Uma análise política espacial

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De um tempo pra cá notei que eu perdi qualquer vergonha que pudesse ter em assumir meus pensamentos filosóficos e meus posicionamentos políticos considerados de direita.

Durante toda minha vida sofri imensa pressão, dos outros e até mesmo de mim, para que me travestisse de esquerdista, como aquelas pessoas que estão sempre insatisfeitas com tudo, sempre preparadas para reformar algumas coisas. Coisas que, na maioria das vezes, elas nem realmente conhecem ou entendem.

Se durante quase toda a história da humanidade a sociedade foi regida por regimes fortes, absolutistas, conservadores de sua situação original, desde o século XVIII as ideias iluministas e libertárias passaram a nos trazer, não só novas formas de pensar, mas novas formas de agir através desses pensamentos.

Se analisarmos os 200 anos dos séculos XIX e XX, veremos que dois terços deles foram dominados ainda por ideologias conservadoras ou de direita e que em apenas em um terço desse tempo, o predomínio foi das ideologias reformadoras ou de esquerda. Ocorre que é inegável que o charme e o apelo do segundo grupo são muito maiores que o do primeiro.

Nem vou tentar justificar o motivo de ser mais charmoso e sedutor o fato de alguém professar uma ideologia ou pertencer a um partido de esquerda. Para exemplificar bem esse fato vou apenas citar os dois grandes, para não dizer os dois únicos partidos dos Estados Unidos, o republicano, de direita e o democrata, de esquerda, se é que eles possam ser analizados por essas perspectivas!

Ocorre que em uma democracia consolidada como a americana, a distância entre essas duas posições ideológicas são tão tênues, são tão finas, tão imperceptíveis, que só as identificamos através de ações específicas de gestão e administração da economia, de projetos sociais específicos, da forma como encaram os conflitos diplomáticos ou bélicos…

Para o povo brasileiro em geral, ou para qualquer outro povo que não tenha um conhecimento ou uma convivência maior no sistema democrático, como hoje é o caso do povo venezuelano, não há diferenças visíveis ou importantes entre os republicanos e os democratas americanos.

A visível e palpável diferença entre o democrata Obama e o republicano Trump, no comando dos Estados Unidos, mostra bem a simpatia de um e a antipatia do outro. A forma cordial de um agir e a arrogância do outro tratar as pessoas. Vendo isso até nos faz pensar que os democratas são os bons e os republicanos são os maus nessa história, o que não é verdade. Não é o partido ou a ideologia que faz com que alguém seja bom ou mau

Para comprovar que isso não é verdade, basta dizer que um dos melhores presidentes americanos, Abraham Lincoln, era republicano, partido tido como de direita, e que mesmo assim ele foi o responsável pela libertação dos escravos daquele país, coisa que diversos presidentes democratas, ou seja, de esquerda, que vieram antes dele, não fizeram.

Herry Truman, presidente democrata e em tese de esquerda, não afeito a atos violentos ou maus, ordenou o único ataque nuclear da história da humanidade contra uma população civil. Ele nem por isso ele é considerado um sujeito “mau”.

No outro polo, o presidente comunista da União Soviética, Joseph Stalin, tido como de esquerda, é o responsável pela morte de milhões de pessoas que estavam em desacordo com a sua ideologia.

No caso do Brasil, podemos exemplificar em nossa história recente, o caso do presidente Itamar Franco que estaria bem à direita de Dilma, e guiou o Brasil para fora da crise que o afligia naquele momento, enquanto a citada esquerdista jogou-nos num abismo.

Hoje, liberto das pressões abjetas dos anos 70 e 80, onde se dizia que só sendo de esquerda você poderia estar do lado certo, do lado do bem, posso declarar que tenho pensamentos e ações de direita e não tenho vergonha disso, pois tanto meus pensamentos quanto minhas ações são verdadeiras, legítimas e honestas, tão ou mais que a de qualquer um que professe pensamentos ou realize ações de esquerda.

Aproveito a oportunidade para reafirmar que no Maranhão sempre militei no grupo político liderado por José Sarney, a quem muito respeito e admiro, mas que nunca deixei de cultivar um agudo senso crítico em relação não apenas ao grupo, mas também a tudo que diz respeito às ações políticas das quais eu viesse a participar.

