O Sandow foi sacaneado no Moto
Quanto mais conheço as pessoas no futebol maranhense mais admiro os animais. Sandow Feques, bicampeão maranhense com o JV Lideral e o Sampaio, assumiu pela terceira vez o comando do Tricolor e até iniciou bem o trabalho, mas a identidade dele com o mesmo foi, de certa forma, deixada de lado quando o time foi eliminado na segunda fase da Copa do Brasil. E os torcedores atestaram isso. Protestaram contra a diretoria, que tirou o cara por outras claro que não.
Bobagem pior fizeram os cartolas do Moto, que literalmente sacanearam o Sandow. O contrataram com a promessa de um planejamento de duas temporadas. Com a desculpa que o time estava na pindaíba deram para ele trabalhar um elenco repleto de jogadores velhos (alguns até aposentados) e garotos das categorias de base, mas os altos e baixos na competição e a derrota para o arquirrival Tricolor na última rodada da primeira fase da Copa União fizeram a diretoria demití-lo. Atitude acertada? Não acredito. Ficou visível que o problema do time realmente não estava no comando técnico. Tanto é que pouca coisa mudou com o novo treinador, o cearense Oliveira Canindé.
O curioso é que de uma hora para outra a pobreza no Moto acabou. O técnico Oliveira Canindé pediu um meia de qualidade e os cartolas mandaram buscar o Lenilson, mas como dirigente que rouba dirigente tem 100 anos de perdão, o presidente do Sampaio, Sérgio Frota, foi na frente e contratou jogador só de birra, pois dificilmente ele deve jogar no lugar de Claytinho.
A verdade é que quando os times daqui estão na lisura os treinadores maranhenses são os melhores do mundo, mas basta entrar um dinheirinho como o do Viva Nota para eles irem logo buscar profissionais lá fora, que na maioria das vezes vêem para cá só ganhar dinheiro e enrolar os cartolas otários.
O Sandow tem qualidade. Pensa o futebol de maneira inteligente. Com o tempo iria dar certo, mas a cartolagem no Papão, que não ganha salário e nunca larga o osso, deitou e rolou. Fez o que quis com o cara. Não cumpriu com a palavra só pra variar. O que comprova mais uma vez que não dá pra confiar em dirigentes. Todos são iguais. Fiquei triste pelo professor, mas ele tem competência para se reerguer e dar a volta por cima.