Craque!…


Impressionante como os maranhenses gostam de dois assuntos muito polêmicos: política e futebol.

Digo isso, pela quantidade de pessoas que me procuram para comentar sobre os textos que tenho escrito a respeito daquele que eu imagino será cenário político do Maranhão e pela repercussão que ouço nos programas de rádio e vejo nas redes sociais, sobre futebol.

Imagino que possa juntar os dois assuntos e simultaneamente um tema comum a ambos. A ocorrência de craques nesses setores.

Quando eu era criança, os craques do futebol brasileiro eram jogadores da estatura de Garrincha e Pelé, mas a quantidade de gigantes neste esporte era imensa: começando pelo maranhense Canhoteiro, passando por Ademir Queixada, Djalma Santos, Heleno, Didi Folha Seca, Nilton Santos, Zizinho, apenas para citar alguns. No mundo se destacavam Puskás, Di Stéfano, Schiaffino, Walter, Kopa e Meazza, apenas para citar um time de vôlei.


Depois desta fase, o futebol que era arte, se transformou em força e foi a vez da Laranja Mecânica holandesa de Cruyff e Rensenbrink e da implacável Alemanha de Beckenbauer e Müller…

Não vou me estender neste assunto, pois teria que passar o resto de minha vida falando das glórias deste esporte e eu não o domino o suficiente nem para este texto… O fato é que o que veio depois todo mundo já sabe!

Na política maranhense, os craques do tempo em que eu nasci eram Sarney, que até hoje é show de bola, Victorino que já estava na descendente, mas era duro, Millet que era um Lord, Neiva Moreira, que teve sua jornada interrompida pelos dois golpes de estado de 1964, o tentado e o consumado… No Brasil tivemos o insuperável GetúlioVargas, tínhamos o eterno Juscelino Kubitschek, o onipresente Carlos Lacerda, o polêmico Jânio Quadros, e o bem intencionado, mas manipulável Jango.

No mundo havia políticos da estatura de Adenauer, Meir, Kennedy e Brandt, além de lideres dos direitos civis como Martin Luther King Jr e religiosos como João XXIII.

Da mesma forma que o que aconteceu com o futebol, sabemos no que deu a política atual.

Hoje a incidência de craques, tanto no futebol quanto na política é coisa rara. Na política muito mais que no futebol, pois os salários milionários ainda dão vazão a talentos incríveis como os de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar.

Na política, parece que mataram o confeiteiro e queimaram a receita do bolo, pois nunca mais apareceu um político saído pronto e acabado do nosso forno! Alguém realmente bom, aquilo que poderíamos chamar de um craque.

Vejam só como são as coisas! Enquanto escrevia esse texto, parei um pouco, fui tomar água e quando voltei, fui passear pelas redes sociais e deparei-me com uma postagem no Blog de Jorge Aragão que de certa forma tem conexão com nosso assunto!

O vice-governador Carlos Brandão, no exercício do cargo de governador, vai, elegantemente, possibilitar que o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, assuma o cargo de governador do Maranhão!

Este é um gesto de alguém que conhece profundamente os caminhos da diplomacia e da política em suas mais altas concepções. Agindo assim Brandão demonstra para todos a sua disposição de compartilhar o poder, faz um ato de carinho, de deferência e de respeito, não apenas para com Othelino, presidente da ALM, mas com todos os deputados e de certa forma, para com todos os políticos e até mesmo, por extensão, para com o povo maranhense.

Um verdadeiro craque, como há muito tempo não vemos em nosso estado!

Sobre Weverton Rocha


Penso que seja necessário comentar sobre a posição do senador Weverton Rocha, uma vez que ele é um dos maiores contendores na próxima disputa ao governo do Maranhão.

É bom que se ressalte que os dois maiores postulantes ao governo pertencerem ao mesmo grupo político, e é importante salientar também, que o grupo agora no comando, dirigido por Flávio Dino, sucedeu o grupo hegemônico anterior do Maranhão, também em sua elefantíase descomunal, o que causa a ele os sintomas e efeitos colaterais provenientes desta lastimosa disfunção glandular política, infelizmente muito comum em nosso estado.

Quanto a Weverton, devo esclarecer alguns pontos que acredito serem necessários para um bom e correto entendimento sobre ele.

Ele começou muito cedo na militância estudantil, onde mais que qualquer coisa, o importante é tenacidade, disponibilidade e dedicação.

Weverton é visto ainda hoje, por muita gente que não o conhece pessoalmente, pelo estereótipo que foi criado dele no início de sua jornada política. Coisa que todos nós sabemos, é sempre algo construído, para o bem ou para o mal, dependendo de quem detém o poder de esculpir tais perfis.

Jovem militante do PDT, seguidor de Jackson Lago, figura que de tão boa pessoa, não poderia jamais ser um político forte e poderoso, na mais ampla concepção dessas palavras, como o foram alguns de seus contemporâneos, Weverton, se forjou quase que completamente sozinho. Tudo bem que isso não desculpa 100% de seus desacertos, pois meu pai também se forjou sozinho, mas os tempos eram outros, as circunstancias eram outras. Já Weverton não teve a mesma sorte. O único exemplo que teve foi Jackson, de quem não poderia copiar a doçura, pois se o fizesse, jamais seria hoje Senador da República Federativa do Brasil.