 

PS: Semana passada, fui informado que uma pessoa do alto escalão do grupo do qual faço parte, declarou-me fora dele. Não me sinto fora, mas se eu por acaso for “gentilmente convidado” a me retirar, eles perdem muito mais do que eu!

O pensamento livre e independente de um membro nunca é bem aceito em um grupo, que imagina que somente a subserviência e a obediência canina de todos, interessam para a manutenção e a continuidade do poder político.

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Escrever exorciza!

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Não existem muitas pessoas de quem eu não goste. Sou um homem de muitos amigos e raríssimos inimigos. Meus amigos provêm das mais diversas camadas sociais e dos mais diversos campos ideológicos. Tenho até grandes amigos flamenguistas!… Já as pessoas de quem não gosto, estão inclusas exclusivamente no rol dos maus-caracteres.

São pouquíssimas as pessoas de quem eu não goste ou que não gostem de mim. Digo isso para ressaltar que há em nossa cidade dois sujeitos de quem realmente não gosto e faço questão de externar esse sentimento. São eles, um ex advogado que teve sua inscrição na OAB cassada por falta de ética e que agora vende notícias travestindo-se de blogueiro e um mítico empresário sem empresa e falido, porém muito poderoso e rico, cuja principal função é ser marido. Não gosto deles e faço questão de dizer isso aos próprios, e a quem mais interessar possa.

Já escrevi anteriormente um texto sobre o primeiro citado e hoje quero falar só um pouquinho sobre o segundo.

Penso ser importante ressaltar que existem diferenças fundamentais entre esses dois sujeitos. O primeiro é um verme! Um doente mental e social que talvez mereça até pena. Já o outro é uma pessoa extremamente poderosa, sofisticada, de hábitos finos, fumador de charutos cubanos e bebedor dos mais raros e caros vinhos que o nosso dinheiro possa comprar.

Não gosto dele por ser obtuso, arrogante, prepotente, grosso, mal educado, desagradável… Esses podem parecer motivos pouco relevantes para nos fazer desgostar de alguém, mas lhe garanto que não são.

Imagino ser importante que em defesa do indigitado eu não deixe de reconhecer que ele andou fazendo um bom trabalho no âmbito da promoção da literatura maranhense, mas isso não o absolve dos graves pecados sociais e de caráter que carrega consigo, impregnados em sua deformada e carcomida carcaça.

Faz algum tempo fiquei pensando que eu até poderia estar sendo injusto em meu julgamento para com ele, afinal de contas algumas pessoas de quem gosto e respeito convivem bem com ele e até o admiram! Foi então que pensei em reformular minha opinião a seu respeito, mas logo em seguida os acontecimentos da vida me mostraram que não deveria fazer isso. Vejam se eu não tenho razão!?

Quando do falecimento da mãe dele, pessoa pela qual eu tinha imenso carinho, entrei na fila das condolências e prestei a todos da família a minha solidariedade. Inclusive a ele.

Recentemente, quando do falecimento de uma tia minha, quando eu estava no velório dela, o dito passou por mim, e ao contrário daquilo que eu havia feito com ele, quando do falecimento da sua mãe, ele virou-me as costas.

Certamente você que me lê agora não pode imaginar a felicidade que eu senti naquele momento. Uma felicidade incontida motivada pela certeza da diferença de caráter que o separa de mim. Foi como se um facho de luz, vindo do céu, representando o Deus, o qual tantas vezes questiono, dissesse: “Bem aventurados os humildes e mansos, pois eles serão recompensados com respeito e honra”.

Ao constatar naquele momento a total falta de caráter daquele traste, resolvi ficar com o conceito que já fazia dele: Um canalha! Um crápula!

 

PS: A proporção em que escrevia esse texto, os sentimentos amargos e travosos que sentia por essa pessoa foram se dissipando e todas as sensações ruins que eu sentia foram desaparecendo.

Nota importante: No velório de minha tia, citado acima, a esposa desse sujeito, elegante e carismática, se solidarizou com todos os presentes.

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O que é bom tem que ser aplaudido!

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Por estar em desacordo com a linha editorial do Jornal O Estado do Maranhão, periódico onde publico meus artigos, o texto abaixo será publicado somente em meu Blog e em minha página no Facebook.

 

O que é bom tem que ser aplaudido!

