Um novo método para a retirada total do útero tem ganhado grande repercussão na área médica. A técnica, chamada de single port (acesso único), consiste na colocação de um portal através de uma incisão de 1,5cm na cicatriz umbilical. Por essa “porta única” é inserida uma microcâmara com iluminação e duas pinças de 0,5cm usadas para a realização do procedimento. A paciente recebe alta em 24 horas e pode voltar às atividades habituais em até cinco dias. Isso porque o trauma cirúrgico é bem menor em relação às cirurgias tradicionais.

A paciente sente menos dor pós-operatória e tem menor risco de infecções. Outra vantagem diz respeito ao hospital. O método permite redução de custos, economia no tempo de internação e liberação mais rápida de leitos, em benefício de outros pacientes.

Alguns motivos que levam à necessidade de fazer uma histerectomia é o câncer do colo do útero. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2010, foram estimados mais de 18 mil novos casos. Em 2008, 5 mil mortes foram provocadas por esse tipo de tumor. Outros fatores que levam à histerectomia são sangramento uterino disfuncional, adenomiose, miomas, endometriose, crescimentos não malignos do útero, cérvix e anexos; problemas de relaxamento pélvico e prolapso; e dano irreparável ao útero. Além disso, a técnica pode ser usada para a realização de miomectomias, retirada de ovários, tratamento de gravidez ectópica, entre outros