Uma coisa marcará a vida de Weverton Rocha para sempre e eu posso ajudar a desmistificar um pouco este episódio. Trata-se da reforma do Ginásio Costa Rodrigues e tudo que envolveu aquela obra.

Dizem que o então secretário de esportes do estado, o hoje senador Weverton Rocha, teria desviado recursos dela. Eu não posso afirmar isso. Posso afirmar que aconteceram diversos erros e contratempos na execução daquela obra. Erros como a concepção do projeto que inicialmente era de reforma e passou a ser de demolição e construção de nova estrutura. Além disso, a ampliação da quadra de jogo e diminuição das arquibancadas jamais deveria ter sido feita. Ali deveria ser um ginásio apenas para prática de vôlei e basquete, mas o arroubo da juventude falou mais alto.

Todos sabem que Weverton tinha a confiança de Jackson, e tenho certeza que se tempo de governo ele tivesse, teria concluído aquela obra, de qualquer maneira.

Como já disse, esse episódio marcará a história de Weverton de forma definitiva, da mesma forma que a Fazenda Maguary marcou a de Sarney e os aluguéis camaradas marcarão a de Flávio Dino, e nem por isso esses são fatos realmente comprovados ou verdadeiros.

O fato é que este sujeito de apenas 40 anos já foi deputado federal, líder de seu partido na Câmara dos Deputados e hoje é um senador da república, com grande possibilidade de vir a ser governador do Maranhão!

Há outro detalhe em relação à Weverton Rocha que pouca gente comenta, mas que eu acredito imprescindível que seja dito. Ele é uma das poucas pessoas a quem Flávio Dino realmente teme. WR nunca dependeu exclusivamente de FD, sempre manteve fortes apoios nacionais, e é “dono” de um partido e de um grupo político forte em nosso estado. Se bem que esse temor já esmaeceu, pois tanto Flávio quanto Weverton, se encontram, respectivamente, em posição descendente e inercial. Digo isso, pois o futuro se afunila na direção de Carlos Brandão!

Em minha modesta opinião, a vez de governar o Maranhão é de Brandão, até porque ele estará sentado na cadeira de governador e com a caneta na mão, além de não ser obtuso ao ponto de não saber se comportar e jogar o bom jogo.

Weverton fará muito bem se negociar com Brandão e indicar um vice-governador que possa abrir-lhe as portas para um possível mandato de governador em 2026.

Como dizia o sábio Lister Caldas, repetindo um velho provérbio português: Quem viver verá!

Sobre o futuro!…

Gosto de conjecturar sobre política, mesmo que isso desagrade a algumas pessoas que não concordam com MINHAS análises e não são capazes de entender que MEUS comentários são provenientes de minhas percepções sobre os cenários políticos, baseados nos sintomas advindos deste setor e nas informações recebidas de fontes confiáveis e respeitáveis.

O que tenho notado de mais importante no panorama político do Maranhão é a mudança forçada de atitude do governador Flávio Dino.

Flávio passou todo o tempo de seu primeiro mandato como se na verdade estivesse na oposição, o que lhe garantiu certa invulnerabilidade quanto às críticas e aos ataques a si e a seu governo, durante aquele primeiro tempo.

Agora, tendo começado o segundo tempo do jogo, ele parece ter sido obrigado a voltar do vestiário com outra estratégia para a etapa complementar da peleja.

Falar de Flávio Dino exige que se fale de seus adversários, mesmo que em apenas um parágrafo, só para uma breve citação. Flávio não conseguiu e jamais conseguirá destruir o homem que ele imagina que é seu adversário. José Sarney. Digo isso pelo fato de Sarney não ser realmente seu adversário. Sarney foi vencido sim, mas pelas mudanças ocorridas dentro de seu próprio grupo, não por Flávio Dino. O posto de adversário de Flávio coube à filha do ex-presidente. Ela sim, Dino realmente derrotou! Duas vezes! A primeira por omissão, através de um preposto que jamais deveria ter assumido esta incumbência, Lobão Filho, e a segunda em pessoa, coisa que eu jamais pensei que ela o fizesse, e que por ter tido essa coragem, tem o meu respeito.

O Maranhão hoje tem em Flávio Dino seu novo comandante, com direito a tudo o que o título traz em si. Continências e bajulações, além de grandes responsabilidades.

O privilégio do comando acarreta grandes encargos e por isso o Flávio Dino deste segundo tempo está envergando outra equipagem, outro figurino, algo mais leve, mais palatável…

Desde o início, Flávio montou seu grupo nos escombros dos grupos de dois ex-governadores que o antecederam, Jackson Lago e José Reinaldo Tavares. Depois, esticou mais um pouco, metaforicamente falando, os longos braços do poder e levou para si correligionários mais distantes e menos prestigiados de Roseana e Lobão. Com esse elenco montou seu time. Devo reconhecer que tem peças boas, caso de Ted Lago, Felipe Camarão, Carlos Lula, Marcellus Ribeiro entre outros.

Herdou de Jackson quase todo o PDT. De Zé Reinaldo, herdou seu sobrinho, Marcelo Tavares e seu fiel escudeiro, Carlos Brandão, a quem confiou a gerência do palácio e o segundo posto da hierarquia do grupo, respectivamente. De seu mesmo, só o amigo de longas datas, camarada comunista, responsável pelas operações políticas e comunicativas, o hoje deputado federal Marcio Jerry, filho do meu bom amigo João Francisco.

