Instituto do Coração testa nova cirurgia cardíaca

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Cerca de 20 pacientes do InCor (Instituto do Coração) já receberam um novo tipo de enxerto para a cirurgia de revascularização do miocárdio. O procedimento é popularmente conhecido como ponte de safena, pois, quando começou a ser feito, nos anos 60, usava a veia safena, localizada na perna.

O problema é que essa veia sofre uma deterioração com o tempo. Agora, pesquisadores da instituição avaliam se a utilização de uma artéria, também localizada na perna, pode trazer resultados melhores do que os obtidos com a safena.

A cirurgia de revascularização do miocárdio trata a obstrução das artérias coronárias e consiste na criação de um desvio para que o sangue flua normalmente. O sangue arterial, porém, flui numa pressão maior do que o venoso, e a safena se desgasta com mais facilidade quando em contato com ele -estima-se que de 20% a 30% das pontes feitas com safena se fechem em dez anos.

A melhor opção de enxerto hoje são as duas artérias mamárias. A vantagem, explica o cirurgião Fabio Gaiotto, do InCor, é que elas sofrem uma remodulação -respondem ao esforço exigido e ajustam sua dilatação ao fluxo de sangue.

A proposta de Gaiotto é checar se a artéria da perna é capaz de passar pela mesma transformação. “Se ela remodelar, teremos três ‘mamárias’. A artéria da perna passará a ser um enxerto de primeira escolha”, diz.

Segundo ele, o procedimento já vem sendo feito por cirurgiões italianos e é seguro. Ele afirma que a cirurgia não afeta os movimentos da perna e não faz falta à irrigação sanguínea do membro porque serve como um “estepe” para a vascularização da região. “Ela só fará falta se o paciente tiver uma insuficiência arterial periférica.”

Gaiotto pretende operar 30 pacientes com o novo enxerto. Após o procedimento, cada um passará por uma tomografia da coronária com uma semana, um mês e três meses. O exame permite avaliar o diâmetro do enxerto, que é, então, comparado ao de uma artéria mamária remodelada.

Até agora, uma das cirurgias não foi bem-sucedida, mas isso não trouxe danos ao paciente. Segundo ele, é normal uma perda de 1% a 5% dos enxertos.

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Mulheres fazem menos atividade física que homens, diz estudo

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Pesquisas britânicas apontam diferenças na infância e depois dos 70 anos de idade.

Pesquisas britânicas afirmam que mulheres realizam menos atividades físicas na infância e na terceira idade do que os homens.
 

Os pesquisadores estudaram os níveis de atividade em crianças e pessoas acima de 70 anos e, nos dois casos, homens eram mais ativos.
 

O estudo da Universidade John Moores, de Liverpool, se concentrou em crianças entre 10 e 11 anos na área de recreação da escola e descobriu que meninos brincam de uma forma diferente das meninas.
 

As meninas tinham uma tendência a passar o tempo em grupos menores e participarem de jogos verbais, conversas e socialização.
 

A maioria dos meninos brincava em grupos maiores, o que levava a jogos com mais atividades físicas, como futebol.
 

“É motivo de preocupação o fato de que os níveis de atividades de meninas são mais baixos do que de meninos e, apesar de esta ser apenas uma parte de uma situação complexa, pode estar contribuindo para que as meninas fiquem acima do peso e obesas”, afirmou Nicky Ridgers, que participou da pesquisa.
 

Para Ridgers, as escolas deveriam ter consciência das diferenças nas brincadeiras de meninos e meninas.
 

“Eles poderiam então considerar a disponibilidade de equipamentos e de tempo para recreação que iria encorajar as meninas a participarem de brincadeiras mais ativas”, afirmou.

  Baixa atividade

A outra pesquisa, realizada pela Universidade de Bristol, analisou os níveis de atividade entre pessoas acima de 70 anos e concluiu que, em geral, estes níveis eram baixos para homens e mulheres.
 

Mais de 70% das pessoas que participaram do estudo caminhavam menos de 5 mil passos por dia. Mas as mulheres tendiam a ser menos ativas do que os homens.
 

