PPS quer julgamento da Ficha Limpa antes de 2012

  Por meio de Ação Declaratória de Constitucionalidade, o Partido Popular Socialista (PPS) pede ao Supremo Tribunal Federal que seja reconhecida a validade da Lei da Ficha Limpa, e sua aplicação para fatos ocorridos antes da vigência da norma, que começa a partir das eleições de 2012.

 O PPS sustenta seu pedido no artigo 14, parágrafo 9º, da Constituição Federal dizendo que ele atinge as pessoas cuja vida pregressa desautorizaria o acesso a um mandato eletivo. Segundo o partido, como os dispositivos da Lei da Ficha Limpa apenas dão cumprimento ao que determina a Constituição, eles podem ser aplicados a atos e fatos anteriores.

 Quanto ao aparente conflito com o princípio da irretroatividade da lei penal, o partido entende que inelegibilidade não é pena, mas uma mera restrição ao direito de ser votado.

 Por fim, a legenda diz temer que, depois que o STF decidiu que a Lei da Ficha Limpa não se aplica ao pleito de 2010, surjam questionamentos de candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de 2012, sobre a constitucionalidade da aplicação da lei a atos anteriores à edição da norma.

 Por isso, pede à Corte que declare a constitucionalidade da aplicação da norma a fatos anteriores à sua edição, até para evitar que divergências de entendimentos causem o descrédito da lei. A ação foi distribuída ao ministro Luiz Fux.

Partidos querem dar o troco no PSD

A aprovação de lei proibindo as coligações nas eleições proporcionais (para deputados federais, estaduais e vereadores) está unindo os partidos que estão sendo desfalcados pelo novo PSD.

 Ocorre que o novo partido não terá tempo de televisão e nem recursos do Fundo Partidário. Seus candidatos nas eleições municipais só terão acesso à TV se usarem o tempo dos partidos coligados.

 Nas eleições para o Executivo, um partido sempre poderá negociar financeiramente seu tempo com o novo PSD. Mas, se a lei proibir as coligações nas proporcionais, os candidatos a vereador vão disputar sem direito à propaganda na TV.

Reforma política: briga por holofotes

A tramitação da reforma política colocou José Sarney e Eunício Oliveira em campos opostos.

 Sarney quer levar o tema diretamente ao plenário para que o Senado mostre serviço à sociedade o mais rápido possível.

 Mas Eunício, presidente da Comissão de Constituição e Justiça, insiste em votar as propostas no colegiado.

  (Lauro Jardim)

Salvando a reforma política

Com o escopo de impedir o total fracasso da reforma política, o Senado vai fatiar o texto da sua comissão especial que aprovou 13 mudanças no ordenamento eleitoral.

 O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fixou o dia 20 de maio como prazo para que a comissão apresente as propostas separadamente.

 Presidente da comissão, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) acredita que a votação separada facilita a aprovação de questões polêmicas. Segundo ele, os pontos aprovados não serão modificados, mas consolidados.

 Caberá ao plenário e à Comissão de Constituição e Justiça apreciá-los.

 O ponto de maior controvérsia é a discussão sobre o sistema eleitoral.

 Sob o comando do PT, a comissão aprovou o voto proporcional em listas fechadas nas eleições para deputados e vereadores, que prevê que o voto seja dado aos partidos, e não mais aos candidatos (voto uninominal).

Perfil

Blog informativo de Direito Eleitoral, com análise das inovações legislativas e da evolução jurisprudencial.

Flávio Braga é Pós-Graduado em Direito Eleitoral, Professor da Escola Judiciária Eleitoral e Analista Judiciário do TRE/MA.

“O seu voto não tem preço, tem consequências”

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