Como tratar bexiga hiperativa

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A bexiga hiperativa é uma doença que atinge pessoas de todas as idades e ambos os sexos, mas as mulheres são as mais afetadas por este mal, principalmente no período pós-menopausa. No Brasil não existem pesquisas precisas que indiquem o número de pessoas acometidas por esta doença, mas nos Estados Unidos aproximadamente 17 milhões de pessoas sofrem com o problema.

As estatísticas aumentam na terceira idade. Estima-se que entre 15% e 30% das pessoas com mais de 60 anos sofram de incontinência urinária.

A bexiga hiperativa é uma das doenças que mais comprometem a qualidade de vida do paciente. Muitas pessoas abandonam sua vida social por conta desta síndrome, podendo desenvolver quadros de depressão em alguns casos ¿ afirma Roberto Colombo Jr., urologista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Há relatos de famílias que optaram por internar seus idosos em clínicas geriátricas por falta de informação sobre o tratamento.

A boa notícia é que o problema tem solução. O primeiro passo é buscar um especialista, para que seja realizado um tratamento de controle miccional. No mercado, existem medicamentos específicos, que devem ser complementados por exercícios pélvicos. Recentemente também foi descoberto que a toxina botulínica pode ser muito eficiente no tratamento. Após seu sucesso como coadjuvante no tratamento de paralisia cerebral, espasticidade muscular, estrabismo e diversas síndromes neurológicas, a medicina começa a utilizar o botox também na área da urologia.

¿ É o mesmo processo do tratamento estético. A toxina botulínica é aplicada dentro da bexiga, o que ocasiona uma paralisia muscular temporária, que pode durar até seis meses. Observamos que a prática é muito efetiva para relaxar os músculos do órgão, minimizando as contrações involuntárias ¿ explica Colombo Jr.

Entenda o problema

Trata-se de uma alteração funcional da bexiga que faz com que o paciente apresente sintomas como:

Frequência aumentada de urina

Urgência (necessidade imediata de micção)

Urgeincontinência (desejo súbito e intenso de urinar, que impede que a pessoa contenha a urina até a chegada ao banheiro)

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Mitos e verdades sobre a hora do parto

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As mulheres sempre sentem dor no parto normal?

Sim. A dor faz parte do processo de expulsão do bebê. A anestesia tem o momento certo para ser feita — se for aplicada precocemente, atrapalha o trabalho motor do útero.

Existe uma idade segura para o parto normal? Depois dos 40 anos, por exemplo, só se pode fazer cesariana?

Sim. A idade ideal é até os 35 anos. Após esse período, a amplitude da mobilidade da bacia fica reduzida. Além disso, aumenta a chance de haver complicações intrauterinas resultantes de distúrbios placentários — a placenta doente recebe menos oxigenação. Sendo assim, o mais indicado é a cesariana.

Mulheres com obesidade mórbida só podem fazer cesariana?

Não. A obesidade mórbida não reduz as chances de parto natural. A via de passagem da bacia e a força do abdômen ficam reduzidas em mulheres obesas. Com isso, se o bebê for pequeno, há a possibilidade de um parto normal. Mas, normalmente, as mulheres com obesidade mórbida fazem cesariana, pois apresentam muitas complicações associadas, aumentando a probabilidade do parto cesariana.

Mulheres soroposivitas para HIV podem fazer parto normal?

Sim. No entanto, o ideal é fazer uma programação com agendamento de uma cesariana para que possam ser utilizadas drogas retrovirais pré-parto, protegendo o recém-nascido dessa exposição. Cerca de 50% das crianças nascem soropositivas, e 50% dessas, com o tempo, deixam de ter o vírus.

Se o bebê não chorar na hora em que nascer, é porque tem algum problema de saúde?

Não. Após o nascimento do bebê, ainda na sala de parto, o neonatologista faz uma avaliação, atribuindo ao recém-nascio notas que, ao final, espelham seu estado de saúde. Essa nota é chamada de Apgar.

Depois que a mulher realiza uma cesariana, todos os partos futuros têm de ser assim?

