Dia Internacional da Mulher: Elas transformam vidas através do artesanato e da música

Letícia Pereira Almeida, cantora e técnica de enfermagem do Hospital dos Servidores Estaduais, com os médicos Aminadabe Sousa e a Dir. Médica Sívia Mochel que incentivam a música como terapia de humanização hospitalar

Duas mulheres maranhenses, duas histórias distintas com o mesmo propósito: Elas usam a arte para empoderar outras mulheres… Uma aposta no artesanato, outra na música. Ambas transformam vidas ao seu redor todos os dias.

Maria Divina da Silva Dias tem 49 anos, é casada, moradora do Anjo da Guarda, mãe de três filhos e avó de um menino e uma menina. Mas é como artesã que ela se reinventou profissionalmente. A dona de casa Divina começou a trabalhar com artesanato em 2001, primeiro como um desafio pessoal de se tornar empreendedora e viver de sua arte. O ofício deu tão certo que ela passou a viver de suas criações, além de dar aulas.

A artesã Maria Divina (de branco ao centro), instrutora do projeto “Oficina de Sustentabilidade Potiguar” que empodera mulheres para viver do artesanato

E em 2017 veio a chance de ampliar esse trabalho e levar esperança de renda extra e dignidade para mulheres da periferia de São Luís em situação de vulnerabilidade social. Maria Divina foi contratada pelo Grupo Potiguar para coordenar um projeto que reúne arte, sustentabilidade e empoderamento feminino: A Oficina de Sustentabilidade – Ressignificação de Lonas Potiguar. O projeto consiste em promover mini cursos gratuitos de corte costura, onde Maria Divina ensina as mulheres a produzirem bolsas, aventais, estojos e mochilas tendo como matéria prima os banners plásticos que são doados pela Potiguar para serem reciclados. Além do ganho ambiental, o projeto que acontece há 5 anos tem transformado a vida de centenas de mulheres sem escolaridade e sem uma oportunidade de trabalho. Elas descobrem uma alternativa para sustentar suas famílias e seus sonhos.

“Nunca imaginei que eu poderia ajudar a empoderar mulheres como artesã. Essa parceria com o Grupo Potiguar já transformou a vida de muitas mulheres. Sempre me emociono quando uma aluna me liga pra dizer que teve sucesso e começou a vender seu artesanato” revela Divina.

Orgulhosa Maria Divina exibe uma sacola feita de lona reciclada que ela ensina outras mulheres a fazer para a geração de renda e trabalho

Emoção também é o que sente a técnica de enfermagem do HSE / Hospital dos Servidores Estaduais Letícia Pereira Almeida quando percebe que sua arte ajuda a curar. Solteira, 29 anos e com uma voz encantadora, Letícia sempre cantou na igreja, mas foi no hospital em plena pandemia, que ela foi convidada para ingressar no Grupo de Trabalho de Humanização do HSE, que reúne voluntários do hospital para levar arte como forma de alívio para os pacientes internados. Desde 2020 ela participa de eventos, visita pacientes em UTIs e enfermarias, e para cada um tem uma canção com mensagem de fé e esperança. Os colegas médicos são unânimes em confirmar que a música tem poder terapêutico e a incentivam a seguir soltando a voz.

“Cantar para mim é poder ser uma resposta de esperança de Deus para esses pacientes. A canção é também um abraço na alma de quem está sofrendo. Agradeço à Diretoria do HSE por me incentivar a cantar e me dar esse espaço de evangelização e arte no ambiente hospitalar. É sempre emocionante e muito gratificante cantar para as pessoas. O canto nos humaniza, me sinto um instrumento de cura quando canto” revela a dona de uma voz marcante e aveludada. Que o exemplo de trabalho, amor, força e dignidade dessas mulheres possa inspirar todas a buscarem dias melhores, acreditando que trabalho com propósito pode mudar outras vidas também.

Em comemoração ao mês da Mulher, Davi Brandão lança Campanha de combate à violência contra mulheres na ‘internet’

Foi lançada, nesta terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a campanha “#Respeita as Minas”. A iniciativa, é do Secretário de Administração de Bacabal, Davi Brandão e tem o objetivo de combater crimes virtuais direcionados às mulheres. A campanha ajudará a amplificar vozes femininas por todo o Maranhão, alertando para as práticas criminosas, a forma de punição desses crimes, além dos canais de amparo às vítimas. 

Conforme a pesquisa de opinião “Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher — 2021”, realizada pelo Instituto DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, 27% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de agressão por homens. 

Para combater a violência contra as mulheres, há diversas leis no Brasil como o Código Penal, o Código Civil, a Lei Maria da Penha e, mais recentemente, o Marco Civil da Internet e a Lei de Proteção Geral de Dados, (LPGD), que podem ser utilizados em conjunto para impedir que a violência continue, identificando e responsabilizando os homens agressores, causadores da violência. Há também, o projeto de lei (PL) 116/2020, que criminaliza a violência contra a mulher praticada em meios eletrônicos. Aprovada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) em agosto de 2021, aguarda designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo a pesquisa do Datasenado, 48% das mulheres acreditam que se aprovada, a proposta vai aumentar a proteção contra violência na ‘internet’. 

A Campanha “#Respeita as Minas” será uma série de vídeos nas redes sociais do Secretário Davi Brandão, durante todo o mês de março, e terá vozes femininas alertando para os crimes de Pornografia de vingança (vazamento de nudes): quando imagens íntimas de uma mulher são divulgadas sem sua autorização, seja por parceiros ou por pessoas desconhecidas. Perseguição (stalker): quando o agressor envia repetidamente mensagens às vítimas, além de  entrar em contato com amigos e familiares para intimidação e o Cyberbullying: comentários e publicações depreciativas sobre a mulher, com xingamentos baseados no gênero ou cor. 

Para Davi Brandão, a campanha vai ajudar às mulheres que sofrem silenciosamente várias violências nas redes sociais, fazendo com que as mesmas estejam cientes dos crimes e procurem ajuda para impedir essa prática criminosa: “É necessário dar voz às mulheres, não apenas no dia 8 de março, mas todos os dias do ano. Elas merecem respeito em todos os lugares, em casa, no trabalho, na rua e também na ‘internet’.” pontuou Davi. 

No Maranhão, as mulheres podem contar com diversos meios de enfrentamento à violência, como: rede de atendimento; rede de enfrentamento; patrulha Maria da Penha; Casa da Mulher brasileira, em São Luís; Casa da Mulher Maranhense, em Imperatriz; ações do ônibus lilás e das mulheres Guardiãs, nas comunidades. 

A vítima de crimes virtuais, pode buscar registro em delegacias da mulher ou nas delegacias especializadas em crimes virtuais. Se a vítima possuir proximidade afetiva ou familiar com o agressor, casos de extorsão, perseguição ou cyberbullyng podem ser enquadrados diretamente como violência psicológica sob a Lei Maria da Penha.

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Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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