“Homens realizam atividades físicas de maior intensidade do que as mulheres e isso pode ser explicado pelas saídas de casa. Mas, existem provas de que eles também ficam sentados por períodos mais longos durante o dia”, afirmou o pesquisador Ken Fox.
 

“Mulheres fazem atividades de menor intensidade, o que provavelmente representa tarefas diárias dentro de casa. Isto poderia sugerir que os papéis familiares tradicionais ainda podem ser identificados nesta geração”, acrescentou.

  Problemas de saúde

Os estudos estão sendo apresentados na conferência anual da Sociedade Britânica de Medicina Comportamental.
 

O organizador da conferência, professor Adrian Taylor da Universidade de Exeter, afirmou que é muito importante desenvolver formas de promover mais atividades físicas para todas as idades.
 

“A sociedade e nosso ambiente estão nos levando a fazer cada vez menos atividades físicas, com conseqüências como doenças cardíacas, diabetes e problemas de saúde mental para pessoas de todas as idades”, afirmou.
 

“Atividade (física) vigorosa ajuda a fortalecer ossos e juntas. Temo que as meninas que são menos ativas na recreação poderão ser mais vulneráveis à osteoporose no futuro”, afirmou Alan Maryon-Davis, presidente da Faculdade de Saúde Pública da Grã-Bretanha.
 

“Para pessoas na faixa dos 70 anos as necessidades mais importantes são mobilidade e flexibilidade, então uma combinação de atividades é importante para homens e mulheres para manter a flexibilidade, força e vigor”, disse.
 

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Cardiologia em destaque

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 Um estudo realizado em 52 países com mais de 27.000 indivíduos, mostra provavelmente a estimative do risco de infarto seja superior atravéz da dosagem sangüinea das apolipoproteínas B/A1 do que propriamente medindo o cholesterol.

> Um estudo americano com seguimento de 18 anos encontrou que o risco de mortalidade é três vezes maior quando as alterações respiratórias do sono não são tratadas. A apnéia do sono é por muitas vezes não diagnosticada e está ligada a doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais e outras morbidades. Quanto mais severo este estudo quando avaliado pela polisonografia maior o risco de mortalidade geral ou cardíaca. Talvez o CPAP seja uma solução.

> O American College of Cardiology e o American Heart Association divulgaram que não é mais mandatório o uso de antibióticos antes de procedimentos odontológicos, geniturinários ou gastrointestinais como prevenção de endocardite infecciosa (inflamação em uma válvula cardíaca) a não ser para aqueles que tenham válvulas cardíacas artificiais, defeitos cardíacos congênitos ou que já tenha endocardite prévia. Mais importante é a manutenção de ótima higiene e saúde da boca.

> Dados provenientes da Escócia mostram que após a proibição de tabagismo em qualquer lugar fechado teve como conseqüência a diminuição do número de admissões hospitalares por síndromes coronarianas agudas (infarto). Este benefício foi verificado tanto para fumantes, ex-fumantes e mesmo para aqueles que jamais haviam fumado.

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Depressão afeta o coração

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A ligação entre depressão e desenvolvimento de doenças cardíacas tem ficado cada vez mais forte, conforme cardiologista da Duke University Medical Center. Na reunião anual da American College of Cardiology, neste mês, pesquisadores apresentaram descobertas que documentam a extensão da depressão em pacientes cardíacos e propõem um mecanismo pelo qual a depressão afeta o coração.

Normalmente, os médicos atribuem a depressão em pacientes cardíacos ao fato de estarem tristes por estarem doentes, não causando maiores conseqüências. Os pesquisadores, liderados pelo Dr. Christopher O’Connor, concluíram que o risco de morte é duas vezes superior em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva com depressão em comparação àqueles que não estão com depressão. Dos 374 pacientes com insuficiência cardíaca examinados entre março de 1997 e junho de 1998, 35% foram diagnosticados como deprimidos.

Segundo O’Connor, a extensão e o grau de depressão nesses pacientes é muito maior do que o esperado se os pacientes estivessem apenas reagindo ao fato de estarem doentes. A taxa de falecimentos no grupo depressivo foi de 11,9% em três meses contra 5,6% no grupo não deprimido. A morbidez – ocorrência de complicações cardiovasculares – também foi maior em pacientes deprimidos. Descobriu-se ainda que estes pacientes possuem trombócitos mais viscosos, ou seja, possuem maior reatividade e maior tendência a se aglomerarem, favorecendo condições de ataque cardíaco.