Pergunto-me como em tão pouco tempo esses camaradas chegaram onde hoje estão!?… A única resposta que encontro é que foi graças à incompetência de seus adversários!…

E ainda me perguntam o que vai acontecer!… Ora bolas, do jeito que as coisas estão o grupo de Flávio Dino vai fazer barba, cabelo, bigode… Mas não fará contorno! Deve eleger o próximo governador, que deve ser Brandão, (o PDT de Weverton vai lutar para indicar o vice, Othelino ou Edivaldo); o senador será o próprio Dino (se não for aventurar-se numa possível candidatura presidencial); e mais de dois terços das representações legislativas em âmbito estadual e federal.

Ele só corre um sério risco de derrota em todo esse cenário: a prefeitura de São Luís! Esta parece estar destinada a ser comandada por Eduardo Braide, o que de todo não é ruim para o grupo do governador, pois a possibilidade de sucesso de um administrador da capital maranhense é mínima.

O que vai acontecer na política do Maranhão!? Não precisa ser mágico para saber! Basta olhar!…

Argumentum ad hominem e etc…


Recorrentemente tenho sido vítima de Argumentum ad hominem, termo proveniente do latim, que significa “argumento contra a pessoa”, que na prática nada mais é do que uma falácia usada quando alguém procura desqualificar uma tese usando uma crítica contra seu autor e não ao conteúdo do seu argumento.

Essa falácia ocorre porque quem a comete tira uma conclusão sobre a proposição analisada sem examinar seu conteúdo, ou, por não ter contra argumentos fortes o suficiente para atacá-la, resolve atacar seu propositor. Quem usa este artifício ataca a pessoa que apresentou uma tese e não a tese que a pessoa apresentou.

O argumento contra a pessoa assume também outras formas. Ele ataca, por exemplo, o caráter, a honradez, a nacionalidade, a raça ou a religião da pessoa. Alguns caem na alusão a alguma condição física da pessoa, como o fato dele ser baixinho, careca, gordo… Em outros casos, a falácia sugere que a pessoa, por ter algo a ganhar com o argumento que usa ou defende, é movida por interesse. A pessoa pode ainda ser atacada por associação, por suas amizades ou suas companhias. O fato é que o caráter ou as circunstâncias da pessoa nada tem a ver com a verdade ou a falsidade da proposição defendida.

O argumento contra a pessoa é uma falácia caracterizada pelo elemento da irrelevância, por concluir sobre o valor de uma proposição através de uma premissa sem valor dentro do contexto da discussão, que neste caso é um juízo sobre o autor da proposição.

Esse tipo de argumento pode ser agrupado também entre as falácias que usam o estratagema do desvio de atenção, ao levar o foco da discussão para um elemento externo a ela, que são as considerações pessoais sobre o autor da proposição.

Essa prática é, em minha opinião, uma das mais baixas e repugnantes que existem, pois ela é repleta de preconceito em sua significação mais elementar. Além disso, demonstra claramente a incapacidade do oponente em se manter num debate, no campo das ideias, e resvalar na primeira sarjeta à sua frente e dar com a cara no esgoto de sua ignorância.

Argumentum ad hominem circunstancial coloca em foco a parcialidade do adversário, sugerindo que este tem algo a ganhar com a defesa daquele ponto de vista.

Tenho ouvido e lido muitas falácias deste tipo no que diz respeito à defesa que alguns artistas e jornalistas fazem ao ex-presidente Lula por terem ganhado benesses de seu governo. Pode até ser verdade, mas é um exemplo claro disso!…

A Falácia Lógica ou Bulverismo, termo cunhado por C.S. Lewis, que consiste em refutar um determinado argumento, declarando que o mesmo está errado, passando em seguida diretamente a explicar o porquê de seu oponente estar fazendo uso de tal argumento.Essa falácia consiste no fato dos motivos de uma pessoa em nada interferir na veracidade ou na falsidade de um argumento usado por ela.

Lewis escreveu sobre esse tema em um ensaio publicado em um livro cujo sugestivo título fala por si: “Deus no Tribunal”.

Há também a “Falácia do Apelo à Hipocrisia”, ou “Tu quoque”, onde o oponente é acusado de praticar algo muito semelhante ao que o próprio acusador pratica corriqueiramente. “Tu quoque” significa em latim “você também”. Este é um argumento muito comum e eficaz, pois tende a colocar o oponente na defensiva. Ação comumente conhecida simplesmente como hipocrisia!

Um belo exemplo disso foi uma frase que ouvi outro dia em uma roda de pessoas conhecidas. Certa figura comentou maldosamente quando um terceiro passava: “As pessoas devem aprender a viver com o que ganham!” E eu fiquei pensando só comigo: “Mas você está completamente endividado e não faz qualquer esforço para mudar isso, além do que, não é bom pagador!”

Existe um desses ratos de esgoto contratado para defender uns e atacar outros, nas redes sociais, que a cada postagem que faço, comenta com a seguinte frase: “O que é mesmo que este senhor faz na vida?”, ao que eu respondo com um argumento contra terceira pessoa (ou quem sabe favorável a ela): “Pergunte à sua progenitora!”