Não. Mulheres com história de uma cesariana anterior podem tentar parto normal. Algumas situações aumentam o risco de ruptura da cicatriz, como mais de uma cesárea anterior e intervalo curto entre os partos (menos de 24 meses).

Mulheres com diabetes gestacional devem fazer cesariana?

Gestantes bem controladas, sem complicações associadas e feto com prova de bem-estar podem aguardar a evolução espontânea para o parto.

Mulheres com problemas graves de anemia não podem fazer parto normal?

Mito. A média de perda sanguínea no parto vaginal é de meio litro. Em um parto cesárea, são 600 ml. Em casos de hemorragias pós-parto, é imprescindível a assistência qualificada para evitar danos à mãe, independentemente da via de parto.

Cordão umbilical enrolado no pescoço é sinônimo de indicação para cesárea?

Não. As circulares de cordão frouxo (voltas do cordão umbilical no pescoço do bebê) ocorrem em aproximadamente 30% das gestações, não exigem cesariana. Mais importante que saber se há ou não circulares é acompanhar a evolução do trabalho de parto e avaliar o bem-estar do feto, respeitando a resposta cardíaca fetal. Apenas se a circular comprometer o fluxo sanguíneo do cordão e, consequentemente, ameaçar a adequada oxigenação fetal haverá indicação de cesariana.

Quando há o rompimento da bolsa, não se pode esperar muito tempo para realizar o parto por causa do risco de sofrimento fetal? Nesse caso, deve ser feita uma cesariana de emergência?

Mito. Uma ruptura de bolsa abaixo de 35 semanas pode não indicar um parto iminente. A mãe será internada e monitorada com o objetivo de evitar infecção da bolsa e postergar a hora do parto.

Se a dilatação necessária para o parto normal não acontecer em até oito horas de trabalho de parto, deve-se partir para uma cesariana?

Sim. Após oito horas de trabalho de parto, a cesárea é indicada.

Peridural e raquianestesia são as únicos tipos de anestesia que podem ser utilizados?

Verdade. São as únicas que não comprometem a vida da mãe e do bebê. Ambas são aplicadas na região lombar, entre as vértebras da coluna, tirando a sensibilidade da gestante à dor da cintura para baixo sem comprometer a consciência do processo de parto. Já a anestesia geral afeta a mãe e também o bebê, com isso a criança nasce com depressão respiratória.

Fonte: Alberto D`Auria, ginecologista e obstetra

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O que são miomas uterinos

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Mulheres com mioma uterino podem não apresentar nenhum sintoma ou problema relacionado a ele. Trata-se de um tipo de tumor benigno encontrado na parede do útero e, em alguns casos, no colo do útero.

Os sintomas, quando ocorrerem, dependerão do número, do tamanho e da localização dos miomas.
Por se tratar de um tumor (não cancerígeno), o mioma pode apresentar tamanhos variados, indo desde um tamanho similar ao de um pequeno grão de feijão até ao de uma bola de basquete. Nos casos mais raros e severos, a mulher pode aparentar uma falsa gravidez, por causa da dilatação do abdômen.

Quando diagnosticado, o mioma deve receber tratamento adequado para que não influencie em outros aspectos da saúde da mulher. A médica responde, a seguir, algumas das dúvidas mais comuns.

O que é mioma? Quais os tipos?
O mioma é um tumor não cancerígeno no útero. Tumor é qualquer coisa que cresce em local anômalo e, portanto, os miomas podem ser chamados de tumores benignos. A genética e os hormônios estão entre as principais causas da disfunção. O problema pode ocorrer em diferentes partes do útero e causa diversos problemas para a mulher. Os miomas se dividem em três grupos: os subserosos, que permanecem do lado de fora do útero, os intramurais, localizados na musculatura do útero, e os submucosos, que estão dentro da cavidade do útero.

