Técnico de futebol não é milagreiro!
Apesar da mentalidade dos dirigentes de futebol estar mudando gradativamente, muitos clubes ainda seguem com a mania de achar que a solução dos maus resultados é a troca de treinador. Como se isso mudasse muita coisa. Estamos na 5ª rodada do segundo turno da Copa União e 4 técnico foram substituídos. Os times trocaram foram Moto, Santa Quitéria, São José e Cordino. O Papão foi o que mais mudou, pois já está indo para o terceiro comandante na mesma competição.
Após perder para o São José, que trocou o técnico Castelo Branco por Raimundinho, por 2 x 0, o treinador Moto,Oliveira Canindé, que substitui Sandow Feques, entregou o cargo ainda no vestiário. Canindé volta para o futebol cearense para assumir o comando do Icasa para a temporada de 2012. Junto com o ele vão embora também os laterais Roberto Baiano e Zada, além do zagueiro Braga, que não deixarão a menor saudade.
Nas últimas rodadas a instabilidade no time do Moto tem sido terrível. Por isso, fui contra a saída do Sandow Feques, pois o cara iniciou o trabalho e tinha entrosamento com o time e não precisa mexer. Era só dar tempo ao tempo. Momentos ruins fazem parte de qualquer campanha. O que os dirigentes do Moto fizeram? Aproveitaram a grana do Viva Nota e trouxeram um treinador de fora como se ele fosse milagreiro.
Com o elenco for formado por pernas-de-pau do Moto, só Jesus Cristo salva. Com isso, é mais um ano perdido para o Papão, que em 2012, de novo, não disputará nenhuma competição nacional.
A verdade é que a única pessoa na terra que fez milagre foi Jesus Cristo. Por isso sou totalmente contra mudanças repentinas. É claro que a exceção é feita quando o cara não dá liga com o clube. Briga com jogador, essas coisas, como aconteceu no São José, onde o Fernando Castelo Branco não tinha mais clima para trabalhar e a mudança por Raimundinho foi positiva. O mesmo aconteceu no Santa Quitéria, que no início da Copa União, trouxe um técnico cearense igual ao do Moto e o time não ganhava ninguém e foi só repatriar o Meinha para que a equipe assumisse a liderança isolada da competição.
Portanto, de uma maneira geral, tenho a convicção de que no início da temporada o dirigente tem que estudar muito bem suas ações. Desde a formação do elenco até a contratação de um bom treinador. A partir dali é confiança. Tem que se tentar agir muito mais com a razão que a emoção.