Esquerda e Direita

Muito se tem falado sobre o tema explicitado pelo título deste texto! Vou entrar na roda!…

Existem duas maneiras de se analisar e de se estabelecer onde se posiciona no espaço filosófico, ideológico e político, um pensamento ou uma ação, ou mesmo um partido e seus membros.

Para esclarecimento, devo dizer como EU classifico as posições neste espectro. São sete. Há a posição central, e partindo dela para a esquerda, temos centro-esquerda, esquerda e extrema esquerda. Na direção contrária, temos centro-direita, direita e extrema direita. Cada uma dessas posições possui uma infinidade de subdivisões, mas para nossa conversa isso não vem ao caso.

No que diz respeito às posições ideológicas, existe um conceito MECÂNICO de enquadramento entre esquerda e direita.

Para que se entenda facilmente o que é uma ideia ou um partido de esquerda ou de direita, do ponto de vista mecânico, basta se substituir a expressão, “partido de esquerda” por PARTIDO DA MUDANÇA, e “partido de direita” por PARTIDO DA MANUTENÇÃO.

Na França, onde estes termos se originaram, os grupamentos de esquerda eram chamados de “grupos do movimento” e os de direita de “grupos da ordem”.

É neste ponto que reside o fracasso das ideologias ou partidos de esquerda, quando assumem o poder! Eles continuam agindo como se não estivessem ocupando a posição da manutenção e da ordem!

No caso da direita, a dificuldade de sucesso consiste em radicalizar suas posições ideológicas e políticas, não se abrindo para mudanças importantes e necessárias.

Não é raro fazerem confusão entre as posições de partidos ou mesmo de políticos, quanto à sua colocação no espectro ideológico linear. Essa confusão se deve, quase na totalidade das vezes, pelo referencial que se toma em cada caso.

Vejamos um exemplo clássico! Usando critérios mecânicos para analisarmos em quais locais da linha se delimitam a atuação ideológica e política de Getúlio Vargas e Washington Luís, vamos descobrir que o primeiro seria colocado à esquerda do segundo, pois Vargas pretendia mudar o conceito e a forma da política feita no Brasil. Na teoria, o que Vargas e os revolucionários de 30 queriam, era que fosse implantada uma MUDANÇA, um estado novo, o que acabou acontecendo, mas com um viés fascista, com ingredientes socialistas, e usando a força para sua MANUTENÇAO, o que o transferiu para a direita ideológica.

A mesma análise pode ser feita em relação a Paul Von Hindenburg e Adolf Hitler. Pelos critérios mecânicos da lateralidade e da semântica dos verbos MANTER e MUDAR, Hitler estava à esquerda de Hindenburg. Da mesma forma, Lenin estava à esquerda de Nicolau II, Mussolini à esquerda de Vitor Emanuel e Castro à esquerda de Batista.

A classificação mecânica sobre esquerda e direita é usada quase que exclusivamente pelos direitistas, que também usam a classificação ideológica, que é a única admitida pelos esquerdistas. Esta é a meu ver, é a mais válida.

A classificação ideológica leva em conta unicamente os princípios filosóficos e ideológicos que norteiam cada uma das posições políticas e partidárias.

Segundo essa classificação, do lado esquerdo do espectro, estão pessoas e partidos que defendem uma maior participação do estado na vida da sociedade e das instituições, regulando as relações entre elas de forma detalhada e minuciosa. São estatizantes. Têm como meta a maior centralização do poder de decisão. Defendem mais a igualdade da coletividade do que a do indivíduo. Buscam a todo custo regular as relações econômicas de mercado.

É na posição da esquerda que se colocam as pessoas, os partidos e os regimes comunistas. Estes não admitem nem permitem que o indivíduo tenha liberdades fundamentais, como de expressão, crença ou ideologia.

Aqueles que são considerados de direita defendem com mais ênfase a diminuição da participação do Estado na sociedade, como forma de reduzir a corrupção, garantir a liberdade individual e promover o desenvolvimento econômico. São privatizantes e favorecem a liberdade de mercado. Colocam o patriotismo, os valores religiosos e culturais tradicionais acima de quaisquer projetos de reforma da sociedade.

Na posição da direita se colocam as pessoas, os partidos e os regimes democráticos liberais, que permitem que o cidadão decida seu destino, exigindo de todos apenas o devido respeito às leis.

Com base no estabelecido no segundo parágrafo deste texto, vejamos com exemplos mais próximos de nós, bem mais fáceis de entendermos, quem está à esquerda e à direita. Enfileiremos em uma linha, sete dos candidatos a presidente da República nas eleições de 2018: Alckmin, Amoêdo, Bolsonaro, Boulos, Daciôlo, Gomes e Haddad.

Em minha modesta opinião, indo do mais à esquerda para o mais à direita, a linha seria assim: Boulos, Haddad, Gomes, Alckmin, Amoêdo, Bolsonaro, e Daciôlo.

