Padre Nosso.
Hoje vou contar-lhes uma rápida historia. Na tela, para os mais poéticos, ela dura apenas 59 segundos, para os mais cinematográficos desenrola-se em pouco mais de 3 minutos.
Havia resolvido que finalmente era chegada a hora de fazer um filme baseado num conto que eu escrevera no inicio dos anos 80 e que causou, na época, uma grande polemica. O conto chamava-se Pelo Ouvido.
A colaboração de algumas pessoas muito queridas seria indispensável para que eu pudesse realizar esse sonho em celulóide.
Quando Cássia Melo voltou a morar em São Luis, ganhei o primeiro reforço para o time da Guarnicê Produções. Cássia então me indicou Arturo Sabóia que havia acabado de realizar seu filme, Borralho, baseado no conto homônimo de autoria do escritor moçambicano Mia Couto.
Passei um dia inteiro com Arturo e Cássia. Expliquei-lhes como pensava em fazer o filme, como imaginava a ação, com que enquadramento de câmera, qual era o tipo de enfoque queria dar, que cor queria imprimir. Qual ênfase devia prevalecer, qual tempo seria utilizado, que tipo de corte e edição preferia. No final daquele dia, incumbi Cássia a me ajudar a produzir e Arturo a fazer comigo o roteiro. A primeira versão do roteiro ficaria sob responsabilidade dele, pois me sentia incapaz de mexer em algo que considerava acabado, e irretocável. Depois disso eu poderia interferir e retocar.
Começamos a trabalhar até que certo dia eu resolvi que antes de enfrentarmos aquele desafio que se apresentava gigantesco, deveríamos treinar um pouco. Para isso resolvemos fazer um outro filme, este baseado num poema meu chamado
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