Torcedores travestidos de vândalos!

Poderia escrever páginas e mais paginas sobre como ficou bacana o Castelão depois da reforma e da maravilhosa presença da torcida que compareceu em massa, mas após ver as imagens de vandalismo no local fiquei enojado. Embora muitos digam que é assim em diversos lugares. Deve ser assim mesmo em São Paulo, no Rio, em Porto Alegre, Salvador, Recife, mas porque tem que ser assim na mais simpática das capitais que é São Luís. Fique pensando seriamente em parar de escrever e falar sobre o futebol. Em deixar de freqüentar, ouvir o meu bom e velho rock and roll e tomar minha cerveja em paz nos sábados e domingos de bola. Mediocridade, burrice, ignorância cansa até mesmo os mais rudes. Cansa quem fica na cabine, cansa quem esquenta a cuca no solão do gramado. Cansa bons e maus.

Xingamentos e ofensas gratuitas contra profissionais que trabalham nos jogos é uma tecla velha da vida de estádios, uma página comum em meio ao mar de imbecis que são muitos de nossos torcedores. Alguns jornalistas costumam escrever o termo “vândalos travestidos de torcedores”, pois neste texto, afirmo o contrário, não são vândalos travestidos de torcedores, mas sim torcedores, gente “de bem”, que paga todos os seus impostos, que tem família, emprego, e que dentro das arenas da bola viram bestas, e o adjetivo animal seria um elogio.

O que me doeu a alma, o espírito e me deixou envergonhado, foram os casos de desrespeitos ao patrimônio público, que não é meu e nem seu, mas de todos que pagam impostos. Enquanto torcedores vibravam pela honrosa vitória do Sampaio, se abraçavam; vândalos queimavam cadeiras, quebravam o forro, portas e louças dos banheiros, na mais perfeita tradução de selvageria. E não havia motivo para isso, porque os dois times saíram felizes, a arbitragem foi perfeita e o time da casa ganhou.

O pior é que ninguém denunciou ou chamou a polícia para coibir o que estes animais estavam fazendo, porque não acredito, que no estádio lotado, 40 mil torcedores,absolutamente ninguém viu a ação dos vândalos. E a conta ficará para todos nós, porque cada uma das 300 cadeiras que custa em média R$ 40,00 serão repostas a custa de dinheiro público. Assim como os torcedores fiscalizam os animais que atiram objetos em campo e prejudicam o time casa, eles deveriam ficar de olho no estádio, até porque aquilo tudo que está lá é nosso.  

A beleza deste esporte que sou apaixonado desde que me conheço por gente, está na magia de um gol inacreditável, do drible sem espaço, da cabeçada certeira e do grito de gol. Mas nada, nenhum gol, nenhum titulo ou acesso é mais belo ou mais importante que qualquer torcedor ou estádio.

Pensem nisso.

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Perfil

Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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