Filmes como remédio

Ninguém gosta de ser acusado! Imagine alguém dizendo que você é desonesto, mau caráter, violento… Isso incomoda qualquer pessoa. Um dia desses, um idiota me acusou de ser cinéfilo, achando que eu iria me ofender com isso. Amei a acusação, pois cinema é uma das coisas das quais eu mais gosto nesta vida. Penso que jamais poderia ter me tornado um cineasta razoável, se antes não fosse um amante do cinema.

Assisto a quase todos os tipos de filmes, exceção aos de terror, que não me agradam. Deve ser algo com raízes em minha infância. Mas hoje gostaria de comentar com vocês sobre dois filmes, de um tipo diferente de terror, algo bem mais impactante, pois acontece no dia a dia das pessoas, e não é fantasioso.

Estou me referindo a “O Retorno de Ben” e “Cafarnaum”.

“O Retorno de Ben” é uma produção americana, e conta com Julia Roberts no elenco. Nele vemos a luta de uma mãe para ajudar seu filho a superar o vício das drogas.

Montado em recortes temporais, o filme nos vai mostrando os acontecimentos que culminam com um desfecho previsto, mas é nesse frenesi que se desenrola todo esse drama. É um bom filme e precisa ser visto em família, até como remédio didático para pais e filhos.

“O Retorno de Ben” nos mostra uma realidade acachapante, que nos deixa em muitos momentos absolutamente atônitos, pois os fatos nele mostrados acontecem de forma tão natural e corriqueira. Vemos isso acontecer em nossa volta tão frequentemente que nem ligamos, e quando passamos duas horas, na sala escura do cinema, submetidos a encarar essa realidade, nos chocamos enormemente.

O outro filme é “Cafarnaum”, que não é sobre a cidade da Galileia por onde Jesus andou. A palavra cafarnaum, que ao que tudo indica, é de origem latina, significa caos, e o que vemos no filme é realmente um grande caos. Um caos urbano, um caos social, um caos humano.

O filme libanês nos mostra um Líbano que não vimos quando lá estivemos no ano passado. Fiquei tão chocado que por um instante pensei que nem no Brasil tivéssemos tanta miséria!

Se eu fosse seu analista receitaria esses dois filmes como medicação! Todos os pais deveriam levar seus filhos para assistir a esses filmes. Eles são uma aula de realidade.

Assistindo a esses filmes podemos ter a verdadeira noção dos caminhos por onde a vida pode levar as pessoas, e que mesmo em meio ao caos, existe gente de boa qualidade, independentemente de raça, gênero, religião ou poder financeiro.

“Cafarnaum” concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro e perdeu. Perdeu porque teve a infelicidade de concorrer com o excelente “Roma”, do aclamado cineasta mexicano Alfonso Quarón. Perdeu porque ele é de um realismo tão contundente que algumas vezes tive a impressão de não estar assistindo a uma obra de ficção, mas a um primoroso documentário, onde a câmera parece estar sempre colocada no ponto de vista de um privilegiado repórter que nos mostra a trajetória de Zain, um menino de uns 12 anos, que em minha opinião entra para a galeria de personagens heroicos do cinema mundial.

Zain não pula de edifício em edifício, não voa, não é musculoso, não usa máscara, não usa armas sofisticadas. A sua arma é uma incrível coragem e uma inacreditável capacidade de entender a sua vida e a vida das pessoas ao seu redor. A relação de Zain com os super-heróis é tão clara que no meio do filme aparece um senhor com uma fantasia daquilo que ele diz ser o “Homem Barata”, primo do Homem-Aranha, e que imediatamente nos lembra de Stan Lee.

O heroísmo de Zain consiste apenas e tão somente em viver e sobreviver em um lugar tão inóspito, tão cruel e degradante e ainda assim ter uma alma nobre, ser um homem bem formado e de bom caráter no alto de seus 12 anos.

Mais uma vez, nunca é demais, recomendo que pais e filhos assistam a esses preciosos filmes.

Verdades incômodas


Já se falou muito, se tem falado e pelo visto muito ainda se falará sobre os acontecimentos de 31 de março e 1º de abril de 1964.

Naquele tempo vivíamos em uma guerra, a tal da Guerra Fria, onde os Estados Unidos e seus alinhados, defensores das liberdades democráticas e da livre iniciativa, enfrentavam, em uma guerra sem o confronto bélico tradicional, os soviéticos e seus estados fantoches, defensores das ideias comunistas de Marx adaptadas por Lenin e levadas às últimas consequências por Stalin.

Os campos de batalha desta guerra não eram os convencionais. Essa guerra era travada pela imprensa, através de notícias e propaganda, nas universidades, nas igrejas, nos sindicatos e também em países que servissem de tubos de ensaio para o jogo das superpotências. Foi o que aconteceu nas Coreias, nos Vietnãs e em diversos países da África, como Angola e Moçambique e da América Central, como Cuba e Nicarágua, entre outros.

No Brasil não foi diferente. Sofremos a influência dos humores daqueles tempos.

Erradamente todos nós pensamos que ditadores são sempre usurpadores conservadores e de direita. Ocorre que o fascismo, tão alardeado pelos atuais esquerdistas, tem sua raiz exatamente na esquerda, basta que se estude a história do maior expoente do fascismo, Benito Mussolini, ou a do nosso aclamado Getúlio Vargas, que subiu ao poder por uma revolução contra os direitistas conservadores de sua época! É importante que se diga que há exceções, como é o caso de Franco, na Espanha, onde aconteceu o contrário.  Uma guerra civil em que os direitistas conservadores venceram os esquerdistas mudancistas, e que serviu de campo de provas para tudo o que viria depois, a Segunda Guerra Mundial e a própria Guerra Fria.

