O futebol maranhense faliu

Estou de feries, mas os últimos acontecimentos do futebol me obrigaram a interromper o meu merecido descanso: o rebaixamento do Sampaio para a Série D e eliminação do Moto na primeira fase da Quarta Divisão, foi demais para minha cabeça. Os dois episódios são a mais perfeita tradução da total falência do futebol maranhense.

Um dos principais responsáveis pela quebra de uma empresa é a ingerência, que no nosso futebol há em abundância. Para começar pela Federação Maranhense de Futebol (FMF), que nada faz pelos clubes a não ser cobrar taxas e mais taxas. O presidente da entidade, o senhor Alberto Ferreira, que a dirige por quase duas décadas, é o exemplo mais fiel de omissão. Ele é tão inexpressivo que o presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), cel Nunes, foi quem dirigiu o jogo Sampaio x Paysandu, em Codó. Jogo esse, que a diretoria do Tricolor se sentiu abandonada, pois os paraenses deitaram e rolaram em terras maranhenses.

Se Alberto Ferreira abandona o Sampaio, time pelo qual ele disse que torce, imagina o Moto? A partida contra o São Raimundo vai entrar para a história dos jogos oficiais mais bagunçados, pois a FMF não mandou o oficio com o horário do jogo para a Polícia Militar e policiamento chegou com quase meia hora de atraso e além disso, as ambulâncias chegaram com muito atraso.
Com relação aos dirigentes dos dois clubes faltou mais critério na contratação de jogadores, pois trouxeram para cá muitos atletas, mas nenhum craque. Não sou advoga do vice-governador João Alberto e nem recebei nenhuma procuração para defende-lo, mas criticá-lo pela demora na liberação do patrocínio não foi o problema dos times. Acho que dinheiro não foi o que faltou a Sampaio e Moto, pois o primeiro contratou 49 jogadores e três técnicos e o segundo 52 atletas e quatro treinadores.

O pior é o nível das contratações, pois só trouxeram para cá ex-atletas em atividades, cavalos cansados e pernas-de-pau. Com toda sinceridade, os jogadores daqui são muito melhores que estes caras que vieram de fora. A grande prova é que o campeão maranhense foi o JV Lideral, uma equipe de empresário, cheia de talentos maranhenses.

Acho melhor aproveitar a falência para colocar a cabeça no lugar e tentar arrumar a casa. O principal é não repetir os erros e gerenciar melhor o nosso esporte.

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Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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