Padre Nosso.

Hoje vou contar-lhes uma rápida historia. Na tela, para os mais poéticos, ela dura apenas 59 segundos, para os mais cinematográficos desenrola-se em pouco mais de 3 minutos.

Havia resolvido que finalmente era chegada a hora de fazer um filme baseado num conto que eu escrevera no inicio dos anos 80 e que causou, na época, uma grande polemica. O conto chamava-se “Pelo Ouvido”.

A colaboração de algumas pessoas muito queridas seria indispensável para que eu pudesse realizar esse sonho em celulóide.

Quando Cássia Melo voltou a morar em São Luis, ganhei o primeiro reforço para o time da Guarnicê Produções. Cássia então me indicou Arturo Sabóia que havia acabado de realizar seu filme, “Borralho”, baseado no conto homônimo de autoria do escritor moçambicano Mia Couto.

Passei um dia inteiro com Arturo e Cássia. Expliquei-lhes como pensava em fazer o filme, como imaginava a ação, com que enquadramento de câmera, qual era o tipo de enfoque queria dar, que cor queria imprimir. Qual ênfase devia prevalecer, qual tempo seria utilizado, que tipo de corte e edição preferia. No final daquele dia, incumbi Cássia a me ajudar a produzir e Arturo a fazer comigo o roteiro. A primeira versão do roteiro ficaria sob responsabilidade dele, pois me sentia incapaz de mexer em algo que considerava acabado, e irretocável. Depois disso eu poderia interferir e retocar.

Começamos a trabalhar até que certo dia eu resolvi que antes de enfrentarmos aquele desafio que se apresentava gigantesco, deveríamos treinar um pouco. Para isso resolvemos fazer um outro filme, este baseado num poema meu chamado “

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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