A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), e a Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), deu início nesta segunda-feira (7) às atividades da Casa do Bairro. O momento de acolhida foi marcado pela recepção da comunidade dos bairros Desterro, Praia Grande e Portinho, que receberam o cronograma de atividades da Casa e orientações de como o espaço vai funcionar.

Mais de 85 pessoas entre crianças, adolescentes e idoso já realizaram inscrições para atividades nas áreas de assistência social, cultura, arte, lazer e saúde. Além disso, também serão realizadas palestras sobre cidadania, meio ambiente, família, etc.

A Casa do Bairro, segundo a titular da Semcas, Andreia Lauande, é um importante equipamento social voltado para o desenvolvimento das pessoas. “Seguimos aqui a recomendação do prefeito Edivaldo de levar as políticas públicas para mais perto das pessoas e com isso fazer esse resgate do Centro Histórico. Trouxemos uma gama de atividades, que no campo da Assistência Social inclui a realização do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), com atividades de teatro, música, lazer, capoeira para usuários de todas as faixas etárias”, disse.

Para a aposentada, Magnólia Vale, a Casa é um espaço cheio de oportunidades. “Quando mudei para cá, não tinham muitas opções. Eu cheguei aqui e vi essa casa maravilhosa que estou gostando muito, onde fui bem atendida. Estou fazendo novas amizades e ocupando meu tempo com algo construtivo, isso para mim é uma felicidade”, afirmou a aposentada.

O novo equipamento social também vai desenvolver ações de revitalização do Centro Histórico, de educação patrimonial e de sensibilização, com apoio da Fumph, no que diz respeito à articulação de outras estratégias que preveem a participação da comunidade na revitalização daquele espaço.

“Nós trazemos um projeto de apoio à comunidade que vive no Centro Histórico de São Luís, que insere as pessoas que vivem aqui no Programa de Revitalização do Centro Histórico, que vem desenvolvendo várias ações, entre elas habitação, educação patrimonial e sensibilização”, disse o presidente da Fumph, Aquiles Andrade.

O presidente da Fumph destacou que a Casa do Bairro funciona como elo entre o poder público municipal e a sociedade civil, abrindo também a possiblidade de parcerias com instituições privadas e organizações sociais. “As organizações sociais ou instituições privadas que desenvolvam algum trabalho de fortalecimento social no Centro, podem procurar a Casa do Bairro. É uma oportunidade para ser inserido no nosso plano de trabalho”, ressaltou.

ATIVIDADES

Durante os meses de janeiro e fevereiro, equipes da Semcas, realizaram rodas de conversa com a comunidade para definir as atividades na Casa do Bairro, contemplando suas necessidades e anseios na construção do cronograma de serviços ofertados.

“Nosso interesse não era trazer uma receita pronta ou uma roupa costurada para todo mundo vestir, mas de escutar o que é realmente necessário – o que é fragilidade e o que é potencialidade – para traçarmos nosso planejamento. A comunidade foi muito receptiva, as reuniões sempre cheias, com um público bem diversificado e diante de tudo que foi falado trouxemos atividades socioeducativas. O objetivo é fortalecer tanto os vínculos comunitários quanto familiares e através deste espaço desenvolver habilidades e potencialidades”, disse a coordenadora do SCFV, Deury Cléa Leitão

SAÚDE E EDUCAÇÃO

Uma das principais demandas da comunidade foi justamente a execução do projeto de Educação para Jovens e Adultos (EJA), que será realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed). Na área da Saúde, a realização de exames preventivos em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

CASA DO BAIRRO

O projeto de criação da Casa do Bairro, localizada na Rua da Palma, na Praia Grande, foi elaborado com o apoio do Ministério das Cidades e executado por meio de um convênio firmado entre a Prefeitura de São Luís e o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), mediado pela Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph). O projeto foi realizado numa ação integrada que envolveu também o apoio de diversos órgãos, entre estes a Subprefeitura do Centro Histórico, as secretarias municipais da Criança e Assistência Social (Semcas), Segurança com Cidadania (Semusc) e Saúde (Semus). O projeto conta ainda com a participação da União de Moradores, que funciona como uma ponte entre a Prefeitura e a comunidade local.