Como eles se desenvolvem e se manifestam? Quais os sintomas? Como diagnosticar?
A causa do aparecimento dos miomas é genética e o crescimento deles se dá, na grande maioria das vezes, por ação do estrógeno, hormônio produzido no ovário em idade reprodutiva. Os sintomas são cólicas fortes, menstruação prolongada ou sangramento irregular. Quanto ao diagnóstico, ele é realizado através de exames de imagem como o ultrassom e a ressonância magnética.

Quais os tratamentos mais indicados?
Tudo dependerá do tamanho e da localização do mioma. Mas, em geral, o tratamento é cirúrgico.

Em quais casos é recomendado o procedimento cirúrgico?
Em casos de miomas submucosos (dentro do útero), sempre se recomenda a retirada do mioma por histeroscopia (uma cirurgia na qual colocamos uma câmera de vídeo por dentro do útero, sem cortes externos). No caso dos demais miomas (intramurais e subserosos), a cirurgia estará reservada aos casos com muitos sintomas ou miomas de grande volume.

Há tratamentos que “secam” o mioma? Como atuam sobre esse tumor?
As medicações que diminuem o tamanho do mioma podem ser usadas, mas sempre antes de um procedimento cirúrgico, para diminuir o nódulo e ajudar na cirurgia.

Além das medicações (que induzem a um estado semelhante a uma menopausa), outro tratamento é a embolização dos miomas, quando um cateter é colocado até a artéria que irriga o mioma e é realizada uma embolização daquele vaso, ou seja, é interrompido o fluxo de sangue para o mioma e com isso há redução do tumor, evitando-se a cirurgia em alguns casos. No entanto, este tratamento é indicado principalmente para mulheres com contraindicações cirúrgicas ou que já tiveram filhos e não desejam outros, já que existe um risco extremamente pequeno de haver necrose de todo o útero, com necessidade da retirada do mesmo.

Toda mulher pode desenvolver mioma?

Sim. Após os 50 anos, a chance de ter um mioma é de 50% entre as mulheres.

O mioma pode virar um câncer?
A chance de virar um leiomiossarcoma (tumor maligno) é de 0,3 a 0,5%.

Esse tipo de tumor pode interferir na fertilidade?
Pode, dependendo da localização. Nesses casos, quando forem submucosos ou intramurais de grande volume ou localizados perto das trompas, devem ser operados.

Há algum tratamento preventivo? O aparecimento dos miomas pode ter origem genética?
Infelizmente, não existe nenhum tratamento preventivo. A transmissão é genética.

Quando e por que o mioma pode levar à retirada do útero?
Atualmente, somente se retira o útero de mulheres com prole constituída e com miomas de grande volume ou muito sintomáticos. Por exemplo, mulheres com úteros aumentados semelhantes a gestações de cinco meses ou mais e com filhos têm indicação para a retirada do útero.

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Dicas para prevenir micoses

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O verão vem se aproximando e com ele aumentam os casos de micoses (doença causada por fungos) nos consultórios dermatológicos. Nesta época do ano, aumenta a frequência a academias, clubes, piscinas e praias, locais onde o contato com os fungos causadores é inevitável e sua transmissão é fácil.

As micoses podem ser:

— Superficiais: os fungos ficam na camada externa da pele, ao redor de pelos ou nas unhas, alimentando-se de uma proteína chamada queratina.

— Profundas: os fungos se disseminam por meio da circulação sanguínea e linfática. Podem infectar a pele e órgãos internos, como pulmões, intestinos, ossos ou sistema nervoso.

Quando acometem a pele, são comuns em locais abafados e úmidos. Estão frequentemente relacionadas a doenças que causam uma diminuição da defesa do organismo, ou mesmo sem ter um fator desencadeador evidente. As mais comuns diagnosticadas nos consultórios são as superficiais, afirma o dermatologista Cristiano Tárzia Kakihara.

Entre estas, destacam-se as que originam lesões avermelhadas na virilha e nos genitais, que costumam coçar muito; as que acometem a região entre os dedos dos pés (popularmente chamada de pé-de-atleta); a pitiríase versicolor, que aparece frequentemente nas costas, em lesões brancas, róseas ou acastanhadas, e que é conhecida popularmente como pano branco. Além destas, há a micose de unhas, que prejudicam a estética.

