
FOTO – DIVULGAÇÃO: Ao debaterem o tema da Sustentabilidade, Aldo Rebello e Denise Hills foram unânimes na defesa de um modelo de desenvolvimento reúna empresas, respeito ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável em prol das pessoas.
A defesa da sociobiodiversidade como modelo de desenvolvimento sustentável que concilia justiça social, proteção ambiental e soberania nacional foi defendida em debate que reuniu em São Luís os especialistas Aldo Rebello e Denise Hills, duas das principais vozes brasileiras nos debates sobre ESG, meio ambiente e desenvolvimento inclusivo.
Denise Hills e Aldo Rebello, nomes de peso no cenário ambiental e da sustentabilidade corporativa, reforçaram um a tese de que o Brasil tem condições únicas para liderar um modelo de desenvolvimento baseado na sociobiodiversidade, valorizando suas comunidades tradicionais, promovendo inclusão produtiva com empresas responsáveis e garantindo a preservação ambiental com uso consciente de suas riquezas naturais.
Desenvolvimento com justiça social, produção e soberania. Essa foi a síntese que fez Aldo Rebello como prioridade para o país. O jornalista, escritor e ex-ministro de Estado destacou que é possível proteger o meio ambiente sem comprometer a produção, nem excluir a população do processo de desenvolvimento empresarial. Ele citou a Amazônia Legal: “Não é aceitável que a região com as maiores reservas naturais do planeta concentre também os piores indicadores sociais do Brasil. Falta água tratada, luz elétrica, infraestrutura básica. Isso não é preservar – é omitir-se diante da desigualdade.”
Nos nove estados da Amazônia Legal incluindo parte do Maranhão predomina a existência de riquezas naturais, potenciais projetos que demoram a sair do papel enquanto as populações convivem com os piores índices de desenvolvimento e de qualidade de vida. Segundo ele, usar a riqueza natural para promover qualidade de vida é não apenas legítimo, mas necessário.
Denise Hills, referência internacional em sustentabilidade e ex-presidente da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, foi categórica: “O modelo de desenvolvimento a ser defendido é o da sociobiodiversidade. Não existe sustentabilidade boa que exclua as pessoas ou que não priorize o desenvolvimento.”
As empresas podem ser uma via para promover melhorias reais na vida das populações mais vulneráveis. Ela citou a Natura como um exemplo concreto de como empresas podem ajudar a melhorar a vida de pessoas das comunidades e ao mesmo tempo produzir com respeito ao meio ambiente.
Denise reforçou que há muitas oportunidades de projetos empresariais que podem combater os riscos da desigualdade ambiental e social: “A vulnerabilidade social aumenta a vulnerabilidade ambiental. Não podemos mais dissociar essas agendas.”