Bem, voltemos ao Brasil. Jânio renuncia e precipita tudo. Naquele tempo os vice-presidentes eram eleitos separadamente do presidente e a eleição de um vice de orientação política e ideológica diferente era muito possível e extremamente viável, eleitoralmente falando. Eu diria que era inclusive saudável. O que não poderia acontecer era a tentativa de golpe contra o regime democrático que foi tentado, mais pelos companheiros de Jango que por ele mesmo.

Quando isso ficou claro, a maior parte da sociedade civil, da igreja, dos políticos, que defendiam o regime democrático, as liberdades civis e a livre iniciativa, passou a conclamar as forças armadas a reagirem contra o que seria a implantação de um regime comunista no Brasil, pois era essa a intenção de Leonel Brizola, Francisco Julião e outros.

A intervenção militar, chamada por aqueles que a fizeram, de revolução, é chamada de golpe de estado e de ditadura por aqueles que queriam dar um golpe de estado e instituir uma ditadura do proletariado no Brasil. (vejam o PS)

As polêmicas de hoje são em muitos aspectos, tolas. Ora, negar que houve durante 21 anos em nosso país uma ditadura militar é idiotice, pois os fatos comprovam isso de forma insofismável, mesmo que o grande mestre Ives Gandra Martins, use uma figura de linguagem ou jurídica para afirmar que o que se teve foi um estado de exceção, uma vez que os presidentes se alternavam no poder, não caracterizando assim uma ditadura uníssona e personalística. Outra atenuante defendida por ele é o fato de que havia oposição reconhecida pelo estado e os sindicatos funcionavam…

Os que dizem ter havido ditadura argumentam que o Congresso Nacional foi fechado, havia censura prévia, só existiam dois partidos políticos, existiu perseguição e tortura…

Tudo verdade. De um lado e de outro. Verdades incômodas para todos.

Moral da história! Nenhum dos lados aceita ou reconhece as suas culpas, e aponta as dos opositores como raiz de todo mal, de tudo o que ocorreu naquela quadra de nossa história. Coisa de gente tosca, obtusa, incapaz de entender ou pelo menos aceitar com o mínimo de tolerância a argumentação dos outros.

Em minha modesta opinião, o que houve foi um contra golpe de estado antecipado, onde depois se implantou uma ditadura militar, que não devolveu o controle do governo e do Estado à sociedade civil no tempo previsto, devido à escalada da guerrilha comunista que se estabeleceu no país.

Negar os fatos é um absurdo!

PS: Acessem os links e vejam as entrevistas de Fernando Gabeira e Eduardo Jorge sobre isso: www.youtube.com/watch?v=cP5PGY08vbs   

www.youtube.com/watch?v=H5h4xW558hk

É preciso aprender!


Vou tentar explicar como penso e como me comporto em quase tudo na vida, para que vocês tenham a mínima capacidade de entender os motivos de alguns de meus posicionamentos políticos.


Entre todas as pessoas do mundo, a minha mãe é aquela que eu mais amo. Ela se dedica a nós com a maior das devoções e nos prepara pelo menos duas vezes por semana almoços fantásticos, cujo mais saboroso ingrediente é o amor. Ocorre que minha mãe quer nos surpreender o tempo todo, enquanto nós queremos apenas estar com ela e comer as comidinhas caseiras que ela sempre fez para nós, e não pratos sofisticados. Eu e meu irmão Nagib temos atitudes diferentes quanto a isso. Ele come bem quietinho as novidades que mamãe prepara com todo amor, enquanto eu digo que preferiria que fosse aquele seu maravilhoso arroz de toucinho com salada de camarão seco, ou aquela carne de grelha acompanhada do suculento feijão mulata gorda, e não o peixe a dorê com legumes gratinados…


É exatamente assim que eu penso e ajo em tudo em minha vida, principalmente na política. Nós precisamos de coisas simples, eficientes, eficazes e efetivas, sem muita sofisticação, arroz com feijão mesmo. Algo que surta o efeito pretendido e esteja em nosso cardápio de desejos e necessidades.


Não é porque minha mãe seja a pessoa que eu mais amo que eu não vou dizer a ela o que eu quero comer, ou o que eu penso do almoço. Imagine se vou ter esse pudor com o prefeito, o governador ou o presidente da república, apenas para citar os membros do poder executivo!


Votei e apoiei Roseana Sarney todas as vezes em que ela se candidatou e nem por isso deixei de dizer tudo que eu pensava a respeito de suas ações ou omissões, tanto administrativas como políticas, e não será agora que vou poupar alguém na mesma condição que ela, muito menos o presidente da república que elegemos na tentativa de nos livrarmos de políticos aparelhadores do estado, que resolveram se apoderar das instituições públicas e sociais através de táticas e ações de domínio e controle filosófico e midiático, tentando incutir em todos seu padrão como sendo o único aceitável e impedindo, de forma subliminarmente autoritária, a diversidade e o antagonismo das ideias.


