Um péssimo sinal dos tempos

Hoje fui tomar café da manhã no Hotel Blue Tree, aqui em São Luís, e tive a grata surpresa de ver que a equipe principal do Botafogo e a sub-20 do Goiás estão hospedados no hotel.

O ambiente estava bastante animado e para interagir com os presentes, me aproximei de uma das mesas onde estavam jogadores do Goiás e brinquei com eles dizendo: “Vou perguntar para o pessoal da estrela solitária se eles trouxeram o Nilton Santos!”

Os jovens jogadores do Goiás fizeram uma cara de espanto e responderam a minha brincadeira com uma pergunta que me deixou completamente perplexo: “Quem é esse Nilton Santos? Em que posição ele joga?”

Esse fato me remeteu imediatamente ao dia em que, conversando com um grupo jovens cineastas, perguntei se eles já haviam assistidos alguns filmes indispensáveis para uma boa formação de quem se dedica a este setor, como “A noite americana”, Ladrões de bicicleta”, “O homem que matou o facínora”, “A mulher faz o homem” e “A guerra do fogo” e nenhum deles havia visto nenhum dos filmes que citei.

O desconhecimento da história e dos assuntos aos quais nos dedicamos é o responsável pela péssima qualidade dos profissionais nos mais diversos setores, pois em muitos aspectos isso é uma disfunção causada pela modernidade e o imenso e desorientado avanço das novas tecnologias.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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