Os pesquisadores não têm certeza das causas para esse fato – também pode advir de um desequilíbrio hormonal ou de qualquer outra causa. Os pesquisadores estão conduzindo um estudo para avaliar se antidepressivos podem ajudar os pacientes cardíacos. As propriedades anticoagulantes de um antidepressivo denominado sertralina (nome comercial Zoloft) têm sido intensamente avaliadas, tendo poder semelhante ao da super-aspirina.

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Sal – o vilão

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Ele começou a ser utilizado na culinária não por dar sabor aos alimentos, mas por seu potencial sanitário. Com um forte poder esterilizador, o sal conservava a comida, impedindo a reprodução de bactérias. Mas esse aliado inicial da saúde agora está sob a mira das entidades médicas.

Associado a uma série de problemas, entre eles a hipertensão, o sal foi alvo de uma ação recente da American Medical Association. A entidade pediu à FDA (agência responsável pela regulamentação de alimentos e remédios nos Estados Unidos) que mudasse o status do sal, até agora considerado uma substância de consumo seguro. Além disso, a associação quer reduzir pela metade a quantidade de sódio em alimentos processados ou servidos em lojas de fast-food.

Leonardo Wen/FI

No Canadá, o guia de alimentação desenvolvido pelo governo segue o mesmo caminho. A próxima edição, que deve sair até o início de 2007, vai trazer recomendações para diminuir o sal na alimentação.
O sal não traz só malefícios. Ele é necessário para o equilíbrio dos fluidos corporais e para a transmissão de impulsos nervosos.

O problema é que nosso paladar se adaptou tanto a ele que o consumo se tornou excessivo. Uma pesquisa recente do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) sobre fast-food encontrou sanduíches cujas unidades oferecem quase 80% do sódio recomendado por dia.

A Folha ouviu especialistas para saber quais são as conseqüências desse exagero e como diminuir a quantidade de sal na comida. A primeira dica é valorizar ervas e condimentos que acentuam os sabores. Afinal, “sem sal” não precisa ser sinônimo de “sem graça”.

1 – Qual a importância do sal para a saúde?
O sal está diretamente ligado ao volume de fluidos fora das células. Tudo que modifica a quantidade de sal afeta a retenção de líqüidos no corpo. Ele ajuda a regular as passagens de líqüido e de substâncias pela membrana das células, mantendo a pressão osmótica delas. Além disso, é importante para a transmissão de impulsos nervosos.

2 – Sódio é sinônimo de sal?
Não. 6 g de sal equivalem a 2,4 g de sódio. Fique atento na hora de ler o rótulo dos alimentos: eles trazem a quantidade de sódio, e não de sal, que eles contêm.

3 – Quanto deve ser consumido por dia?
A recomendação é que adultos ingiram de quatro a seis gramas de sal por dia.

4 – Há recomendações específicas para crianças e idosos?
Ambos devem consumir menos sal. Aconselha-se que os pais não adicionem a substância à comida das crianças até os dois anos de idade. Além de o leite materno e o sódio já presente nos alimentos suprirem suas necessidades, evita-se, com isso, que elas se acostumem a uma alimentação muito salgada, já que é nessa fase que se forma o padrão gustativo.

Já os idosos devem comer menos sal (o ideal seria cerca de 5 g por dia) porque tendem a reter mais sódio e também porque, com o envelhecimento, os vasos vão perdendo naturalmente a capacidade de distensão, sendo mais provável que desenvolvam hipertensão.

5 – Em média, quanto sal os brasileiros comem por dia?
Não há estudos populacionais que determinem um valor médio para todo o país. Mas pesquisas realizadas em alguns Estados mostraram que o consumo é de aproximadamente 12 g, valor muito acima do recomendado.

6 – Quem não acrescenta sal à comida come pouco sal?
Não necessariamente. Estima-se que 75% do sal que consumimos seja proveniente de alimentos processados industrialmente. Molhos, como o ketchup, produtos em conserva e embutidos são as opções mais ricas em sal. Os outros 30% vêm dos alimentos naturais e do sal que adicionamos aos alimentos.