Todas são usualmente de fácil tratamento, com remédios que destroem o fungo, tópicos (cremes, soluções, esmaltes) ou sistêmicos (comprimidos ou cápsulas) em alguns casos. A duração do tratamento é bem variável, de poucas semanas até alguns anos, dependendo do tipo de micose, da extensão da doença, da resistência do fungo à medicação e do estado de defesa do paciente.

Dicas e cuidados

— Não leve seu animal de estimação à praia ou ao clube.

— No verão, evite usar sapatos fechados (tênis, botas) e meias de tecido sintético, que aumentam a transpiração.

— Troque as meias diariamente.

— Sempre que possível, fique descalço em casa.

— Use sandálias ou chinelos de borracha em ambientes comunitários, como piscinas, vestiários ou chuveiros de clube.

— Seque bem o corpo após o banho.

— Separe objetos pessoais, como pentes e escovas de cabelo, no caso de micose do couro cabeludo.

— Use roupas largas e bem ventiladas.

— Prefira as lingeries de algodão.

— Não use toalhas, roupas, calçados ou chinelos de outra pessoa.

— Evite roupas de material sintético.

— Seque bem os pés, principalmente entre os dedos.

— Use sandálias ou sapatos abertos.

— Use talco absorvente entre os dedos.

— Evite caminhar descalço em locais públicos.

— Use instrumentação de manicure esterilizada ou tenha o seu próprio material.

Fontes: Carolina Ferolla e Cristiano Tárzia Kakihara, dermatologistas

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Polêmica sob o sol

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Um estudo da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) divulgado nesta semana causa polêmica entre médicos e fabricantes de protetor solar. Cinco das 10 principais marcas vendidas no país não são resistentes à radiação, segundo a entidade. Os produtos perdem até 50% do fator de proteção solar (FPS) aos raios UVB quando expostos a uma hora de sol e calor.

Quatro marcas perderam proteção depois de meia hora de imersão em água. No critério FPS, quase todos os produtos avaliados se saíram bem contra raios UVB. Mas somente metade deles oferece boa proteção também contra a radiação UVA. No Brasil, não há exigência sobre essa proteção.

Apenas os protetores L’Oréal Solar Expertise e o Cenoura & Bronze foram aprovados no teste. Os produtos analisados, em sua maioria, são produzidos por empresas multinacionais. E, segundo a Pro Teste, os mesmos protetores são bem avaliados fora do Brasil.

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Nova orientação de idade para mamografia nos EUA divide médicos

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Brasil adota desde 2003 estratégia indicada agora por americanos.Pesquisadores de lá sugeriram adiar exames para a partir dos 50 anos.
As novas recomendações dos Estados Unidos para o rastreamento do câncer de mama não são consenso entre especialistas brasileiros. A orientação prevê mamografias a partir dos 50 anos – e não mais aos 40 – e realizadas a cada 2 anos (e não anualmente).

No Brasil, o governo já adotava essa política. Mesmo assim, médicos do país ainda acreditam que a realização precoce do exame pode salvar vidas.

O estudo norte-americano condenou ainda o autoexame das mamas – orientar a mulher a apalpar os seios em busca de nódulos – como método de rastreamento.

“Mesmo podendo resultar em procedimentos invasivos que detectem tumores que não afetarão a vida da paciente, a mamografia (precoce) ainda é a melhor opção”, diz o mastologista do Hospital Albert Einstein Silvio Bromberg. O especialista do Hospital Santa Catarina Isaac Fermann Neto acha que as medidas dos EUA são típicas de um país que pretende cortar gastos após uma recessão econômica. “É um país em crise com seu sistema de saúde.”

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) recomenda, desde 2003, mamografias a partir dos 50 anos, realizadas a cada 2 anos. Países da Europa e o Canadá fazem o mesmo. “Os EUA fizeram uma revisão e agora se alinharam aos demais países”, diz a gerente da Divisão de Apoio à Rede Oncológica do Inca, Ana Ortigão Farias.