O fato de eu ter votado em Jair Bolsonaro não significa que eu apoie incondicionalmente a ele, a seu governo ou a seus ministros. Votei nele em primeiro lugar para eliminar do poder, o PT e seus asseclas da esquerda, e em segundo lugar para que tivéssemos no comando alguém capaz de nos colocar nos trilhos da ordem e do progresso, palavras que definem o nosso destino como povo e nação, sendo a sinopse do filme de nossa existência como pátria.


Bolsonaro logo mais vai completar 100 dias de governo, seu destempero pessoal e seu despreparo para o exercício do poder precisam ser superados a qualquer custo. Tenho certeza que ele consegue se tornar uma pessoa mais sensível, um homem mais sútil, um político maior… Deputados podem ser toscos, evangélicos ou comunistas, podem ser dos mais variados tipos, pois existem 513 deles e são escolhidos para representar DIRETAMENTE o povo, e como ele, o povo, podem ter suas características, virtuosas ou defeituosas.


O presidente da república pode até ter sido um deputado e ter tido todas essas características, mas quando ele se torna presidente da república, precisa se transformar. Ele não pode mais ser desajeitado, ou colocar sua religião acima das demais, ou mesmo impor sua ideologia à sociedade.


Eu votei no candidato Jair Bolsonaro, que foi deputado durante vinte e oito anos, mas ao se eleger presidente, ele deixou de ser deputado para assumir um outro papel, para o qual sabíamos que ele não estava preparado, no entanto, não tínhamos escolha, era ele ou continuarmos no caos que começou a se instalar em nosso país fazia vinte e quatro anos, nos governos de esquerda, sendo que os últimos dezesseis foram desastrosos.
Precisamos que Bolsonaro e sua turma aprendam rápido essas lições para se transformarem em nossos líderes. Bons líderes!


Quando Lula se elegeu presidente, pouco ou nada sabia sobre a liturgia do cargo. Não sabia comer com talheres para peixe, nem conhecia vinhos. Oito anos depois além de afogar nossas esperanças e quebrar nosso país, ele aprendeu a apreciar e saborear os melhores e mais caros vinhos, e comia com talheres de peixe, como se tivesse nascido em Buckingham ou Balmoral.


Vamos dar mais um tempinho para ver se Bolsonaro aprende!…

Mudando de assunto!?…


Recorrentemente leitores e amigos pedem que eu comente sobre política, assunto que todos sabem que gosto de abordar, mas hoje vou contrariá-los! Vou falar de assuntos mais mundanos, aspectos da nossa vida diária que muitas vezes nos passam despercebidos e nós pouco valorizamos.

Vou falar sobre força de vontade, prazeres do vício, coragem de tomar resoluções importantes e sobre seus “opostos”: A falta de vontade, prazeres virtuosos e covardia ao encarar problemas.

Estou fazendo uma dieta maluca – posso comer um quilo de queijo, mas nenhum grama de pão; posso comer toda a linguiça da feijoada, mas nenhum carocinho de feijão; posso comer uma picanha gorda, mas a farofa não. Eu havia dito que jamais faria uma coisa dessas, mas o fato é que em dezesseis dias emagreci inacreditáveis oito quilos!

Devo tudo isso a minha mulher Jacira.

Se estou feliz!?… Sim! Estou muito feliz! Meus braços parecem que se alongaram, minhas calças não prendem mais nas coxas, e o mais importante de tudo, eu estou orgulhoso de mim mesmo, por estar conseguindo fazer uma coisa que jamais pensei que fosse capaz, que não tivesse a força de vontade e a disciplina necessária para fazer: Não sucumbir ao voraz desejo de saborear um pedaço avantajado de quebra queixo, ou um suculento cachorro quente do Boliviano, em frente ao Palácio, ou um daqueles pastéis que acompanham os caldos de ovos de seu João do Caldo, sem esquecer uma Cola Jesus, normal, de garrafa de vidro, estupidamente gelada…

Esse orgulho que sinto se deve ao fato de eu ser um viciado que está superando o seu vício. Sou viciado em comida! Dentre elas minhas preferidas são as derivadas daqueles malditos pós brancos, açúcar e trigo.

É importante que se diga que não consumo drogas ilícitas, não fumo e não bebo bebida alcóolica, o que não é nenhuma grande vantagem, pois meus amigos bebem, e bem, e caro, o que me faz dividir as altas contas.

Jamais pensei que fosse capaz de fazer o que estou fazendo. Achei que não conseguiria. Não está sendo fácil! Tenho fissura de pão! Sonho com pão francês com tudo que você possa imaginar dentro! Me pego imaginando em quanto tempo devoraria uma lata de Lindt, aquele chocolate das bolinhas que explodem na boca, ou do crocante Zé Pereira! Mas estou me controlando! Até agora!…

Preciso contar a vocês o que aconteceu comigo recentemente. Marquei uma reunião às nove horas da manhã, no Hotel Blue Tree, com a produtora Fernanda Kalume, que está em São Luís para produzir uma série para televisão a cabo. Havia me esquecido que iria deparar com o maravilhoso café da manhã do hotel e quando passei pelo restaurante quase tive um ataque! Poderia comer os pães de queijo ou os bolinhos de tapioca, quem sabe até o mingau de milho, que eu nem gosto, mas o que me desesperou mesmo foi passar em frente à imensa mesa de bolos e pães… Fiquei tão alucinado que uma simples fatia de pão de forma, naquele momento, seria como saborear um manjar da Terra Prometida. Respirei fundo e me dirigi até à moça das omeletes e pedi uma com tomate, cebola e cogumelos… Frugal e delicioso!