7 – Doces estão liberados?
Não necessariamente. Quem tem hipertensão deve evitar produtos adoçados com ciclamato de sódio. Assim como o sal, esse adoçante tem sódio, que afeta a pressão.

8 – Posso suprir minha necessidade diária de sal só com alimentos naturais?
Sim. O sódio está presente na maioria dos alimentos, embora em quantidade pequena. Alimentos como carne, peixes e ovos podem suprir essa necessidade. O problema é que nossa alimentação é pobre em iodo, e o sal de cozinha é, por lei, enriquecido com essa substância. O iodo é importante para a saúde (gestantes que têm um consumo insuficiente de iodo, por exemplo, podem ter filhos com distúrbios cognitivos).

9 – O que acontece a quem ingere uma quantidade insuficiente de sal?
Problemas causados por ingestão insuficiente de sal são raros, mas acredita-se que uma dieta muito restritiva de sal (menos de um grama por dia para adultos) altera o perfil lipídico do organismo, aumentando os índices de colesterol ruim. Ainda não se sabe qual o mecanismo que leva a essa alteração.

10 – O excesso de sal leva à hipertensão?
Sim. Em populações que consomem muito sal, os índices de hipertensão são mais altos à medida que as pessoas envelhecem.

11 – O efeito do sal é o mesmo em todas as pessoas?
Não, os graus da sensibilidade ao sal variam de pessoa para pessoa. Acredita-se que algumas pessoas, por determinação genética, tenham rins que não manipulam bem o excesso de sal no organismo. Por isso, elas seriam mais sensíveis ao sal. Essa característica também está ligada a grupos étnicos: entre negros, por exemplo, a prevalência de pessoas mais sensíveis ao sal é maior. Homens e mulheres também apresentam resistência diferente ao sal. As mulheres, de modo geral, são mais “protegidas” contra os efeitos do sal até a menopausa. Depois disso, o risco de ter hipertensão é mais acentuado nelas do que neles.

12 – Como é possível saber se alguém é hipersensível a sal?
Existem testes que permitem averiguar a sensibilidade ao sal, entretanto, eles são utilizados apenas em pesquisas. Esses exames não são usados na prática clínica porque a recomendação para todas as pessoas, independentemente de elas serem sensíveis ou não, é comer pouco sal.

13 – Quem tem pressão baixa precisa comer mais sal?
Não, pois o fato de a pessoa ter pressão baixa não significa que ela não possa ter hipertensão no futuro. Além disso, sabe-se que os riscos de problemas cardiovasculares são maiores entre pessoas que comem muito sal mesmo quando elas não apresentam hipertensão arterial. O mesmo vale para problemas renais e digestivos. Estudos também mostram que o excesso de sal pode causar broncoespasmos, piorando quadros de asma.

14 – O excedente de sal é liberado pelos rins? Então por que se preocupar com a quantidade?
O rim tem uma capacidade limitada para filtrar e excretar o sal. Quando o consumo é muito alto, o rim trabalha sob uma pressão maior e pode ter seu funcionamento comprometido. A hipertensão é uma das principais causas de doença renal crônica. Além disso, ingerir muito sal aumenta os riscos de cálculo renal –formação de pequenas “pedras” nos rins.

15 – Em quanto tempo o organismo consegue expelir o excesso após uma alimentação sobrecarregada de sal?
Pessoas normais demoram de um a dois dias para reequilibrar o organismo. Em pessoas com hipertensão, o processo de eliminação do excesso de sal demora de cinco a sete dias.

16 – Consumir sal em excesso dá celulite?
Não. A retenção de água que o sal promove é intravascular, e não na pele. Isso pode causar inchaços nas pernas ou nos dedos da mão, mas não celulite.

17 – O sal causa problemas na tireóide?
Sim e não. O cloreto de sódio não afeta a tireóide. Entretanto, no Brasil, o sal é enriquecido com iodo. Se consumido em excesso, o iodo pode levar à tireoidite de Hashimoto em pessoas com predisposição genética a doenças auto-imunes. Em 2003, a Anvisa reduziu os níveis de iodo no sal para evitar esse tipo de problema.

