É possível derrotar Flávio Dino em 2018!?

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O jornalista Robert Lobato me fez um desafio! Conclamou-me a desenhar um quadro em que fosse possível a oposição a Flávio Dino vencer a eleição do ano que vem. Resolvi aceitar a missão, como um mero exercício de análise política conjuntural, sem me deixar levar por minhas opiniões pessoais, fato que poderia contaminar um minucioso trabalho situacional como o proposto.

Para que se alcance um determinado objetivo, seja no campo político, empresarial, ou mesmo pessoal, é necessário que nossas ações sejam coordenadas e planejadas neste sentido! E não apenas isso, é necessário que todos os atores em ação neste cenário ajam de acordo com o previsto, pois assim não sendo, o resultado certamente seria diferente do desejado.

Só vejo possibilidade do governador deixar de se reeleger, se Roseana Sarney for candidata. Além disso, seria necessário que Roberto Rocha, Eduardo Braide, Maura Jorge, e todos aqueles candidatos da extrema esquerda também apresentassem suas candidaturas.

Assim acontecendo é bem possível que a eleição seja decidida no segundo turno. Não apenas isso, esses candidatos precisariam agir de maneira coordenada para fragilizar a candidatura situacionista. Essas ações teriam de ser no sentido de mostrar durante a campanha, nas palestras, nos palanques, no rádio e na TV, as incoerências, os erros, desmandos e mentiras do atual governo.

Para que esse objetivo seja atingido seria providencial que, por seu lado, Flávio Dino não conseguisse realizar ações relevantes ou cometesse erros estratégicos, como por exemplo, não prestigiar os políticos de seu grupo, fato que tem acontecido usualmente em seu governo. Além disso, se ele não conseguir montar uma chapa competitiva, chamando para seu lado parceiros que lhe emprestem credibilidade junto à sociedade, à classe média, ao empresariado, será difícil que ele vença! Se ele se cercar apenas do pessoal palaciano, como é seu costume, facilitará imensamente a vida de seus adversários.

Um claro exemplo de um desses erros é o nome que está sendo cogitado pelo PCdoB para figurar como candidato a primeiro suplente de senador na chapa encabeçada por Weverton Rocha. Comentam que a vaga seria da esposa do secretário Marcio Jerry! Alguém sem os atributos necessários para fortalecer uma chapa. Ela não tem voto pessoal, não agrega poder político ou apoio financeiro que justifique vir a ser candidata a suplente de senador. Seu handcap é apenas ser esposa do presidente do PCdoB, homem forte do atual governo, além de ser uma pessoa idônea, é claro. (E depois dizem que estão agindo de forma diferente, que estão mudando a política do Maranhão).

Outro fator importante no desenho do quadro político que se avizinha são os nomes dos vices e dos senadores das chapas postulantes ao comando do Estado do Maranhão.

Se Flávio não conseguir um vice, igual ou melhor que Brandão, vai sentir dificuldade neste pleito. O mesmo vai acontecer com os demais candidatos. Quem serão os vices de Roseana, Roberto, Braide, e Maura!?

Quem serão os candidatos ao Senado apresentados por cada um dos grupos que disputarão o comando do nosso estado!? Weverton e Zé Reinaldo com Dino, Sarney Filho e Lobão com Roseana! E os demais!? Eles vão apresentar nomes que ajudem na disputa!? Se quiserem derrotar Flávio, os candidatos não podem ser apenas cumpridores de tabela!

Por fim, um dos fatores que poderá fazer com que Flávio Dino não vença a eleição de 2018 é a oposição ficar com a maior quantidade de partidos que puder arregimentar a seu favor, ou seja, não permitir principalmente que o PSDB, o DEM e o PP enfileirem-se na coluna dinista. O mesmo deve ser feito em relação a outros partidos como PTB, PRB, PEN, PHS, PSL PRP, PRTB, PSDC…

Tudo isso é possível de ser feito, em que pese ser difícil!

