Nada substitui o talento!

Pelo que fizerem dentro de campo, dois jogadores me impressionaram na rodada do final de semana da Taça Cidade de São Luís: os meias Paulo César (Iape) e Tupã (Moto). Apesar de veteranos, Os dois deram show de bola e foram responsáveis pelas vitórias de seus clubes.

Na preliminar da rodada dupla no Estádio Nhozinho Santos, o meia Paulo César fez uma apresentação de gênio ao comandar a vitória do Iape sobre o São José de Ribamar por 5 x 3.Não foi apenas pelo gol marcado e o passe que originou o segundo gol, mas pela forma dele jogar. A propósito, como é bonito ver o PC jogar. Ele é tão importante para o Canarinho do Vale, que na sua ausência o time torna-se comum. O craque definiu bem o futebol maranhense da atualidade: “Hoje, o jogo é só correria e força, eles não param para pensar”, destacou.

No jogo principal, o meia Tupã (34 anos) deu um show de bola no pouco tempo que jogou, mas que foi suficiente para virar o placar a favor do Moto sobre o Maranhão para 2 x 1. Como o próprio jogar disse, a função dele não é correr, mas pensar. “Sou um articulador de jogadas, pois tenho que elaborar o lance antes da bola chegar e não ficar correndo como um louco”, explicou. E se ele não tivesse entrado em campo, o Papão certamente teria perdido no dia do seu aniversário de 72 anos.

Utilizar craques veteranos não é exclusividade das equipes maranhenses, pois o Flamengo sem o meia Petkovic de 37 anos é um time comum, previsível e sem nenhuma criatividade. O que comprova que nada supera o talento.

É preciso investir para lucrar!

Uma declaração do único fundador vivo do Moto, João Mouchrek (99 anos), publicada no Caderno É Mais da edição de domingo do jornal o Estado do Maranhão chamou a minha atenção. O ex-dirigente disse que os clubes deveriam investir na contratação de jogadores bons para que o público vá a campo como fazem os times na Europa. O problema é que os administradores locais querem o lucro antes do investimento.

O Sr. João Mouchrek está completamente correto e o conselho dele vale para todos os times do Maranhão. É preciso primeiro “plantar” para depois colher os “frutos” e não o contrário: “colher” antes de “semear”. O torcedor não “burro” para ir ao estádio olhar perna-de-pau, o que ele quer ver é craque, mas a contratação de bons jogadores custa caro e os dirigentes não querem meter a mão no bolso para investir. Com isso, as arquibancadas continuam vazias e as equipes pagando para jogar.

Veja o caso do Corinthians, que apostou na contratação do atacante Ronaldo e está colhendo lucros com a venda de camisas, arquibancadas lotadas e merchandisings. Outro bom exemplo de investidor é o Flamengo, que trouxe o atacante Adriano Imperador e está faturando com o atleta dentro e fora de campo.

Está comprovado que o futebol é um esporte lucrativo, mas por mais que o negócio seja bom sem investimento nunca dará lucro. Essa é uma equação simples que qualquer aluno de administração conhece, mas que os dirigentes de clubes locais não querem aprender.

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Perfil

Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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