18 – O que é o sal light e quais seus benefícios?
O sal light é formado por uma mistura de cloreto de sódio e cloreto de potássio. Embora os dois possam ser chamados de sal, eles afetam o organismo de formas diferentes. Enquanto o potássio regula a retenção de líquidos dentro das células, o sódio age fora das células. Embora seja recomendado a pessoas com hipertensão, o sal light não é indicado para pessoas com problemas renais. Embora o potássio não leve a doenças renais, problemas nos rins levam a um acúmulo de potássio no corpo, o que aumenta os riscos de problemas cardíacos.

19 – Quais as diferenças entre o sal marinho e o sal mineral?
Embora sejam extraídos de formas diferentes (o mineral de minas subterrâneas e o marinho, da evaporação da água do mar), os dois apresentam a mesma composição e causam os mesmos efeitos no corpo.

20 – Qual a diferença do sal para o glutamato monossódico?
Além do cloreto de sódio, esse tempero tem outras substâncias que realçam o sabor de alguns alimentos. Como é rico em sódio, ele não pode ser considerado uma alternativa saudável ao sal.

21 – Faz diferença colocar o sal durante o cozimento ou adicioná-lo depois, quando a comida já está pronta?
Sim e não. Os efeitos do sal são os mesmos, independentemente do momento em que ele foi adicionado à comida. Mas os médicos recomendam que as pessoas tirem o saleiro da mesa porque elas tendem a colocar mais sal quando a comida já está pronta do que quando temperam na hora do cozimento.

22 – Posso substituir o sal por outra substância?
Embora não exista um substituto para salgar os alimentos, o sal pode ser trocado, nas receitas, por ervas e condimentos que acentuem o sabor dos alimentos.

23 – Grávidas devem seguir alguma orientação específica?
As regras são as mesmas, de quatro a seis gramas por dia. Como a mulher já tem uma tendência a reter líquidos durante a gravidez, o consumo excessivo de sal pode levá-la a um aumento de pressão, o que pode causar pré-eclampsia. Entretanto, a dieta também não pode ser muito restritiva em relação a sal, já que, nos primeiros meses, a gestante tende a ter uma pressão mais baixa, e a falta de sódio pode diminuir o fluxo de sangue que chega até a placenta.

24 – Como deve ser o consumo de sódio em esportistas?
O sódio, assim como outros sais minerais, é liberado pelo corpo junto com o suor. Por isso, pessoas que se exercitam intensamente podem perder mais sódio. Mas isso só se torna um problema se o exercício for praticado por muito tempo (a partir de uma hora, uma hora e meia), principalmente em ambientes quentes e úmidos. Nesses casos, a reposição deve ser feita por meio de bebidas isotônicas, e não pelo acréscimo de sal na comida.

25 – Quais são as regras para a utilização de sal nos alimentos processados?
A legislação brasileira não impõe limites para a quantidade de sal adicionada aos alimentos industrializados nem obriga as empresas a colocar alertas nas embalagens. Mas os fabricantes são obrigados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a informar no rótulo o teor de sódio no alimento.

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Poluição ambiental afeta o coração

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Sabemos que a poluição atmosférica , agrava e desencadeia o aparecimento das doenças cardiovasculares. Dados do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Universidade de São Paulo, apontam que  os óbitos por doenças cardiovasculares , sobem até 12% em dias de muita poluição , na cidade de São Paulo.  

Estudos anteriores , demonstraram que partículas poluentes ultrafinas , derivadas principalmente da queima de combustíveis provenientes de veículos automotores , inflamariam os pulmões e , estes , produziriam substâncias tóxicas  para o sistema cardiovascular. Evidências atuais , indicam que essas partículas ultrafinas , podem , através dos pulmões , atingirem a circulação e afetarem o coração e os vasos sangüíneos de uma forma mais direta.

Esta é a constatação de pesquisadores do Hospital Bom Samaritano de Los Angeles ( Estados Unidos ). Estes cientistas conduzem pesquisam , em que  partículas poluentes são infundidadas , diretamente na circulação de ratos , mostrando uma diminuição do aporte de sangue para o  coração , bem como uma redução da capacidade de contração deste orgão. Outros pesquisadores , acreditam que as partículas ultrafinas , levariam a formação de ´”espécies reativas de oxigênio” diretamente na parede das artérias , as quais agravam o processo inflamatório da aterosclerose ( formação de placas de gordura na parede das artérias ).

