professora de biologia e fisiologia na Universidade de São Francisco, na Califórnia.

 Sua colega Greider nasceu em 1961 em San Diego, estudou na universidade californiana de Santa Bárbara e em Berkeley e se doutorou em 1987, sob orientação de Blackburn. Atualmente é professora de biologia molecular e genética na Universidade de Baltimore.

Szostak, por sua vez, nasceu em 1952 em Londres, tem nacionalidade americana e se formou entre os Estados Unidos e o Canadá, até se doutorar na Cornell University, em Nova York. É professor de genética no Hospital Geral de Massachusetts, atividade acompanhada por seu trabalho científico no Instituo Médico Howard Hughes.

 O Prêmio Nobel de Medicina tem uma dotação de US$ 1,4 milhões e será entregue em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.

 

 

 

 

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