Visita forçada ao meu Twitter

Para começar o ano, convido você para conhecer alguns de meus pensamentos, postados no Twitter:

Invisto meu tempo planejando as grandes coisas que pretendo fazer, enquanto isso, me eximo de fazer as pequenas coisas que não planejei.

Hitler disse que a sorte dos ditadores é que os homens não pensam. Conclamo todos os seres humanos a pensar e acabar com a sorte dos ditadores.

A arrogância é sempre má conselheira.

Um bom sentimento exclama? Então uma boa ideia interroga!

Arte e extinção são duas palavras que não combinam. Só há duas formas de se fazer arte: a replicação da natureza e a reinvenção dela.

A verdadeira sabedoria consiste em sabermos nossos limites, em sabermos até onde podemos e devemos ir para conseguir o que queremos…

Depois de se conseguir superar a suprema dúvida, o que restar só poderá ser a suprema verdade. Será que alguém consegue suprimir toda dúvida?

Tudo já foi dito, mas é bom que sempre se repita para que não se esqueça.

Alguém comentou o fato de eu estar mais esbelto, ao que outro comentarista sacramentou: “Isso é claro sinal da decadência!” Um terceiro comentarista aproveitou a deixa e arrematou: “Melhor estar esbelto por decadência que obeso por deselegância e prepotência”.

Mundinho devagar! A relatividade só tem 100 anos!! Mundinho fugaz! A relatividade já tem 100 anos!!

Para que saibam quem somos, basta que se diga o que fizemos e fazemos.

O maior de todos os poderes é o tempo. Nele o que tem de secar seca, o que tem para florescer floresce.

Quem usa muito as redes sociais fica mais conhecido, mas muito mais distante, muito menos íntimo das pessoas. Whatsapp, Instagram, Faceboock, Twitter… Tudo isso só distancia as pessoas, as torna mais superficiais. Nos dias atuais, a maior demonstração de intimidade, graças às novas tecnologias, é falar com alguém ao telefone.

Há uma enorme batalha sendo travada dentro de minha mente. De um lado, minha inteligência, e, de outro, minha capacidade de exprimi-la.

O excesso na prática de uma qualidade pode facilmente transformar-se em um defeito.

Uma dura conclusão: a verdade varia de pessoa para pessoa, de um ponto de vista para o outro, logo não existe uma única verdade, mas opiniões…

Tudo na vida passa: se deixa de ser criança; o basquete juvenil; a revista Guarnicê; deputado; Nagibão; casamentos… O que importa é o hoje! Dona Clarice, Laila, Jacira e as pessoas que amo; O MAVAM da FNH; os filmes que faço e aqueles que sublimo. O amanhã? Este é uma mera sequência de hojes, com fortes influências de ontens… O caminho? Nós fazemos parte dele e ele nos faz em parte.

Quanto mais me afasto da política partidária, mais claro fica para mim o quanto esse é um jogo baixo e viciado, onde não há inocentes, nele existem aqueles que se elegem com um discurso e praticam outro; Hipócritas que cobram aquilo que não oferecem; “Sabidos” demais!…

Existem pessoas que só tem um assunto! Monos… Monofônicos, monocromáticos…

Na política nunca se deve usar luvas, o tato é a melhor saída sempre.

Em tempos difíceis, aos políticos não é permitida a possibilidade de errar. O menor erro pode custar muito caro.

Um grupo político pode resistir aos ataques de adversários muito poderosos, mas não consegue resistir a seus próprios desacertos internos.

É uma pena que tudo que aprendemos nos primeiros anos de nossas vidas só venhamos a compreender realmente em nossos últimos anos nela.

 

Um problema de vento e areia

 

Eu sei que esse tema não é apropriado para as festas de final de ano, mas estou sem saber a quem recorrer, então vai agora mesmo.