Acredito que todos saibam, principalmente os meus poucos leitores,  que eu não sou partidário do governador Flávio Dino, e é por isso que acredito que eu tenha legitimidade para fazer um elogio público a uma ação pessoal dele, a qual reputo uma das mais importantes e inteligentes que um governante maranhense tenha imaginado. Explico!

O governador Flavio Dino incumbiu dois de seus secretários a fazerem as tratativas no sentido de que o Estado do Maranhão, através da Secretaria de Saúde, passasse a usar as dependências da Santa Casa de Misericórdia para atender a população da grande São Luís como hospital de emergência, desafogando assim os combalidos e ineficientes Socorrões, Um e Dois, pertencentes à prefeitura de nossa capital.

Quando soube disso, aplaudi de pé a iniciativa do governador, e aplaudirei todas aquelas que eu acredite venham melhorar a vida de nossa população.

Cedo eu aprendi que a atividade política é passageira, que as pessoas que ocupam cargos públicos, eletivos ou não, fazem isso num determinado lapso de tempo, e é exatamente AQUILO que essas pessoas fazem nesse pequeno corte temporal de suas vidas, que farão com que elas sejam lembradas. Alguns serão lembrados por terem feito boas coisas, outros por terem feito coisas ruins, outros por não terem feito nada e ainda outros nem serão lembrados.

Tenho certeza de que essa ação do governador Flávio Dino será uma das que serão lembradas, quando no futuro, contarem a história do período em que ele teve à frente dos destinos de nosso Estado.

Conversando com algumas pessoas, comentei sobre esse assunto e elas foram unânimes em dizer que o governo que realizasse essa ação, prestaria um grande serviço, talvez o maior que um gestor público pudesse proporcionar ao nosso povo.

Uma coisa me deixa muito feliz e orgulhoso em relação a isso tudo! É que mesmo eu não sendo partidário do governador, contribui para o sucesso dessa empreitada, pois, há algum tempo, fui procurado pelos secretários Carlos Lula e Pedro Lucas para ajudá-los na tarefa de convencer a direção da Santa Casa de Misericórdia de que essa seria uma oportunidade única para que eles pudessem ver o sonho do doutor José Murad, que durante muitos anos foi o provedor daquela instituição, se realizar. O sonho de Zé Murad era ver o povo maranhense tendo acesso gratuito a uma saúde melhor. Foi possível que eu ajudasse nessa tarefa graças aos estreitos laços de amizade, respeito e confiança que me ligam a diversos diretores daquela instituição.

O certo é que estivemos eu, Lula e Pedro diversas vezes com doutor Abdon Murad e com outros diretores da Santa Casa e conseguimos acertar uma forma capaz de fazer com que o governo pudesse desenvolver nas dependências gigantescas daquele prédio, o trabalho de saúde emergencial pretendido pelo governador e por seu secretário de saúde.

Sem falsa modéstia, existem coisas em minha vida das quais eu me orgulho. De ter sido parlamentar por tantos anos e ainda hoje ser respeitado por isso; por ter sido o autor das leis de incentivo à cultura e ao esporte de meu estado; por ter uma família maravilhosa e amigos queridos e leais… Mas eu disse na última reunião que tivemos na Santa Casa, e repito aqui pra você que me lê agora, que, ter contribuído para que um governo, ao qual não apoio politicamente, possa realizar uma obra que reputo como uma das mais necessárias no âmbito da saúde de nosso Estado, fecha, com chave de ouro, a minha vida pública, mesmo estando formalmente fora da política.

Parabéns governador Flávio Dino! Vou continuar discordando de Vossa Excelência quando e onde eu achar que devo, mas nesse caso, não só tiro o chapéu para o senhor, como me congratulo e agradeço por essa ação que vai realmente ajudar muitos de nossos irmãos menos favorecidos a ter acesso à saúde, de maneira mais rápida, barata e efetiva.

 

PS: Enquanto estava escrevendo este texto, liguei para um membro de um governo anterior que me disse que isso tudo que relatei aqui a você, já havia sido pensado antes, mas que não foi colocado em prática porque o secretário de comunicação da época disse que não haveria por parte da população o devido reconhecimento das ações do governo, que todo mundo iria pensar que ali era a Santa Casa e não o um hospital do Estado, que midiaticamente o governo não ganharia nada com aquela ação. Um absurdo!

Com essa ação o governador Flávio Dino vai obrigar, a mim e a outras pessoas, a dizermos que algo realmente está mudando no Maranhão.

 

 

 

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