Quem será o novo presidente da FMF?
Quanto mais Alberto Ferreira tenta se explicar mais ele se complica, pois no pedido de liminar de Habeas Corpus Preventivo, negado pelo desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, o advogado da FMF alegou que não forneceu os documentos solicitados pelo Ministério Público evocando o princípio jurídico que ninguém está obrigado a produzir prova contra si mesmo, “nemo tenetur se detegere”. Em outras palavras, ninguém pode ser constrangido a contribuir para a própria acusação. “A ameaça feita não pode colidir com o privilégio que assegura aos acusados no processo penal o direito de não se auto-incriminar”, alegou.
O termo usado pela defesa de Alberto Ferreira além de ser uma confissão de culpa é muito utilizado por condutores de veículo embriagados, que costumam usá-lo ao se recusar a fazer o teste do bafômetro, mas isto não livra o motorista de ter apreensão da habilitação e retenção provisória do veículo e multa e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Além de questionar mais uma vez a legitimidade do Ministério Público, a defesa de Alberto Ferreira voltou a insistir que a promotora Lítia Cavalcanti está agindo por influência de funcionários da Rádio Mirante AM (pau mandado). “Empregados da Rádio Mirante, com interesses escusos de tentar responsabilizar somente o paciente pela deficiência que vem atravessando o futebol local, encorajaram e instigaram então a ilustre Promotora de Justiça (…) a procurar se imiscuir na administração da FMF, buscando as supostas irregularidades que apregoa existirem, sob o falso pretexto de um clamor público advindo dos torcedores locais”, argumentou.
A defesa de Alberto Ferreira foi feita pelo o ex-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, José Ribamar Marques, que em 26/04/2009 disse a seguinte frase, quando ainda presidia a entidade disse a seguinte frese: “O presidente da Federação (Alberto Ferreira) demonstrou que ele é o rei do nosso futebol. Eu imaginei que o futebol do Maranhão tivesse acordado para ter uma melhor organização. Mas infelizmente, infelizmente, o órgão soberano do esporte, do futebol, não teve sua decisão não respeitada. O Alberto está demonstrando que realmente sabe manipular à sua vontade. Aquilo que ele decide ó que está decidido e acabou a história, boa a quem doer”. Atualmente, José de Ribamar Marques é um dos auditores do TJD-MA e pelo visto mudou de opinião.
Porém, isto tudo são apenas detalhes no processo iminente de renovação que deve acontecer na FMF, mas espero que o futuro presidente da entidade conduza a casa com mais organização e consiga reerguer o nosso futebol.