Onde tem muita bagunça o fracasso é certo!
Uma eliminação precoce no segundo turno do Campeonato Maranhense, assim como aconteceu com o Moto Clube no primeiro turno, pode ser considerada sinal de fracasso de planejamento logo de cara. Afinal, o time rubro-negro foi feito nas coxas. E agora não adianta culpar só o Sarney Neto pela campanha ridícula no Estadual e o risco iminente de rebaixamento. Quando a presidência do clube foi empurrada goela abaixo dele, teve muito dirigente que prometeu ajudar, mas duas semanas depois o cara estava sozinho. Acho covardia culpar, exclusivamente, o Neto e o árbitro Juscelino Sousa, pela palhaçada protagonizadas pelo técnico Bira Lopes e os jogadores no Nhozinho Santos.
O que achei pior naquela palhaçada que se transformou o clássico Sampaio x Moto é que as cenas deprimentes protagonizadas pelos jogadores e o treinador do Moto foram transmitidas via satélite para todo Estado. Há mais de 10 anos não via algo tão ridículo no futebol local. Sinceramente, acreditava que nunca mais viria cai-cai no futebol local. Agora, como que um dirigente do Papão terá coragem de pedir patrocínio? Como que os dirigentes vão pedir para o torcedor ir a campo? E os torcedores que foram ainda tem o direito de pedir na justiça o ressarcimento, porque eles pagaram para assistir uma partida de futebol que tem duração de 90 minutos e o jogo parou aos 32 do segundo tempo.
Só que para mim muito pior que o Moto jogando um futebol pífio, é a diretoria presidida pelo Sarney Neto, que aceita tudo passivamente. Ou seja, boleiro que se recusa a treinar e viajar, sem dar explicações, e mesmo assim passam a mão na sua cabeça, dizer o que? Cada um faz o que quer lá no CT Pereira dos Santos. Ninguém tem moral para falar nada. O único que se salva até o momento é o Kleber Pereira, que tem feito muitos gols importantes.
E não adiante vim com essa história que os jogadores foram abandonados pela diretoria, porque quem foi contratado, principalmente, os atletas trazidos pelo diretor de futebol Artur Carvalho Neto, sabiam onde estavam se metendo. Hoje, com a Internet e o celular, todo atleta se informa sobre a situação do clube antes de assinar contrato. Só que eles poderiam ter um pouquinho mais de profissionalismo, terminado o jogo contra o Sampaio e não atender aos apelos do treinador Bira Lopes para se jogarem no chão.
Por sinal isso só pode ser reflexo de um clube que ainda aceita jogadores e treinador anti-profissional como os que foram contratados. Acho até que o Moto já foi rebaixado moralmente depois do vexame que deu diante das câmeras de TV. O torcedor que não se iluda que o time escapará da degola, porque o São José não tem time para ganhar do Codino em Barra do Corda. Em 99,9% dos casos quando existe muita bagunça no trabalho o resultado fatalmente é o fracasso.
