Coqueluche

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A coqueluche está de volta à cena. A Organização Mundial da Saúde estima um impacto anual de 50 milhões de casos e 300 mil mortes causadas pela doença na população mundial. O fenômeno é global. Em 2010, o CDC – Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos – registrou 27.550 casos de coqueluche, sendo 9.774 na Califórnia, onde foi registrada a morte de 10 bebês de dois meses de idade. Na Europa, foram 15.749 casos, dos quais 46% na Noruega e na Holanda. A Austrália contabilizou 35 mil casos, entre julho de 2010 e julho de 2011, dos quais 40% precisaram ser internados ― a maioria crianças menores de um ano.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os casos de coqueluche na América Latina cresceram quase cinco vezes entre 2003 e 2008, passando de 3.213 para 15.310 casos. No Brasil, a coqueluche é subnotificada em razão do desconhecimento sobre a doença e da dificuldade de diagnóstico em adolescentes e adultos. Em 2010, o DATASUS registrou 427 casos de coqueluche, dos quais 40% em São Paulo, sendo 80% em bebês com menos de um ano. Na cidade de Santana do Mundaú (Alagoas) houve um surto com 53 casos suspeitos, dos quais 38% confirmados4. Entre janeiro e agosto de 2011, o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) confirmou 593 casos da doença, com 15 mortes – sete em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Roraima, uma em Pernambuco, uma na Bahia, uma em Santa Catarina, uma no Rio Grande do Sul e uma em Minas Gerais. Do total de casos, 451 ocorreram em menores de um ano. Depois de seis anos livre da coqueluche, a Bahia registrou 51 casos suspeitos, dos quais 14 confirmados. Dos casos com diagnóstico positivo, nove ocorreram em menores de um ano, três em crianças entre um e quatro anos, e dois em adultos entre 20 e 42 anos.

Controlada até os anos 80 e 90, a popular “tosse comprida” ressurge em vários países do mundo. Ao contrário do sarampo e da varicela, a doença pode ocorrer mais de uma vez na vida porque a proteção conferida pela vacina diminui após dez anos. Estudos científicos mostram que os adultos em contato com a criança são os principais responsáveis pela transmissão da doença aos pequenos, principalmente aos bebês menores de um ano, fase em que o esquema vacinal está incompleto.

Para proteger esses bebês, os países desenvolvidos têm usado a estratégia “cocoon” (casulo, em inglês), que prevê a vacinação de reforço contra a coqueluche nas pessoas que têm contato com os bebês – pais, irmãos, avós, demais familiares, profissionais de saúde e cuidadores. Imunizadas, as pessoas próximas à criança formam um casulo protetor ao seu redor.

Tosse é um dos primeiros sinais

Geralmente, a coqueluche começa com tosse e coriza. Com o passar do tempo, a tosse fica mais intensa, com acessos seguidos de guinchos e vômitos. Nos adultos, os sintomas são mais brandos e, na maioria das vezes, a doença não é detectada. Já nas crianças, as consequências da doença podem ser graves. Os bebês, que não completaram o esquema de vacinação ou não foram vacinados, têm mais chances de desenvolver complicações, como pneumonia e insuficiência respiratória, responsáveis por internações e que podem provocar paradas respiratórias, capazes de deixar sequelas mentais e motoras por causa da falta de oxigenação no cérebro.

A partir deste mês, a Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da Sanofi, lança no Brasil a vacina internacionalmente conhecida por Adacel Quadra, que, com apenas uma dose, oferece o reforço contra coqueluche, tétano, difteria e poliomielite, para adolescentes, adultos e crianças a partir de 3 anos de idade. A nova vacina estará disponível em clínicas particulares. No caso da coqueluche, a vacina Adacel Quadra vai evitar que adolescentes e adultos transmitam a doença a bebês.

Desenvolvida com tecnologia de ponta, Adacel Quadra já vem pronta para uso – 100% líquida na seringa, o que facilita sua administração. Graças a uma sofisticada técnica de purificação, o componente contra coqueluche é acelular, contendo apenas fragmentos da Bordetella pertussis ― bactéria responsável pela doença ―, que estimulam a produção de anticorpos

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