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Saindo da berlinda

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Semana passada a edição da revista VEJA, traz uma relação de medicamentos, onde ela posiciona com cartão amarelo de advertência , alguns dos medicamentos mais vendidos. Colocando algumas pesquisas da indústria farmacêutica sob suspeita. Uma boa noticia é dada por uma revisão feita pela conceituadissima revista The New England of Medicine dessa semana, onde ela aborda os efeitos do Champix(Vareniclina), um novo medicamento para auxiliar no combate ao tabagismo. O Champix simula os efeitos da nicotina no cérebro, mas não provoca as alterações que levam à dependência química. champix1-300x1991.jpg

O princípio ativo do Champix, a vareniclina, simula a ação da nicotina no cérebro, suprindo a falta da substância. Liga-se aos receptores acetilcolina-nicotínicos agindo de duas formas: age como a nicotina (agonista parcial), o que ajuda a aliviar os <span onmouseover="showTip('sintomas','Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções. ‘,”)” class=”postTip”>sintomas de privação, mas age igualmente contra a nicotina (antagonista), tomando o seu lugar, o que permite reduzir os efeitos do prazer ligados ao tabagismo. Não gera aumento dos níveis de dopamina – característica do tabaco. Portanto, não provoca os picos que levam ao desejo de acender outro cigarro.

O Champix foi aprovado na Europa e nos Estados Unidos em 2006, sendo neste país chamado de Chantix. Está indicado para ajudar os adultos maiores de 18 anos a deixar de fumar e só pode ser adquirido com prescrição médica. 

 Alguns sites e artigos de revistas de mídia popular, reportaram alguns efeitos colaterais neuro-psiquiátricos agitação,humor depressivo e desejos suicídas que poderiam ser decorrentes do uso do medicamento(vareniclina).  A publicação chama atenção que esses sintomas são comuns tanto na fase de abstinência quanto na prática  do tabagismo e não poderiam ser debitados ao uso da Vareniclina. Propõe-se que os pacientes em uso do medicamento sejam monitorados de perto, durante o tempo de tratamento que em média é curto em torno de 3 meses.

Devem ser orientados tanto paciente e familiares quanto a possiveis efeitos adversos e não deveriam ser usados em pacientes com distúrbios psiquiátricos(esquizofrenia, distúrbio bipolar e depressões maiores).

Como o indicação da vareniclina é feita para uso a curto prazo e não é tratamento crônico, sendo estabelecido bem suas indicações precisas, a classe médica através de orientação de guidelines indica como tratamento de primeira linha para interrupção do tabagismo.

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Proteína fatal

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Concentração elevada de substância associada à inflamação é o mais novo fator de risco para doenças cardíacas

Uma importante descoberta na área da cardiologia deverá aprimorar ainda mais os tratamentos das doenças cardiovasculares. Uma equipe formada por pesquisadores de vários países anunciou que a proteína C reativa, uma molécula produzida no fígado e usada pelo sistema de defesa do organismo, é o mais novo fator de risco confirmado para patologias como o infarto e acidentes vasculares cerebrais. A notícia foi um dos grandes destaques do Congresso Americano de Cardiologia, que aconteceu na semana passada nos Estados Unidos. Ela é o resultado de um estudo internacional que envolveu 17,8 mil pessoas de 27 países, entre eles o Brasil.A PC reativa, como é chamada, vinha sendo estudada pelos médicos há alguns anos. Quando se apresenta em concentrações mais elevadas, denuncia a existência de um processo inflamatório dentro do corpo. Isso ganhou importância quando se descobriu que o infarto é provocado pela combinação do acúmulo de placas de gordura na parede das artérias com a inflamação decorrente desse problema. “Esse núcleo de gordura se inflama e se rompe. Células de defesa do organismo se agrupam para tentar estancar, mas acabam formando o coágulo, o que causa o infarto”, explica o cardiologista Andrei Spósito, presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Porém, até hoje acreditava-se que a proteína só se expressava em quantidades preocupantes do ponto de vista cardíaco quando o processo já estava adiantado. Imaginava-se que índices elevados só aparecessem em indivíduos portadores de fatores de risco tradicionais, como obesidade e fumo. Testes para medir sua presença eram feitos mais para confirmar o problema, não para denunciá-lo. O que o novo estudo mostrou foi que a proteína pode, sim, aparecer aumentada mesmo na ausência de ameaças conhecidas. Isso significa que uma pessoa sem nenhum fator aparente pode apresentar níveis extrapolados, ou seja, esse indivíduo também está em risco, embora ninguém desconfiasse disso.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram a redução do risco cardiovascular em pessoas que apresentavam índices preocupantes de proteína C reativa mas que não tinham perfil para sofrer de problemas cardiovasculares. Metade foi tratada com doses diárias de rosuvastatina, um tipo de estatina. Esta categoria de remédios é indicada para reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom. O restante recebeu placebo.