 

PS: Se por um lado há muita coisa que precisa ser feita para derrotar Flávio Dino em 2018, para que ele vença a eleição do ano que vem, bastará que ele inclua Sarney Filho como um dos dois de seus candidatos ao Senado. Fazendo isso ele sacramentará sua reeleição de forma segura e barata. Mas falta-lhe coragem para tanto e é por lhe faltar esse desprendimento, que ele jamais chegará aos pés de Zé Sarney!… No máximo aos de Victorino!…

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Programa de domingo

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Num desses domingos ensolarados, depois que parou de chover em São Luís, coisa que este ano foi muito frequente, eu e meu irmão Nagib, acompanhados de nossas mulheres, resolvemos levar nossa mãe para mais um passeio pela cidade que ela tanto ama.

O local escolhido para nosso passeio dominical foi a feirinha que a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Semapa, comandada pelo secretário e também vereador Ivaldo Rodrigues, tem realizado desde junho na Praça Benedito Leite.

Ao chegarmos lá, Dona Clarice, com os olhinhos brilhando, disse a frase que ela mais costuma proferir em nossos passeios pela cidade: “Minha cidade é linda!”

Passeamos pela praça cheia de barraquinhas que vendiam produtos produzidos de forma sustentável por pequenos agricultores familiares, por artesãos, quituteiras, gastrônomos e até por algumas dedicadas à venda de livros como é o caso do stand da Academia Maranhense de Letras. Há também na feira uma bandinha cativa e a apresentação de grupos musicais e de cultura popular no palco armado na praça.

Ao percorrermos as alamedas da praça, mamãe ia comentando fatos de sua vida, entre eles nos disse que passava por ali todos os dias, para ir trabalhar na prefeitura. Comentou que muitas vezes, ao sair do trabalho, parava na sorveteria do Hotel Central e saboreava aquele famoso e delicioso sorvete de ameixa, que nós ainda meninos chegamos a experimentar.

Andando pela feirinha encontramos muitas pessoas conhecidas, entre elas, senhores e senhoras, que regulavam a idade de mamãe e que também estavam sendo trazidos por seus familiares para resgatar um pouquinho de suas lembranças, não que ali houvesse antes uma feirinha, mas por ser aquela praça, cenário de dias felizes de suas vidas.

Paramos em uma tenda comunitária, sentamos em torno de uma mesa e providenciamos um delicioso café, com direito a bolos, tapiocas, café e até caldo de cana, para ela se lembrar do seu tempo de menina, quando ia passar férias em São José de Ribamar.

Quando já íamos saindo, avistei Ivaldo Rodrigues que comandava um grupo de pessoas responsáveis pela limpeza da praça e fui até lá agradecer pela iniciativa, uma coisa muito simples e barata, mas que consegue movimentar a cidade.

Ivaldo me disse que participam do evento 11 polos agrícolas que comercializam produtos a preços competitivos e que estão distribuídos em 30 barracas, além de outras 25 barracas destinadas à venda de artesanato, 15 barracas para alimentação, e 11 food trucks, que estacionam na via lateral à praça.

Ele comentou todo empolgado sobre um dos pontos altos da gastronomia que é a Barraca do Chef, com a proposta de trazer a cada domingo um convidado diferente para apresentar um cardápio com a marca do profissional. Nomes de peso da culinária maranhense já passaram pelo espaço, como Célia Rossetti, Melquíades Dantas, Luciano Rosa, Cila Brandão, Ana Lula, Danilo Dias, Thiago Ogro, Felipe Marques, Giuseppe Rocha, Paulo Coimbra, e Murylo Luna. No final me convidou para participar. Eu fiz que não entendi o convite, pois estou numa fase de gostar mais de comer do que de cozinhar…

Antes de voltarmos para casa naquele domingo, levamos mamãe para visitar o Museu de Arte Sacra, instalado no Palácio Episcopal da Diocese. Lá, fomos recebidos por uma simpática guia, a Kátia, aluna do curso de Turismo da Facam, que nos mostrou o acervo do museu e nos contou algumas histórias sobre as peças em exibição.

Depois voltamos para casa e no trajeto fomos conversando sobre fatos da vida de nossa família, coisa que muito nos apraz, principalmente ao ouvir nossa mãe dizer seu bordão favorito: “Nasci pra ser feliz!”

