Agindo na causa e não no efeito

Parece que ainda não é desta vez que o presidente do Sampaio, Sérgio Frota, conseguirá tirar José Alberto, o Geografia, da direção técnica da Federação Maranhense de Futebol (FMF). O dirigente do Tricolor teria sugerido a criação de um abaixo-assinado pedindo a cabeça do diretor técnico, porém, o assunto vazou e os dirigentes que já aviam assinado o documento, inclusive, o próprio Frota negaram a existência do mesmo.

O abaixo assinado teria sido criado durante reunião AMA realizada na empresa do presidente Sérgio Frota e já tinha a adesão de outros três clubes: Moto Club, Maranhão e JV Lideral. O motivo para a criação do documento seria que Geografia estaria sistematicamente beneficiando ao Iape na Copa União.

O que os dirigentes estão se esquecendo que o cargo diretor técnico é de confiança do presidente da FMF, Alberto Ferreira, e que tudo que Geografia faz é com o consentimento dele. Em outras palavras, José Alberto, é um marionete de Alberto Ferreira.

Portanto, ao criar o abaixo-assinado pedindo a cabeça de Geografia, os dirigentes estão agindo na causa e não no efeito do mal na opinião deles. O correto seria criar um documento pedindo a saída de Alberto Ferreira da FMF.

Futebol se decide é em campo

O presidente de honra do Iape, Isaias Pereira, o Pereirinha, está de parabéns por ter desistido da ação que iria mover contra o JV Lideral, que colocou em campo de forma irregular o meia Kelson. O Trator do Camaçari poderia ficar fora da final do primeiro turno da Copa União, pois poderia perder os seis pontos conquistados na semifinal e o semifinalista no seu lugar seria o Bacabal.

O Kelson foi suspenso por 180 dias pela Comissão Disciplinar, por causa de ter se envolvido naquele escândalo da Segundona, ao jogar pelo Chapadinha. O jogador consegui mudar o restante da pena, pois já havia cumprido metade dela, por doação de cestas básicas. Porém, quem converteu foi presidente da II Comissão Disciplinar, João Francisco Gomes, quando deveria ser o presidente do TJD, José Ribamar Marques.

O presidente Pereirinha está de parabéns porque poderia ter ido adiante com a liminar e enfrentar o Bacabal, que não vence há cinco jogos, e com toda certeza é um adversário tecnicamente mais fraco que o Trator. Porém, o dirigente do Canarinho com seu gesto mostrou na apenas generosidade, mas espírito esportivo, pois em momento algum o JV Lideral usou de má fé ao colocar o Kelson em campo nos quatro jogos que participou. E mais, a frase por ele usada para dar um fim ao caso foi quase uma poesia:
“fiz time para ganhar em campo”, destacou.

Seria um castigo muito grande tirar o JV Lideral desta final, pois o clube é o único invicto da competição, tem a melhor média de gols do país e está jogando muito futebol. Na minha opinião nenhum clube tem mais direito de disputar está final que o Trator.

Ainda bem que o presidente Pereirinha não deu seguimento na ação, pois o nosso futebol ainda não se recuperou do traumático “Escândalo da Segundona”, quando Chapadinha, revoltado pela inclusão do Moto na disputa no mesmo ano que foi rebaixado, abriu para o Viana por 11 x 0.