Um ano e nove meses depois, os pesquisadores identificaram uma redução de 44% no risco de eventos como infarto e acidente vascular cerebral (AVC) e diminuição de 20% da mortalidade entre os pacientes medicados com a estatina. Isso ocorreu porque esses medicamentos também possuem efeito antiinflamatório. “Ou seja, ficou demonstrado que essa proteína é um indicador extremamente importante de que algo grave pode estar ocorrendo nos vasos sangüíneos. Mas também ficou claro que é possível reduzir eventuais prejuízos se agirmos rápido”, afirma o pesquisador Jacques Genest, um dos líderes do estudo. O resultado foi considerado tão contundente que o ensaio clínico acabou interrompido antes da conclusão final.

A constatação implicará mudança no tratamento. “É uma das mais importantes descobertas dos últimos anos. Irá repercutir nas atuais práticas clínicas”, afirma Francisco Fonseca, coordenador do Setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Celular da Universidade Federal de São Paulo e também um dos autores da pesquisa. A primeira alteração será recomendar o teste para medir a PC reativa mesmo a indivíduos que não manifestam fatores de risco mais comuns, como colesterol total aumentado e sedentarismo. “Agora, diante deste resultado, este procedimento tornou-se necessário”, afirma o cardiologista José Pedro da Silva, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Outro procedimento será ampliar o uso das estatinas por causa da confirmação de seu efeito antiinflamatório – com a ressalva, é claro, de que o remédio pode produzir efeitos colaterais como sobrecarga ao fígado. Para Antonio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as medidas darão força à medicina preventiva.

“Temos que evitar que as doenças ganhem uma dimensão tão grande que fique difícil derrotá-las”, diz.

Fonte: Isto É, 17/11/2008

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A representatividade das mulheres

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     Já era tempo para comunidade científica se redimir. O atual momento que vivemos é da chamada Medicina Baseada em Evidências. Já passamos da medicina do eu acho… na minha experiência… do individualismo. A verdade científica é coletiva, é preciso ser comprovada.

     Essa fase atual da medicina, o sexo feminino era largado a segundo plano, em todos testes científicos as mulheres  não participavam ou seu contingente era muito pequeno em relação ao homem.

     O grande trabalho científico(Estudo Jupiter) da área de aterosclerose apresentado em New Orleans nos Estados Unidos nesse domingo, vem repercutindo positivamente no seio da sociedade. A grande noticia vem para as mulheres, dos 17.702 pacientes, sete mil eram mulheres.

A droga mais efetiva em redução de mortes por aterosclerose – As estatinas, não eram testadas ou testadas em trabalhos científicos num percentual muito pequeno. A alegação que sua fisiologia é muito complexa, não tinha ciclos menstruais homogêneos e apresentavam períodos especiais(gravidez e menopausa). Parece que é um final de uma fronteira. As mulheres não tinham a representativida-de devida.

A outra boa noticia é que as mulheres podem contar com novo exame de sangue marcador de risco cardiovascular já testado – Proteina C reativa ultra sensível, de baixo custo quando comparado aos exames de cintilografia,testes de stress.etc.

