Novos Caminhos, outros caminhos.

Há muito não sentia
nem lembrava mais como era.
Tendo amado
pensei ser aquilo coisa única.
Mas entre
o tempo
constante e imutável
e o espaço
inconstante e modificável
continuei
amando
vida afora.
Desde então
procurava por você
Andava com uma forma, um molde
em minha cabeça,
em minha mão,
em minha boca.
Andava testando,
vivia provando.
Em umas, a boca encaixava, mas a cabeça não.
Em outras era a cabeça que encaixava,
o que não dava certo eram as mãos, a boca.
Noutras encaixava tudo,
cabeça,
tronco,
membros…
Nessas, era eu que não me encaixava.
Eu procurava você há muito tempo.
Não sabia como você era.
Não sabia como você seria.
Cantarias!?
Pedras duras e frias
Lastros de naus antigas.
Cantigas de mares
nunca dantes navegados.
Meu coração é o mar,
uma nau.
Você é uma vela,
o vento.
Vento que me faz singrar
em busca de algo que não sabia
não imaginava como seria,
mas que tinha certeza,
existia.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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