Minha reação instintiva é pensar em acionar o Ministério Público, mas já o fiz uma vez, em conversa informal com o promotor responsável pelo meio ambiente e não rendeu nenhum efeito prático. Nada foi feito. Ao contrário, como consequência do aludido problema um prédio onde funcionava o destacamento do Corpo de Bombeiro, responsável pela guarda salva vidas da Avenida Litorânea, foi engolido pelas areias.

Refiro-me a poderosa erosão eólica de nossas praias. A grande quantidade de areia que se acumula ao pé do aterro de contenção que sustenta a avenida. Material, que caso não encontrasse esse obstáculo construído pelo homem, iria se acomodar aos pés das falésias de nossas costas praianas.

A ausência contínua do poder público em suas mais diversas esferas e áreas tem feito com que lentamente percamos uma das mais belas paisagens de nossa cidade, pois o acúmulo dessa areia está literalmente tapando a visão maravilhosa que tínhamos dos mais de seis quilômetros de praia desse importante logradouro que embeleza a nossa querida cidade de São Luís.

Nós que já não temos muitas, nem boas áreas de lazer, estamos sendo expulsos especificamente desta, por aquela poderosa força da natureza, movida pelo vento e tendo como munição, minúsculas partículas de areia de praia, que nem por isso autoriza que essa manifestação da natureza deve ser preservada em sua forma voraz e descontrolada. A natureza deve ter sim prioridade, desde que ela não interfira nocivamente na vida diária da comunidade.

Já conversei com diversas pessoas e todas com quem falei são da mesma opinião: alguma coisa deve ser feita urgentemente para que a areia não tome conta, desordenadamente, de nossas praias. A areia proveniente da erosão eólica deve ser retirada dos locais onde se acumula e transferida mecanicamente para o outro lado da Avenida Litorânea, depositando-a no lugar aonde ela iria se acumular originalmente, caso não tivesse a interposição do obstáculo citado anteriormente.

Temos em São Luís e no Maranhão, de um modo geral, um Ministério Público bastante atuante no setor de meio ambiente, mas neste caso específico acredito que falte uma ação mais efetiva, não só dele, mas também da Prefeitura Municipal e de outros órgãos que poderiam ajudar para que problemas como esse não acontecessem e não precisassem de soluções, uma vez que a prevenção resolveria antecipadamente questão dessa natureza.

Não sei se a Câmara de Vereadores ou mesmo a Assembleia Legislativa, através de suas Comissões de Meio-Ambiente e de Turismo poderiam interceder para que esse problema seja superado de maneira satisfatória, e o mais rápido possível.

Espero que esse caso, que parece pequenino e que era insignificante 30 anos atrás, possa ser resolvido e que e que possamos recuperar a vista maravilhosa de nossas praias por falta de ação do poder público.

O que nos falta são líderes

Eu sei o que é um líder, mas fiz questão de recorrer a um dicionário para que tivesse uma definição perfeita do que significa a palavra líder, e mais do que isso tentar buscar uma explicação para o fato de, em nosso estado, o Maranhão e em nosso país, o Brasil, nós não termos líderes.

Vejamos o que diz o dicionário. “Líder: indivíduo que tem autoridade para comandar ou coordenar outros; pessoa cujas ações e palavras exercem influência sobre o pensamento e comportamento de outras”.

Para ser um líder o sujeito não precisa ser um mandatário, ter um cargo político, ser vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente. Um líder não precisa mudar a praxe e se denominar “presidenta”, uma vez que a líder resolve o problema com a simples utilização de um “a”, artigo feminino que define o sexo do ocupante do cargo presidencial.

Alguém disse que o que nós brasileiros realmente precisamos é de termos menos opinião e mais conhecimento. A democracia universaliza o direito à opinião, mas esta de nada vale se ela não é embasada em conhecimento sólido, caso contrário, nada mais será que reflexo do conhecimento de outros, manipulando a massa insana, sedenta de direitos e com pouca, quase nenhuma, visão de deveres e de cidadania.