O racional do estudo Jupiter era avaliar pessoas saudáveis com colesterol normal porém com o marcador inflamatório elevado(PCR us > 2mg/dl). Os resultados mostraram redução importante de eventos, quando eram reduzidos os marcadores inflamatórios com estatinas.

Uma grande vitória da medicina.Para melhor validação destes resultados, deveremos esperar a reprodutibilidade desses resultados com novos trabalhos científicos que se encontram em andamento, só assim a pesquisa clínica chegará aos nossos pacientes.

 [email protected]  

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Estudo Jupiter e as repercussões

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Cardiologistas brasileiros reconhecem os benefícios do uso de estatinas para prevenir doenças cardíacas em pessoas com colesterol baixo, mas dizem que não deve ser feita uma prescrição indiscriminada desses medicamentos. Um estudo apresentado anteontem nos EUA sugeriu que esse remédio, até então usado só em pacientes com colesterol alto, reduz em 44% o risco de problemas cardiovasculares em pessoas com níveis normais ou baixos de colesterol –mas que têm índices elevados de uma proteína chamada C-reativa, ou PCR. Os resultados tiveram grande repercussão no congresso da American Heart Association, onde foram apresentados. A proteína PCR é um indicador de inflamação, que pode resultar em doenças cardíacas. O estudo, chamado Jupiter, foi feito por dois anos com quase 18 mil homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 60 de 26 países e teve patrocínio da farmacêutica AstraZeneca, fabricante do medicamento rosuvastatina cálcica (um tipo de estatina). Para o cardiologista brasileiro Francisco Fonseca, um dos autores da pesquisa, os resultados foram surpreendentes e “muito acima do que poderia ser previsto”. Ele acredita que o trabalho vá influenciar as novas diretrizes americanas previstas para 2009, mas diz que sua transposição para a prática não será automática. Sobre efeitos indesejados, como um aumento ocorrido nos novos casos de diabetes, ele afirma que foram pouco significativos diante dos benefícios. Segundo ele, o remédio deve ser tomado indefinidamente. “Todos os estudos mostram que, quando se suspende o tratamento, perde-se o benefício.” Já o cardiologista Antônio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, diz que o tempo de uso depende do organismo. “Algumas pessoas, quando interrompem a medicação, voltam a ter problemas. Outras, não.” O cardiologista Marcelo Sampaio, do Instituto Dante Pazzanese, é cauteloso ao analisar os dados. Para ele, é preciso individualizar os casos. “Seria uma maravilha se não existissem efeitos colaterais. As estatinas podem causar dores musculares e sobrecarga hepática. Isso precisa ser monitorado constantemente, e deve prevalecer o bom senso.” Na opinião de Sampaio, as estatinas poderiam ser recomendadas para pessoas que tenham colesterol baixo, mas com antecedentes familiares ou outros fatores de risco associados. Outra questão a ser avaliada, segundo um editorial que acompanha a pesquisa, é o custo da expansão do uso do remédio. Uma caixa com 30 comprimidos de 20 mg de rosuvastatina cálcica (dose usada no estudo) custa cerca de R$ 150. O remédio não é distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e ainda não se sabe se outras estatinas teriam o mesmo efeito. Mudanças no Brasil Segundo Chagas, o estudo poderá mudar diretrizes sobre tratamentos, mas não a curto prazo. “Os médicos não podem sair medindo a PCR e medicando todo mundo. A principal implicação do estudo é entender que alguns pacientes podem ser tratados preventivamente”, disse Chagas, que reforça a importância de manter medidas como a perda de peso e a prática de esportes. Para Sérgio Timerman, cardiologista do InCor (Instituto do Coração do HC de São Paulo), as estatinas trazem muitos benefícios se forem usadas com parcimônia. Ele diz que não é preciso exagerar –como um médico que citou no congresso que a droga é tão fantástica que deveria ser adicionada às caixas-d’água–, mas que o remédio vem mudando a história natural da doença cardiovascular. “Toda droga tem sua relação risco/benefício. Mas a prevenção primária [em quem não tem histórico de doença cardiovascular] é cada vez mais importante. Se há um remédio que protege, deve ser usado.” Segundo Chagas, um estudo dessas proporções causa questionamentos e mudanças de conceitos. “Mas ainda depende de mais fatores científicos.”

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