 

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Enfim, nosso polo de cinema!

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Em 1995, eu e Zé Louzeiro, representante maior do cinema maranhense, roteirista de filmes como “Lúcio Flavio, o passageiro da agonia”, “Pixote, a lei do mais fraco” e “O homem da capa preta”, pra citar apenas três de seus trabalhos, conversamos pela primeira vez sobre a possibilidade de implantarmos em São Luís um polo de produção cinematográfica, tendo em vista nossa cidade ser um cenário vivo, uma vez que o Projeto Reviver possibilitou isso. Treze anos depois, em 2008, quando eu realizei o filme “Pelo Ouvido” nós continuávamos falando nessa possibilidade, mas nada ainda havia sido feito nesse sentido.

O movimento audiovisual de nosso estado, nesses últimos 20 anos, tomou vulto, e os fatores que muito contribuíram para isso foram a consolidação dos Festivais, Guarnicê e Maranhão na Tela; a existência do Grupo Lume de Frederico Machado, que reúne um videoclube, uma sala de exibição, uma produtora e uma distribuidora de cinema; a implantação de uma Unidade Vocacional do IEMA destinada a oferecer cursos na área audiovisual; e a instalação do MAVAM.

Passaram-se 20 anos para que tivéssemos por aqui um polo, mesmo que informal, de cinema, que reúne em torno do MAVAM, Museu da Memória Audiovisual do Maranhão, algumas produtoras independentes como a Guarnicê Produções, a Dupla Criação, a Play Vídeo, a Objetiva Filmes, a Freela, a Mago, cineastas como Arturo Saboia, Beto Matuck, Francisco Colombo, Marcos Ponts, Rafaelle Petrini, Mavi Simão e Fernando Baima, só para citar alguns.

Já tendo tudo isso, estávamos a um passo de termos o nosso polo de cinema efetivado. Faltava apenas a implantação de um Núcleo de Produção Digital que pudesse fornecer equipamentos de última geração para que realizássemos nossos projetos, se não em pé de igualdade com os grandes centros nacionais, pelo menos possibilitando termos os insumos materiais para realizarmos, sem maiores dificuldades, nossos trabalhos mais simples.

Foi pensando nisso que procurei meu amigo, o atual ministro da Cultura, Sergio Sá Leitão, e pleiteei junto a ele a destinação de um dos 16 NDPs que a Secretaria do Audiovisual (SAV) do MinC iria distribuir. Mostrei a ele o nosso potencial, falei de nossos projetos, de nossos filmes, dos prêmios que eles têm conquistado em festivais nacionais e internacionais. Disse da necessidade de termos o apoio de um organismo fomentador como este em nosso estado.

Depois disso o ministro destinou, por nossa indicação, para o IFMA, os equipamentos necessários para instalarmos, ainda este ano, o nosso NPD, e já na semana passada o reitor daquela instituição, professor Roberto Brandão, cujo dinamismo vem revolucionando o trabalho realizado naquela importante instituição assinou o termo de cessão de uso e o acordo de cooperação técnica referente a um conjunto desses equipamentos da SAV- CTAV.

Como já disse os referidos equipamentos servirão para implantar no Maranhão um NPD, Núcleo de Produção Digital, ponto de apoio e fomento às nossas produções audiovisuais, com as mesmas características do que ocorre no CTAV, o Centro Tecnológico Audiovisual do MinC, localizado no Rio de Janeiro.

O convênio assinado com o MinC prevê a criação de um comitê gestor do NPD-MA que se responsabilizará pela organização das demandas deste núcleo, além de se incumbir pela criação de um acervo audiovisual resultante dos trabalhos realizados em torno de si, e será composto por representantes do IFMA, do MAVAM e do Sebrae.

Ver mais esse projeto ser realizado me dá a certeza de que estamos no caminho certo, e de que é possível, em um curto prazo, termos em nosso estado uma promissora indústria audiovisual consolidada, o que nos levará ao passo seguinte, a criação junto a FIEMA, de um Sindicato da Indústria Audiovisual do Maranhão.

 

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