Como um país que não tem uma educação descente pode gerar líderes? Eu estou querendo demais. Somos produtos de nossa própria biomassa. Dela não vão sair líderes da estatura de um Gandhi, de um Churchill, de um Mandela, de um Lincoln, ou mesmo de nomes nem sempre bem recomendados como Peron ou Vargas. É bem verdade que algumas sociedades geram líderes como Hitler e Mussolini, mas essas são exceções que apenas confirmam a regra: Os homens precisam de líderes. De bons líderes. Os maus líderes, estes devem ser descartados.

É bom que se ressalte que um líder não se faz sozinho. É preciso que os corações e as mentes das pessoas, seus olhos, ouvidos e intelecto estejam propensos a aceitar a liderança daqueles que se destacarem a sua frente.

No Brasil, podemos contar nos dedos os líderes verdadeiros que tivemos. Cabral foi o primeiro comandante desta terra, mas jamais foi seu líder. Antes dos portugueses os chefes indígenas seriam verdadeiros líderes?

Zumbi foi um líder? Acredito que sim. O claudicante D. João VI foi um líder. Mesmo sendo um fraco, ele foi um líder. Tiradentes foi um líder? Penso que foi mais um mártir. Caxias foi líder nas revoltas civis do império e na guerra do Paraguai? Prestes foi um líder, mesmo que de uma pequena parcela de pessoas.

Vargas foi líder. JK foi líder. Tancredo e Ulisses foram líderes. Lula é líder. Nem Dilma nem Aécio o são. Veja que é fácil citar lideres políticos, mas líderes populares que tenham o respeito do povo de forma espontânea nós não temos. Temos ídolos como Pelé e Roberto Carlos.

Um povo sem líderes é um povo sem guias, um povo sem direção.

No Maranhão acontece a mesma coisa só que de forma mais paroquial.

Meu pai foi um líder amado e seguido na região do Vale do Pindaré. O mesmo aconteceu e ainda acontece em várias regiões, mas essa liderança é etérea, passageira, como toda liderança o é, sendo esse tipo de liderança é muito mais frágil e volátil que as outras.

É bom que se ressalte que há diferenças fundamentais entre liderança e chefia. O líder é antes de tudo amado e respeitado enquanto o chefe é apenas temido, como prevê Maquiavel no capítulo XVII de “O Príncipe”.

No Maranhão Magalhães de Almeida foi líder. Vitorino foi líder. Sarney foi líder. Flávio Dino é nosso governador e deseja ser um novo líder. O seu trabalho e o tempo dirão se ele conseguirá ser reconhecido como tal.

Porém, nós maranhenses e nós brasileiros precisamos de um outro tipo de líder. Um que nos oriente independentemente de política partidária, um que se destaque por bravura, pela falta de compromisso consigo mesmo e por total compromisso com tudo aquilo que for correto e melhor para nosso estado, nosso país e nossa gente.

 

 

 

 

Ainda sobre a eleição na OAB-MA

Muito se tem falado sobre a surpresa que foi o resultado da eleição da OAB – MA e por isso resolvi também dar minha contribuição para esse debate.

Comecei nesse negócio de política como assessor de meu pai, quando isso ainda era permitido, nos idos de 1979, mesmo que antes, desde menino, o tenha acompanhado por muitas de suas andanças pelo Maranhão. Digo isso para comprovar que conheço um pouquinho sobre política. Pelo menos tempo para isso eu tenho, se não aprendi, não é culpa dos mestres que tive, que, diga-se de passagem, foram os melhores.

O que se viu recentemente, menos do que a grande maioria palpiteira até agora aludiu, foi um sintoma simples de um organismo constipado. Explico: É importante que seja dito que a OAB do Maranhão vem, há muitos anos sendo controlada por um mesmo grupo e que os tempos atuais são de mudanças, onde a população e as classes buscam novas lideranças e principalmente alternativas de grupos que os representem.

A politica classista é diferente da política popular. A diferença de esclarecimento do eleitor de uma para o de outra é abissal. A classe dos advogados não pode ser auscultada e auferida da mesma forma, com os mesmos instrumentos e a mesma lógica que a grande massa popular.