O mastologista do Hospital Sírio-Libanês Felipe Andrade discorda do estudo porque acredita que trabalhos que analisam a população em geral, direcionados a políticas públicas, levam mais em conta questões financeiras. “Eles seguem a linha ‘gastei muito para salvar poucas vidas'”, diz. “Mas temos de salvar o máximo que conseguirmos.”

Segundo Ana, não há limitação à realização de mamografias em qualquer idade se o médico encontrar sinais e achar que o exame é necessário. A idade serve apenas para orientar a política pública de saúde.

O diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Paulo Hoff, concorda com as novas orientações. Segundo ele, começar cedo os exames pode levar a efeitos colaterais e procedimentos cirúrgicos, como biópsias e perfurações, que implicam em riscos. O mastologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Luiz Henrique Gebrim diz que a mudança tem mais efeito nas políticas públicas. “As mulheres que não têm restrição de recursos devem continuar fazendo a mamografia (precocemente).”

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Governo americano autoriza pesquisas de células-tronco embrionárias

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stem_cells_1202O governo dos Estados Unidos aprovou a pesquisa de células-tronco embrionárias de humanos para realização de experimentos científicos. Os pesquisadores serão financiados. Foi uma decisão inédita no país. O Instituto Nacional de Saúde autorizou 11 linhas de pesquisa com células pelos cientistas do Hospital Infantil de Boston e duas criadas por pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York. Todas as células foram obtidas de embriões congelados, deixados por casais que procuraram tratamentos de infertilidade.

Cientistas acreditam que as células-tronco embrionárias vão permitir conhecimento fundamental nas causas de muitas doenças, e que poderão ser usadas para curar diabetes, mal de Parkinson, paralisias e outras enfermidades. A extração das células, porém, destrói embriões com poucos dias de idade.

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IBGE revela que país tem 24,6 milhões de fumantes em pesquisa sobre tabaco

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cigarro000091O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na manhã desta sexta-feira os resultados da Petab (Pesquisa Especial de Tabagismo). O estudo revelou que o Brasil tem 24,6 milhões de fumantes, cerca de 17% da população avaliada. Entre os homens, o índice de usuários do tabaco é, como de costume, mais alto do que entre as mulheres. 21,6% dos homens já fumaram enquanto apenas 13,1% das mulheres já o fizeram.

Na região Sul do país, o índice de fumantes é o maior, com 19% de usuários entre a população. No entanto, a região sudeste, mais populosa, segue como aquela com o maior número total de usuários, com 10,5 milhões de pessoas. O levantamento levou em conta tabaco fumado, que inclui o cigarro industrializado e de Bali, cigarro de palha ou enrolado à mão, cachimbo, narguilé, charuto ou cigarrilha, além do tabaco não fumado, que não emite fumaça, como rapé e fumo de mascar.

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Falta de libido na mulher

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Mesmo neste início do século 21, a discussão franca e aberta entre marido e mulher sobre a falta de vontade sexual é rara e difícil. Uma minoria das mulheres casadas ou em vida quase conjugal seja em namoro ou como companheira constante do mesmo homem, estão prontas a declarar “eu não tenho vontade de fazer sexo”.

Por inibição, vergonha, timidez ou medo de perder o companheiro, preferem fingir que tudo está normal. A palavra libido foi introduzida por Freud para definir uma força interior, poderosa e atuante, que exercida tanto pelo homem como pela mulher, leva a um relacionamento harmonioso e permanente. Desde a época dos estudos iniciais de Freud e Jung, no entanto, notou-se que as mulheres queixavam-se de perda do desejo sexual com maior frequência do que os homens.

Na época pela repressão da sexualidade feminina não era de se estranhar que parcela importante de mulheres se queixava desta falta de libido. Mas com a liberação sexual que ocorreu nos séculos seguintes, com a vinda da pílula anticoncepcional, com a progressiva liberação de se falar e discutir aspectos íntimos da vida sexual é de se estranhar que um porcentual relativamente grande de mulheres não tenha vontade sexual.

