Procura por procedimentos estéticos cresceu 390% em 2022, afirma estudo

Psicóloga alerta para a necessidade de manter a saúde mental em dia e valorizar diversidade de tipos físicos

O número de procedimentos estéticos no Brasil cresceu 390% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior. O dado é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A faixa etária com maior destaque na realização desses procedimentos está entre 25 e 48 anos. E mais: das pessoas entrevistadas no levantamento, cerca de 15,8% ainda não realizaram, mas já tem no radar fazer algum tipo de procedimento estético em breve. 

A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Carmen Campos, alerta que, como qualquer procedimento médico, as intervenções estéticas devem ser realizadas de forma saudável. A especialista destaca que a pressão por mudar aspectos do próprio corpo pode nascer a partir de conteúdos midiáticos consumidos, os quais pregam rótulos e pressionam para que a pessoa se encaixe em um determinado padrão estético. 

“A partir dessa imposição social, a pessoa fica se perguntando se o seu cabelo está bonito, se o seu peso está na medida certa, se o corpo atende a esse padrão pré estabelecido. A pessoa deve se perguntar se seguir essa linha é realmente algo correto”, frisa Carmen.

Antes de um procedimento

A psicóloga reforça a necessidade de se respeitar todos os tipos de corpos e valorizar a diversidade. “Não existe apenas uma única beleza e ninguém é dono da verdade para estabelecer padrões fixos estéticos”, alerta a profissional, frisando, ainda, que antes de qualquer procedimento estético é importante que sejam considerados fatores como a autoestima e o estado psicológico do paciente. “A psicoterapia, inclusive, exerce papel da psicoterapia é fundamental para checar se essa necessidade de mudança estética é pertinente ou influenciada por padrões vendidos na mídia”, explica. 

Caso seja realmente o caso de realizar uma cirurgia plástica, o psicólogo continua sendo importante. Ele pode avaliar a saúde mental do paciente e até ajudar a encontrar o médico ideal para o processo. “Em muitas situações, as pessoas já pensam na cirurgia e em outros procedimentos invasivos, mas cuidados nutricionais, exercícios e atividades prazerosas como o esporte e a dança já podem contribuir bastante para atingir uma mudança estética natural em alguns casos e, no geral, contribuir para a saúde mental”, explica.

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Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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