Especificamente nesta eleição o que se viu foi uma abstenção imensa, o que sempre prejudica muito mais quem estiver na situação, e um maior comparecimento da grande quantidade de jovens advogados com menos de dez anos de vinculação à Ordem.

Os dois fatores citados anteriormente, por si só já justificam uma eleição vencida pela oposição por uma diferença de menos de 200 votos.

Mas o que tenho visto e ouvido é uma enxurrada de desculpas esfarrapadas de um lado e alegações politiqueiras de outro.

Se de um lado algumas pessoas acham que faltou trabalho por parte do grupo que mantinha até agora a hegemonia da OAB-MA, e estão errados ao tentarem arrumar culpados pelo insucesso da campanha, por outro, alguns analistas creditam que o resultado dessa eleição seja um rotundo “não” ao governador Flávio Dino, uma vez que o grupo derrotado é ligado a ele. As duas teorias são completamente falsas. Uma porque caça bruxas, outra porque as demoniza.

A partidarização de eleições classistas é uma prática comum na nossa adolescente democracia assim como nas democracias mais maduras e colocadas à prova.

Culparem a candidata derrotada, seus apoiadores, membros de sua chapa ou mesmo o governador do Estado é um absurdo. Desconhecer que a chapa vencedora conseguiu aglutinar mais votos, menos por desacordos fundamentais com a atual administração e muito mais pelo fato de quererem tomar em suas próprias mãos os destinos de suas carreiras e profissões, sem contar com o fato de ambicionarem espaços importantes no cenário da advocacia de nosso Estado, é igualmente absurdo.

A eleição de um novo grupo para dirigir os destinos da OAB – MA, menos que uma derrota para alguém ou uma vitória para outrem, é um sinal dos tempos pelo qual passamos. Um tempo que coloca anualmente no mercado de trabalho de nossa terra mais de mil novos advogados. Foi esse o fator primordial dessa eleição, o voto jovem, de uma classe pouco manipulável, que deseja agarrar com unhas e dentes seus próprios destinos.

Como diriam alguns amigos meus, “simples assim!”.

 

O Cúmulo da Intimidade

Faz algum tempo que não escrevo e por isso mesmo nada tenho publicado aqui neste espaço, onde desde 1990 custumo fazer ecoar minhas ideias, sejam elas resultantes de minhas reflexões literárias, políticas, filosóficas ou que tais.

Não tenho conseguido arrumar minhas ideias com a devida clareza, me falta um discurso mais alinhado. Neste caso, o alinho que falta é em meu texto, e isso se deve ao fato de que minha mente tem sido campo de batalha para uma luta incansável de meu intelecto com minha capacidade de traduzir em discurso ou texto, tudo o que há de potencial nele.

Tenho pensado muito e tido pouca capacidade de transformar esses pensamentos, essas ideias e suas reflexões em comunicação. É que esses têm sido tempos difíceis! Olhe que têm mesmo, pois para me deixar sem palavras só sendo tempos realmente difíceis.

Ando muito decepcionado com pessoas que imaginava serem criaturas superiores, mas que acabo descobrindo que não são, no entanto já deveria estar acostumado, esse é o movimento natural das marés humanas. E ainda há quem culpe a lua!

Como não tenho tido capacidade de traduzir o que há dentro de mim vou lançar mão da ideia inicial de outra pessoa para desenvolver o meu texto de hoje. Faço isso ao comentar com vocês um assunto que me foi chamada atenção pelo meu irmão Nagib, num dos almoços de domingo na casa de dona Clarice, minha mãe.

Trata-se do fato de algumas pessoas não atenderem ao chamado dos telefones, ou quando fazem isso, o fazem somente depois dos pobres miseráveis assessórios eletrônicos terem ficados roucos de chamarem.

A távola dominical de minha mãe, como imagino que sejam as de todas as famílias, menos que sustentáculo de pratos saborosos, é aparato de muitas e deliciosas conversas familiares, que acabam por se transformar em corte epstemológico de nosso tecido social. Naquela sala, tenho certeza se retratam todas as salas de todas as famílias de nossa terra, sem separação de condição social ou financeira.