As mulheres que exprimem esta queixa são variáveis para cada país, para cada grupo étnico, para cada segmento de classe social. No Reino Unido concluiu-se após extensa pesquisa junto aos Centros de Primeiro Atendimento que cerca de 40% das mulheres se queixam de queda da libido. Seguramente este número é enganoso, pois se baseia somente nas perguntas básicas sobre vida conjugal e não abrange a imensa maioria das mulheres sem um relacionamento permanente. Provavelmente na Itália, na França, no Brasil este porcentual seja menor, embora as estatísticas são restritas a clínicas e consultórios.

Quais as causas?

As causas psicológicas, sem dúvida, ocupam o primeiro lugar em mulheres com queda da libido. É muito comum a depressão chamada endógena, isto é, que têm origem em conflitos psicológicos não resolvidos e que levam a mulher à tristeza, à falta de ânimo, ao cansaço constante, ao choro por qualquer motivo.

A mulher atual sofre com constante stress, reuniões do nascer do dia até tarde da noite, com metas a cumprir, com objetivos estabelecidos e sob o jugo do esquema que visa resultados, não terá tempo ou disposição para exercitar o seu desejo sexual, estando sempre cansada ou com dor de cabeça. No fundo esta supermulher está exausta.

Outra causa de falta de libido (que espero que seja rara) é o abuso sexual durante os anos escolares, no início da adolescência ou tentativa de estupro. Os psicólogos nos indicam que a falta do desejo sexual na mulher pode vir de trauma nas primeiras relações sexuais com um parceiro totalmente bruto, desagradável, e egoísta. A ansiedade de ter uma performance sexual adequada também pode diminuir a libido e inibir o orgasmo.

Fatores físicos como obesidade, imagem corporal negativa, dificuldades físicas no ato sexual devida ao excesso de peso passaram a ser um fator importante em países como os Estados Unidos com altíssimo índice de obesidade. Obviamente o oposto – a mulher em desnutrição protéico-calórica – não terá condições físicas para ter libido normal.

Na fase pós-parto, em aleitamento, com níveis de hormônio chamado prolactina muito elevado na circulação, há um bloqueio hormonal do desejo sexual. Dentro da mesma linha hormonal a hipófise pode secretar, fora da fase do aleitamento, um excesso de prolactina por um pequeno adenoma (micro tumor). Este excesso de prolactina bloqueia o desejo sexual da mulher. No hipotireoidismo (falta de hormônios da tireóide) existe uma apatia física e mental resultando em queda da libido.

Finalmente todas as mulheres secretam os seus hormônios femininos (estradiol e progesterona). Adicionalmente hormônios tipo masculino (testosterona) são igualmente secretados pela mulher em pequenas quantidades. Aceita-se que a Testosterona na mulher tenha um papel importante no desejo sexual e no orgasmo. A redução da libido pode, também, estar ligada a medicação utilizada, seja por fármacos, antidepressivos, ansiolíticos, bloqueadores da adrenalina e tantos outros. O abuso de drogas ilícitas, obviamente, leva a queda da libido tanto quanto o uso exagerado e constante de álcool.

O tratamento

O aconselhamento psicológico deve ser um primeiro passo. Neste campo as fantasias sexuais, história de abuso sexual, áreas de atrito constante com o parceiro, excesso de trabalho, stress total, fadiga constante, deverão ser percebidos, diagnosticados e, se possível, eliminados. O aconselhamento conjugal sempre deverá ser realizado em conjunto com o parceiro e uma franca discussão, um amplo entendimento, uma total exposição dos problemas.

O uso de Testosterona para melhorar o desejo sexual na mulher veio com as mulheres menopausadas (que não produzem hormônios) frequentemente exibirem queda da libido. Estudos realizados nos EUA em cerca de 600 mulheres em menopausa já em reposição hormonal com estradiol (ou similar) foram instruídas para usar um adesivo cutâneo contendo Testosterona na dose de 0,3mg, diariamente. A testosterona atravessa o tegumento cutâneo e passa para a circulação.

