A primeira canalhice contra o novo governador

Soube que o governador Carlos Brandão foi criticado por alguns escroques desocupados, por escrever um texto em suas redes sociais onde disse que se casar, ter filhos e estar com a família são coisas únicas, mas que honrar a distinção de governar o Maranhão, estado que ele ama e do qual se orgulha é insuperável. Depois agradece ao povo por tê-lo ajudado a chegar aonde se encontra.

Criticar alguém, ainda mais um político, por dizer que a sagrada importância da família, em seu patamar automaticamente insuperável é comparada ao fato de poder governar o estado e o povo que ama, é o cúmulo da safadeza.

Esse tipo de coisa, muito comum nos dias de hoje, quando cada um que fala uma bobagem, ou propaga uma infâmia, pode ser ouvido ou lido por milhares de pessoas através das redes sociais, me faz lembrar a fábula do velho, o menino e o burro, que é bem conhecida de todos.

Nessa fábula, cada pessoa que passa pelos personagens, dá uma opinião sobre como eles deveriam se comportar, sob o ponto de vista do opinante. É o que acontece no mundo de hoje, só que da forma mais canalha que pode haver, pois se criam narrativas no sentido de mudar a verdade dos fatos.

Não vou discordar do fato de Brandão ter usado as palavras de forma pouco cuidadosa, mas discordo peremptoriamente que ele tenha desvalorizado sua família em detrimento do poder, até porque em momento algum ele falou do poder que emana do cargo de governador, mas do privilégio e da honra de dirigir os destinos do Estado que ama, e do qual se orgulha.

Quem conhece Brandão sabe de sua total devoção a sua família e aos seus amigos, e dizer o contrário é um acinte. Não se assustem quando logo mais ele começar a ser criticado por privilegiar a família em detrimento do Estado e do povo.

Canalhice é a coisa mais repugnante que pode haver na política, coisa que se iguala à hipocrisia e ambas deveriam ser rechaçadas por todos.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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