Falo sobre isso hoje porque em fevereiro, aproveitei que meu irmão foi fazer uma cirurgia em São Paulo e como fui acompanhá-lo, aproveitei para fazer um daqueles checkups que a gente se interna e os médicos ficam nos futucando pra saber se precisamos de algum reparo. Graças a Deus, e não aos meus hábitos, estou chegando aos sessenta 90% em perfeitas condições. Os 10% de problemas se devem à minha tendência a me tornar em breve um diabético, problema que parece pode ser minorado com uma cirurgia que promete impedir a absorção dos carboidratos e dos açúcares, me fazendo viver por um pouco mais de tempo, mas bem mais feliz.

É para fazer essa cirurgia que eu preciso perder quinze quilos. Esse é o desafio!

PS: Enquanto revisava este texto para mandar para Ademir, editor da página de opinião do Jornal O Estado do Maranhão, um amigo me ligou pedindo que comentasse sobre política. Por ser este amigo muito bem humorado e espirituoso, vou abrir uma pequena exceção no texto de hoje e falar de política: Governador Flávio Dino, vá fazer um regime, camarada! Falo isso para seu bem!… Pronto! Falei!…

À espera de sua hora

Dentre os assuntos de minha predileção se destacam cinema e política e hoje vou tentar traçar um sutil paralelo entre eles.

Eu sempre preferi os atores coadjuvantes aos principais. De astros mais antigos como Walter Brennan, Walter Huston e Peter Ustinov, até os mais recentes como Gene Hackmam, Robert Duvall e Mahershala Ali, os coadjuvantes, a meu ver, realizam trabalhos muito importantes para que os atores principais se notabilizem e brilhem.

Feito este preâmbulo, adentro propriamente ao assunto deste texto. Os personagens coadjuvantes da política conseguem manter-se em evidência por mais tempo e com mais efetividade, eficiência e eficácia que os personagens principais, que estão mais sujeitos aos desgastes ocasionados pela maquiagem e os holofotes. Falo isso para comentar sobre uma pessoa que se manteve durante toda sua vida atuando num segundo plano, nunca gostou dos flashes, nunca ocupou os lugares centrais do palco, e apesar disso sempre desenvolveu o seu trabalho com extrema dedicação e perícia, algumas vezes até bem mais que era esperado.

O nosso personagem nasceu em uma família bem estruturada, foi criado no respeito aos bons costumes, comuns aos anos de 1960. Estudou em um colégio tido como repassador de ótimo conteúdo e de rígida disciplina, ingredientes indispensáveis para formar um bom cidadão. Quando jovem não era o primeiro aluno da turma, mas estava sempre entre os seus líderes. Atleta, nunca foi o craque do time de basquete, mas era um dos titulares. Foi assim durante toda sua vida: Sempre entre os melhores.

Seu pai destacou-se na vida pública. Foi deputado estadual, secretário de estado e conselheiro no Tribunal de Contas do Maranhão. Chefe político no sertão maranhense, onde seus filhos o sucederam, tanto nos negócios quanto na política.

Estou falando de Carlos Orleans Brandão Júnior, político que teve a paciência e a perseverança de aguardar o seu momento, passando por cargos de assessoramento, sendo secretário de estado, deputado federal, chegando gravitacionalmente ao cargo de vice-governador e agora é a bala na agulha para ser o próximo governador do estado do Maranhão.

Você poderia me perguntar! Que méritos ele tem para ser governador!? Ao que eu lhe responderia sem pestanejar: Inteligência física e emocional; capacidade de entendimento da realidade e do jogo político; competência administrativa e diplomática; maturidade como pessoa e como político; idade e experiência suficiente para saber que o sucesso de um político hoje em dia depende menos de dinheiro, poder ou mesmo de votos e muito mais de respeito, confiança e credibilidade, como no tempo em que ele começou seu aprendizado, na escola política onde seu pai e os amigos dele eram mestres, tempo em que os políticos eram respeitados e bem quistos pelas pessoas.

Brandão foi coadjuvante do então governador José Reinaldo Tavares, foi coadjuvante quando esteve na Câmara dos Deputados e tem sido um coadjuvante privilegiado como vice-governador de Flávio Dino, onde sempre demonstrou grande capacidade de diálogo e aglutinação, coisas para as quais seu superior só tem demonstrado propensão de pouco tempo para cá.

Tenho certeza que com Carlos Brandão o Maranhão vai ter a oportunidade de resgatar as boas práticas da política das décadas de 1960 e 1970, mas com valores humanísticos do século XXI.

Muitos astros que ganharam prêmios de melhores atores coadjuvantes se tornaram os maiores intérpretes de seu tempo e ganharam depois prêmios de atores principais como Anthony Quinn, Robert de Niro e Denzel Washington. Tenho a impressão que o mesmo acontecerá com Carlos Brandão, pois está chegando a hora dele protagonizar seu próprio filme e penso que ele não abrirá mão disso.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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