Musicoterapia: dança e música aliviam dores e ansiedade durante o trabalho de parto

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A inclusão da dança no trabalho de parto integra a estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizado pela Política Nacional de Humanização 

 É comum viralizar nas redes sociais vídeos de mulheres dançando enquanto estão em trabalho de parto. O que muitos não sabem é que a técnica, conhecida como musicoterapia, traz diversos benefícios físicos e emocionais para a gestante. É o que explica Wedia Duarte, enfermeira e professora do curso de Enfermagem na Faculdade Pitágoras Bacabal. “O trabalho de parto é um momento mágico e temido. A musicoterapia pode ajudar na ansiedade, no medo, na dor, contribuindo para o relaxamento da mulher”, pontua.  

A enfermeira destaca que os movimentos da dança trazem importantes contribuições. “A dança como a música é uma técnica lúdica, que contribui no relaxamento da mãe. Os movimentos vão ajudar na diminuição da dor, bem como na fisiologia do processo de dilatação”, detalha.  

A especialista destaca que a dança é um exercício considerado de baixo impacto e por isso é totalmente recomendada tanto para a gestação, quanto durante todo o trabalho de parto. As exceções e restrições ficam a cargo apenas das gestantes que possuem problemas de mobilidade física como fraturas, das gestantes com risco de abortamento ou trabalho de parto prematuro e daquelas com incompetências do colo.  

Wedia diz que não existe restrições quanto ao ritmo da música. “A playlist pode ser de acordo com a preferência da mamãe, porém o ritmo, volume, intensidade devem ser acompanhados por toda equipe que conduz o trabalho de parto. No entanto, em gestações de risco não está indicada”, destaca.  

A dança é uma atividade física reconhecida pelo Ministério da Educação, regulamentada e habilitada pelo Sistema CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) e CREF’s (Conselhos Regionais de Educação Física), órgãos responsáveis por assegurar que as atividades físicas sejam socialmente reconhecidas. É uma atividade física de baixo impacto e com inúmeros benefícios. A dança atende, ainda, ao programa de humanização da assistência obstétrica como mais um dos métodos não farmacológicos de alívio da dor.   

A pesquisa Nascer no Brasil, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), afirma que 45% das gestantes sofreram violência obstétrica no país. Incluir a dança no processo de parturição faz parte da estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizado pela Política Nacional de Humanização.  

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