Justiça condena Facebook a indenizar oito milhões de brasileiros por vazamento de dados

A sentença proferida nesta quinta-feira (23) pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos da comarca da Ilha de São Luís (MA) condenou a empresa Facebook Serviços Online do Brasil Ltda ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 500,00 a cada usuário diretamente atingido por vazamento de dados pessoais ocorrido em 2021; além do pagamento de R$ 72 milhões a título de danos morais coletivos, valor a ser revertido ao Fundo Estadual de Interesses Difusos. 

A sentença do juiz Douglas de Melo Martins – passível de recurso – acolheu parcialmente os pedidos formulados em Ação Civil Coletiva proposta pelo pelo Instituto Brasileiro de Defesa das Relações de Consumo – IBEDEC/MA, argumentando que o Facebook, na ocasião, contrariou a proteção legal garantida aos consumidores quanto aos seus direitos fundamentais à privacidade, à intimidade, à honra e à imagem ao ter vazado, indiscriminadamente, dados pessoais como número de telefone, e-mail, nome, data de nascimento e local de trabalho, atingindo aproximadamente 533 (quinhentos e trinta e três) milhões de usuários de 106 países, sendo 8.064,916 (oito milhões sessenta e quatro mil novecentos e dezesseis) usuários brasileiros. 

O juiz levantou a proteção especial à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem conferida pela Constituição Federal, configurando como invioláveis os  direitos fundamentais da personalidade e assegurando o direito à indenização pelo dano moral ou material decorrente de sua violação. Os dados pessoais ganharam maior proteção após a promulgação da Emenda Constitucional nº 115/2022, que alterou a Constituição Federal para incluir a proteção de dados pessoais entre os direitos e garantias fundamentais do cidadão, assegurando o direito à proteção nos meios digitais.

A sentença destacou ainda as normas da Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD), que enuncia como fundamentos o respeito à privacidade e a autodeterminação informativa, estipulando que o tratamento de dados pessoais somente pode se dar mediante consentimento do titular.

Citou ainda o Marco Civil da Internet (Lei N° 12.695/2014), que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e a defesa do consumidor, entre os quais a proteção da privacidade e dos dados pessoais, assegurada a inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; além de informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que  justifiquem sua coleta, não sejam vedadas pela legislação e estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de aplicações de internet.

“Oportuno pontuar que os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas, aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito”, pontuou o magistrado. 

O juiz entendeu que o Facebook agiu em total desconformidade com o ordenamento jurídico ao permitir a extração de dados de suas plataformas, de milhões de usuários, por ferramentas automatizadas, não importando que o tratamento ilícito tenha sido cometido por terceiro, pois competia ao Facebook a garantia da proteção dos dados pessoais de seus usuários. 

O magistrado observou que o  valor da indenização pelos danos morais coletivos não pode ser insignificante, sob pena de não atingir o propósito educativo, mas também não deve ser exagerado e desproporcional a ponto de tornar-se excessivamente oneroso. “No Brasil, ao contrário do que ocorre nos EUA e EUROPA, as indenizações têm sido arbitradas em valores irrisórios, especialmente nos últimos anos, muito em decorrência de absurdos do passado quando a simples devolução de um cheque resultava em indenização milionária”, citou, lembrando caso em que a Petrobras foi obrigada a pagar multa indenizatória de
US$ 853,2 milhões, equivalente a R$ 4,21 bilhões.

“Deve-se considerar que o vazamento de dados atingiu uma gama relevante de usuários em todo o país e que, em casos semelhantes ao discutido nesta lide, a parte ré propôs acordos e recebeu condenações milionárias pela prática reiterada de vazamentos de dados,
como no caso “Cambridge Analytica”, em que o Facebook recebeu multa de US$ 5 bilhões de dólares, aplicada pela Federal Trade Commission (FTC), pelo uso indevido de dados pessoais de aproximadamente 87 milhões de usuários”, destacou. 

A condenação da empresa ao pagamento de R$ 500,00 por danos morais individuais aos usuários diretamente atingidos, com o trânsito em julgado da sentença, deverá ocorrer em cumprimento individual de sentença no foro de residência de cada consumidor afetado.

Suporte psicológico deve fazer parte da preparação para engravidar, defendem especialistas

Professor Alexandro Cruz, supervisor do projeto MAE, e Carmen Campos, coordenadora de psicologia da Estácio

Projeto oferece atendimento gratuito a mulheres nessa fase da vida; saiba como participar

Está pensando em engravidar, passando por alguma fase da gestação ou enfrentando o puerpério? Investir em terapia pode ser uma excelente ideia. Estatísticas afirmam que uma em cada quatro mulheres sofrem de depressão pós-parto, e uma em cada sete é identificada com sintomas de depressão durante a gravidez. O acompanhamento com o psicólogo pode ajudar tanto a prevenir esses quadros quanto a lidar com eles quando já estiverem instalados. 

