
O câncer de ovário é, sem dúvidas, uma das principais preocupações de saúde entre as brasileiras e está no top 10 das doenças mais comuns nesse cenário. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só no ano de 2024, a condição atingiu cerca de 8 mil pessoas em território nacional. Por isso, falar sobre medidas preventivas e conscientização é tão importante: o diagnóstico precoce pode aumentar as chances de um tratamento eficaz.
Idade avançada, histórico familiar de câncer de ovário ou mama e mutações genéticas (como as dos genes BRCA1 e BRCA2) são alguns dos fatores que podem colaborar para que o câncer de ovário apareça. “As mulheres devem estar sempre atentas ao seu histórico familiar e a sintomas persistentes, como dor abdominal constante e inchaço”, explica o ginecologista da Hapvida, Marcos Pitaluga.
Outro fator apontado pelo médico na lista de condições de risco é a endometriose. De acordo com um estudo publicado na revista de biomedicina The Journal of the American Medical Association, em 2024, o risco de desenvolver câncer de ovário aumenta pelo menos quatro vezes em mulheres com essa condição. Já nas que possuem a doença na forma mais severa, o risco geral de câncer de ovário é cerca de 9,7% maior.
Genética
O especialista ressalta, ainda, a importância do fator genético nos diagnósticos desse tipo de câncer. Segundo Marcos, 15% dos casos estão relacionados a mutações hereditárias, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2. “O diagnóstico precoce é essencial para chegar o mais rápido possível ao tratamento adequado e pode ser feito através de exames e triagens. Esses testes podem ajudar na identificação de alterações a serem investigadas”, complementa o ginecologista.
E nada de deixar de lado hábitos saudáveis. Entre eles estão manter um peso saudável; praticar exercícios regularmente; criar uma rotina de alimentação rica em frutas, verduras e proteínas magras; dizer “não” ao hábito de fumar e limitar o consumo de álcool.