Cerca de 400 mulheres completaram os seis meses do estudo. Todas notaram melhora na função sexual seja na libido, no prazer, no orgasmo e na satisfação sexual. O nível circulante de Testosterona foi mantido em valores relativamente baixos para evitar efeitos colaterais como excesso de pelos e acne, além de efeitos somáticos (musculatura). Estes dados confirmam que a introdução de testosterona pode elevar o limiar para uma libido mais atuante tanto em mulheres na menopausa com aquelas em fase de vida fértil.

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Dieta ideal para o verão

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Chama-se Dieta Mediterrânea a base nutricional de populações que habitam o litoral de países da bacia do mar Mediterrâneo (Grécia, Itália do Sul, Sicília, Espanha Mediterrânea, Sul de Portugal, e as regiões da França que estão ao sul, no litoral Mediterrâneo). Basicamente o que se entende por dieta Mediterrânea é o que foi descrita por um especialista em nutrição humana, Dr. Walter Willet, da Universidade de Harvard, em 1990. Um padrão dietético que consiste em consumo diário de cereais (trigo, arroz) não refinados, sob forma de pão integral, arroz integral, lentilhas, etc., legumes, saladas, regados a óleo de oliva (principal fonte de gordura). Leite, queijos e iogurte, abundante consumo de peixes e produtos do mar, ocasionalmente, aves e pouca carne vermelha e derivados. Batatas, ovos e doces em proporção limitadas.

A dieta Mediterrânea usa o vinho tinto (1-2 copos por refeição) durante todo o ano, no almoço e no jantar. O vinho tinto é rico em um agente antioxidante e cardio-protetor, chamado resveratrol. Vários estudos metabólicos indicaram que o resveratrol prolonga a longevidade, protege contra a possibilidade de câncer (em animais experimentais), diminui o acúmulo de colesterol em placas arteriais e é um poderoso aliado contra a possibilidade de moléstias mentais degenerativas como a Doença de Alzheimer.

Nesta dieta as gorduras chamadas saturadas e consideradas aterogênicas, isto é, capaz de produzir depósitos em placas dentro das artérias, são muito pouco consumidas. O óleo de oliva, encontrado na mesa de gregos, espanhóis, italianos, portugueses, franceses, além de nutritivo, confere aos legumes, saladas, peixes, etc., um excelente paladar, sendo rico em ácido oleico.

Estudos publicados em importantes revistas médicas como New England Journal of Medicine e o British Medical Journal, em 2008, confirmaram que a Dieta Mediterrânea promove perda de peso comparável a dietas pobres em carboidratos, ao fim de dois anos de observação. Os estudos ainda indicaram que o uso cotidiano dessa dieta reduziu o risco de morte por câncer bem como de doença coronariana. Mais importante ainda, houve redução significativa da prevalência de Doença de Parkinson (movimentos incoordenados e involuntários dos membros, com tremor digital) e da Doença de Alzheimer, com progressiva deterioração das faculdades mentais.

Mais recentemente, os mesmos pesquisadores ingleses demonstraram que os componentes da Dieta do Mediterrâneo estavam associados a menor índice de mortalidade. Outras pesquisas indicaram que essa dieta induz um risco menor de casos de diabetes e de depósito de gordura no fígado (esteatose hepática) tão comum nos obesos masculinos.

Por que a Dieta do Mediterrâneo é boa para o verão?

O verão no Brasil é associado, quase sempre, a férias e a maioria da população interiorana migra para o litoral, para as praias. É portanto uma oportunidade de deixar de lado a carne vermelha (bovina, suína, caprina), os embutidos e passar a ingerir mais peixes e produtos do mar, grelhados ou cozidos, e regados com óleo de oliva. Muitos legumes cozidos, saladas em profusão, cereais integrais, queijos e iogurte, azeitonas, algumas nozes e vinho tinto nas refeições principais. Teremos assim um verão mais gostoso e, sem dúvida, muito mais sadio.

Por Geraldo Medeiros

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