“No período perinatal, a mulher passa por várias mudanças, que abrangem desde questões hormonais e alterações no corpo até aspectos da autoestima”, explica a coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Carmen Campos. Com o objetivo de auxiliar as mães a lidar com essas questões e prevenir adoecimentos psicológicos característicos do período, o curso desenvolverá, ao longo deste ano, o projeto Maternar, Acolher, Escutar (MÃE). A iniciativa é elaborada por Thatiane Carvalho de Macedo Aroucha, aluna do curso de psicologia, e conta com a participação de estudantes do último ano do curso, além da supervisão do professor Alexandro Cruz. 

Como parte das atividades de lançamento do projeto, o Centro Universitário Estácio São Luís realizou, esta semana, um ciclo de palestras com o tema “Por que é importante falar de saúde mental materna”. Consequências da violência obstétrica para a saúde mental das mães e a importância do pré-natal psicológico como forma de prevenir a depressão pós-parto foram alguns dos temas abordados durante o evento. 

Ciclo de palestras é parte da programação do projeto MAE

ATENDIMENTO GRATUITO

A importância do cuidado com a saúde mental das futuras mães é tão grande que existe até um campo na Psicologia voltado exclusivamente para o estudo deste assunto: é a psicologia perinatal, que se concentra na saúde mental das mães e dos pais durante a gravidez, parto e pós-parto, bem como no desenvolvimento emocional e comportamental do bebê. Segundo especialistas, a saúde emocional materna pode influenciar diretamente o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo do bebê.

Como parte do projeto MÃE, as gestantes, tentantes e puérperas, além de mulheres que enfrentam situações de aborto, luto ou infertilidade, terão acesso a atendimento psicológico gratuito, oferecido pela Clínica de Psicologia do Centro Universitário Estácio. O acolhimento poderá ser feito por meio de terapia em grupo e também de sessões individuais. 

“Vamos promover um ambiente de compartilhamento de vivências entre gestantes e puérperas, proporcionando espaço de fala, exposição de dúvidas e questionamentos”, destacou Carmen Campos. Outro objetivo é fomentar a construção de uma rede de informações acerca da gestação, parto e puerpério. “Esse suporte psicológico, caso necessário, poderá se estender a toda a família e rede de apoio da mãe”, afirma a psicóloga. 

As inscrições para o atendimento podem ser realizadas presencialmente, no piso térreo do Bloco A do Centro Universitário Estácio São Luís, ou pelo telefone (98) 3214-6406. O serviço é totalmente gratuito. 

Pix Saque: conheça o novo serviço do Grupo Mateus

Com valor mínimo para saque de dez reais, é possível retirar até três mil durante o dia e mil à noite

Pouco mais de dois anos após o seu lançamento, ele já é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros – à frente do cartão de crédito e até mesmo do dinheiro em espécie. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) as operações por meio do PIX cresceram 94% no ano de 2022. 

De olho na tendência, não faltam iniciativas no comércio para atrair mais a atenção dos clientes e tornar o sistema, que já é prático, ainda mais acessível. No Grupo Mateus, as lojas vão disponibilizar a partir desta segunda-feira (27) o serviço de PIX Saque: uma forma de sacar dinheiro sem precisar passar por filas em caixas eletrônicos. 

De acordo com a gerente de marketing do Grupo, Anna Flávia Montalvan, o cliente que desejar sacar dinheiro no limite de até três mil reais durante o dia e até mil reais durante a noite terá essa facilidade em qualquer loja. “A iniciativa surgiu com o intuito de trazer mais comodidade e conveniência para os nossos clientes, buscando trazer mais soluções no momento de compra”, explica.

Para efetuar o Pix Saque, basta solicitar o serviço ao funcionário do caixa de atendimento, abrir o aplicativo do seu banco e, em seguida, acessar a opção “Pix com QR Code” e digitar o valor desejado. O mínimo para saque é dez reais.

A gerente conta que essa ferramenta auxilia no principal objetivo do grupo: proporcionar uma experiência agradável e confortável para as pessoas. “Disponibilizar saques através do Pix, cada vez mais utilizado por todos e que garante rapidez nas transações, vem de encontro ao que queremos cada vez mais: ser um facilitador para os clientes”, finaliza.

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Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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