Promotora da Defesa da Saúde da capital visita Prefeito

Se a situação do secretário municipal de saúde, Vinicius Nina, já não é das melhores deve ficar ainda pior depois do puxão de orelha que o prefeito Edvaldo Holanda Júnior, recebeu da promotora de Justiça Glória Mafra, titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde da capital, na manhã desta terça-feira. Na reunião, onde foi debatida a situação da saúde pública municipal, bem como possíveis soluções, participaram o secretário de Governo, Rodrigo Marques, e o procurador-geral do município, Marcos Braide, mas o titular da pasta da saúde ficou de fora.

A representante do Ministério Público, que está há um mês à frente da Promotoria,  explicou que o objetivo da visita foi levar ao prefeito informações sobre o funcionamento dos serviços de saúde nas unidades municipais e solicitar providências para solucionar os problemas identificados.

Em diversas vistorias já realizadas em hospitais e clínicas de São Luís, a promotora disse que constatou desde problemas de ordem estrutural, que demandariam medidas a médio e longo prazo, como também situações de mau gerenciamento, que caberiam, segundo ela, ações emergenciais.

Glória Mafra relatou que, no último domingo, em vistoria realizada no Hospital da Criança, situado no bairro da Alemanha, foi constatada uma série de dificuldades, que vão desde a falta de algodão até a inexistência do equipamento que serve para ministrar alimentação enteral, passando pelo sistema de ar condicionado sem funcionar e pelo banheiro, que serve ao público, interditado. “São questões absurdas de gerenciamento, que podem colocar em risco a saúde das crianças e acompanhantes”, revelou a promotora de justiça.

Glória Mafra indicou ao prefeito outros itens do sistema de saúde municipal que necessitariam de providências imediatas, como a central de regulação de leito, a pouca quantidade de leitos de UTI no Socorrão I, a situação dos soropositivos internados em unidades do município, que precisam ser encaminhados para o hospital de referência do estado Presidente Vargas, e a demora para realização de cirurgias nos hospitais municipais.

A questão de pessoal também foi apontada como problemática. No Hospital da Criança, a promotora observou que apenas uma técnica de enfermagem dava assistência a 23 crianças nesse domingo. Os outros funcionários escalados para o plantão teriam faltado. “Nós temos o Ministério Público como parceiro e assim procuramos orientar nossos gestores a encarar a instituição dessa forma. Temos que estar abertos para ouvir e dar o encaminhamento adequado”, concordou o prefeito.

O Prefeito admitiu que as situações são graves e que a Secretaria Municipal de Saúde deve tomar as providências cabíveis para resolvê-las em curto espaço de tempo. O prefeito anunciou ainda que os problemas estruturais da saúde municipal devem ser equacionados com as obras de reforma e ampliação do Hospital da Criança e dos hospitais Socorrão I e Socorrão II, que serão efetivadas nas sua gestão.

Quanto à questão de pessoal o procurador-geral do município, Marcos Braide, informou que já foi celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho para a contratação emergencial de servidores para o Socorrão I, por meio de processo seletivo simplificado.

Quanto a Vinicius Nina, tudo indica que ele deverá encabeçar a lista de secretários que serão trocados na primeira reforma de secretariado, que o prefeito deve realizar muito em breve.

 

Mau uso do dinheiro público

caixapatrociniomvpNesta terça-feira, o diretor de marketing do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, confirmou o patrocínio máster de R$ 25 milhões da Caixa Econômica Federal, que clube receberá em quatro parcelas de R$ 6,25 milhões. A primeira será paga ainda essa semana e servirá para manter os salários em dia de funcionários e jogadores. A segunda cai na conta em setembro. A terceira em janeiro de 2014 e a última apenas em abril. O recurso também servirá para o pagamento das dívidas necessárias para a manutenção das certidões negativas que viabilizaram o novo patrocinador público. É sabido e não escondido que há ingerência do dinheiro público no Brasil. Desde corrupções ativa e passiva, até os pequenos desvios de verbas em faturamentos em cima de notas frias fazem parte da nossa rotina. E o máximo que temos a capacidade de fazer é nos lamentar de braços cruzados em frente a um descaso como este.

Em 2012, a população brasileira pagou R$ 1,5 trilhão em impostos, mas o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu somente 0,9%. O grande problema, de acordo com o deputado, foi à falta de investimentos na infraestrutura do Brasil. O Orçamento do ano passado previa R$ 115 bilhões para serem investidos no país. Entretanto, apenas R$ 50 bilhões foram efetivamente desembolsados. Segundo relatório do Tesouro Nacional, o Ministério dos Transportes, detentor de grande parte das obras de infraestrutura, teve seu investimento encolhido em R$ 4,3 bilhões em 2012 em relação a 2011.

De acordo com o responsável pelo marketing da Caixa, Clauir Luis Santos, o contrato de patrocínio do Flamengo com o Banco é idêntico ao do Corinthians apenas em duração (12 meses renováveis por mais 12), pois em valor o Timão recebe R$ 5 milhões a mais. Com os R$ 45 milhões dados aos dois clubes, daria para construir 1800 casas populares, que é a real função da Caixa. Para os torcedores fanáticos destas duas torcidas a quantidade pode parecer pouca, mas que para quem moral de aluguel é muito.

Hoje, o Timão arrecada R$ 74 milhões por ano com anúncios em seu uniforme. São R$ 30 milhões do patrocinador máster, a Caixa Econômica Federal; R$ 30 milhões do contrato com a Nike, fornecedora de material esportivo; R$ 12 milhões da Fisk, curso de idiomas que estampa sua marca nos ombros; e R$ 2 milhões da empresa de telefonia Tim, que ocupa o número da camisa.

Dois desses patrocinadores também estão no Flamengo. A Caixa, cujo contrato foi aprovado na noite dessa terça pelo conselho deliberativo, pagará R$ 25 milhões por ano para ser o anunciante principal – estampando sua marca no peito, no ombro direito e na parte frontal do calção. Já a Tim, que também está no número da camisa rubro-negra, paga R$ 2,5 milhões. Há ainda o contrato com a Peugeot, no valor de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é da Adidas, parceira que aplicará R$ 35,6 milhões anuais. Segundo o vice de marketing do Flamengo, o clube ainda tem mais uma propriedade para negociar: o espaço das mangas.

Acho que sem o dinheiro da Caixa estes dois clubes poderiam muito bem se sustentar e se a estatal quisesse realmente investir em esporte deveria patrocinar o esporte amador, pois o futebol é uma atividade privada com fins lucrativos.  

 

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Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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