Ou cai na frigideira ou cai no fogo
Confesso que não entendi a atitude do interventor-presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo, de ameaçar expulsar o Maranhão e o Moto por terem ingressado com uma ação na justiça contestando o tal do novo estatuto da entidade que deu peso três, também ninguém sabe por que motivo, ao Sampaio. Com que moral, ele pode punir os clubes se o próprio está no comando da FMF por meio de uma liminar concedida pela justiça comum? É brincadeira, né? Antônio Américo não me faça sentir saudades de Alberto Ferreira, viu!
Na tentativa de tirar Alberto Ferreira do comando da FMF, seguimentos da imprensa do futebol demonizaram a pessoa do dirigente, que contribui muito para sua retira da entidade que dirigiu por mais de 20 anos e já estava passando da hora de sair. Entretanto, esqueceram de exorcizar a casa e espírito ruim que assombra o futebol maranhense dá indícios que não quer sair.
Após a primeira rodada do Campeonato Maranhense, o primeiro sem Alberto Ferreira após 20 anos, nem parece que houve mudança no comando da entidade. Os caras marcaram um jogo do Sampaio contra o Santa Quitéria no mesmo horário do Vasco x Americano e o resultado não poderia ser outro, estádio vazio. Para completar o fiasco, teve o jogo Moto x Bacabal, em plena segunda-feira, à noite, de baixo de chuva, e mais uma vez não deu ninguém nas arquibancadas.
Se não bastasse essa loucura de concorrer com a TV e marcar jogo segunda-feira à noite me vem a diretoria da FMF baixar uma norma que ingressos de meia entrada para estudante e idoso só pode ser vendido até 24h antes da partida. É sacanagem, né? Como que estudante e o idoso, que na sua grande maioria são duros vão gastar dinheiro com passagem para comprar ingressos um dia antes do jogo se o desconto é praticamente o mesmo valor que eles iriam gastar com condução? Os caras da Federação estão querendo que o torcedor fique em casa.
O que me deixa mais preocupado é que a eleição para a FMF está perto e temos dois candidatos; Antônio Américo, que é uma espécie de Alberto Ferreira organizado, e Pedro Vasconcelos, que pertence ao grupo de Alberto Ferreira. Deste jeito o futebol maranhense esbarra naquele dilema: calça de veludo ou bunda de fora!