Câncer de Pele

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Canto do especialista

O câncer de pele é o tipo de câncer de maior incidência no Brasil. Representa cerca de 25% dos tumores malignos registrados no país nos últimos anos. Em 2008, mais de 50 mil brasileiros manifestaram a doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer.
Marco Antônio de Oliveira, dermatologista especializado em oncologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a doença se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. As células formam camadas, umas mais profundas que as outras. Os diferentes tipos de câncer de pele estão relacionados à profundidade das camadas afetadas.
— A pele humana possui uma substância chamada melanina, que é responsável por criar uma espécie de barreira que protege o núcleo das células contra os efeitos malignos de agentes externos, como, por exemplo, a radiação ultravioleta dos raios solares. Quando as células da pele que possuem esse pigmento perdem sua função normal, elas se proliferam de maneira desordenada, reproduzindo e formando lesões irregulares, que caracterizam o câncer — explica Oliveira.
Existem três tipos mais comuns de câncer de pele:
Carcinoma basocelular: é o mais frequente, representando 85% dos casos. É mais comum surgir ao redor dos 40 anos, pois está diretamente ligado à exposição solar cumulativa durante a vida. Apesar de raramente causar metástase (disseminação para outros órgãos), pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.
Carcinoma espinocelular: representa 10% dos casos e é uma modalidade mais grave do que o carcinoma basocelular. Pode se disseminar por meio de gânglios e acabar em metástase. Entre suas causas, além da exposição prolongada aos raios solares durante a vida, principalmente sem a proteção adequada, também está o tabagismo.
Melanoma: é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Não responde bem a tratamentos e representa aproximadamente 3% dos casos. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoces. É mais frequente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.
A que a maior arma contra o câncer de pele é a prevenção. Predisposição genética, exposição constante a raios X e a substâncias químicas (como arsênico e outros produtos tóxicos) e ao vírus do HPV são outras causas que podem levar ao surgimento do câncer.
No entanto, a principal medida é, sem dúvida, evitar a exposição aos raios solares, pois seus efeitos são cumulativos, fazendo com que a doença apareça após muitos anos. Utilizar sempre o filtro solar e evitar os horários em que a incidência dos raios ultravioleta é maior (entre 10h e 16h) são medidas simples que ajudam a manter a pele saudável e a evitar problemas desagradáveis e perigosos no futuro.
— Cabe ao médico especializado em oncologia dermatológica identificar as causas da doença, a fim de fazer o diagnóstico correto e estabelecer o tratamento mais adequado a cada caso — alerta Oliveira.

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