Como resultado das conversas daquele domingo, ficam aqui três frases para seu deleite e sua análise, uma vez que o novo padrão de tamanho de texto deste jornal me impede de fazer uma análise mais aprofundada sobre o tema.

1 – Nos dias atuais, a maior demonstração de intimidade que pode haver entre as pessoas, graças às novas mídias e tecnologias, é falar com alguém ao telefone.

2 – Whatsapp, Instagram, Faceboock, Twitter, Snapchat … Tudo isso só distancia mais as pessoas, as tornam mais superficiais, telegráficas. Aparentemente as pessoas se comunicam mais, porém na verdade comunicação vai além do que hoje acontece.

3 – Quem usa muito as redes sociais fica mais conhecido, porém muito mais distante, muito menos íntimo das pessoas. A proliferação de suas opiniões na rede, de suas caras nas fotos de seus posts, de forma alguma substituem a convivência pessoal, o aperto de mão, o abraço fraterno…

Tenho certeza de que com essas três frases vocês poderão fazer o almoço deste domingo ser pano de fundo para um bom debate e uma maravilhosa convivência em família.

Um sonho para compartilhar.

Eu tive um sonho… E no comecinho, do que me lembro dele, vi o reverendo Martin Luther King, que me dizia: “Se estás tentando me plagiar tens que colocar o verbo ‘ter’ no presente!” Mas eu não queria plagiar descaradamente o líder dos direitos civis! Eu tive mesmo um sonho no qual eu havia me elegido governador do Maranhão.
Elegi-me pelo PCB e meus maiores cabos eleitorais eram Maria Aragão e João do Vale. Estava nas mídias nacionais e internacionais como o primeiro governador eleito pelo Partido Comunista Brasileiro. Fui recebido por Prestes, que naquela altura havia até ressuscitado, tal qual Cristo, só para me dizer do orgulho que sentia por ver que logo o Maranhão, um lugar tão atrasado, havia dado ao Brasil seu primeiro governador comunista.
Eu convoquei, para me assessorar, os melhores quadros que havia nas fileiras dos exércitos que me levaram a aquela privilegiada posição. Nessa hora, dentro de meu próprio sonho, lembrei-me de gigantes da história mundial e de algumas de suas famosas frases como aquela do sonho do senhor King, que não se deveria perguntar o que nosso país poderia fazer por nós, mas nos colocarmos a fazer coisas em benefício de nosso país como falou JFK, que o comunismo não é amor, mas um martelo com o qual se deve golpear o inimigo, segundo o mestre Mao ou aquela outra, também dele, que diz que a bosta do gado é mais útil que os dogmas, pois com ela se faz estrume…
De repente meu sonho saltou no tempo e no espaço, e fui parar em um imenso auditório onde eu falava em mandarim para uma atenta plateia de membros do PC chinês, que me ouviam falar sobre as oportunidades de negócios no Brasil, especialmente no Maranhão, e eu os convidava para implantarem algumas indústrias aqui, para que aproveitassem o aço que iria ser produzido pela siderúrgica que o governo chinês e a Baoshan Iron & Steel Co iriam construir no mesmo lugar onde outrora seria a Refinaria Premium, da Petrobrás.
Meses antes, isso aparece em flash back em meu sonho, meu governo havia feito um acordo com a Petrobrás e ficamos com o terreno e com as obras ali realizadas por ela, e oferecemos aos comunistas chineses, para que nele fosse instalado todo um complexo industrial que garantisse ao Maranhão o progresso do qual tanto precisamos.
Abruptamente, no meio de meu sonho, aparece Ademir Santos gritando: “Se tu estás pensando em escrever domingo, sobre esse teu sonho, trata de sonhar pouco, pois só tens 3.200 toques!”. Peguei um susto tão grande que até acordei. Mas como faço desde muito jovem, sou capaz de voltar para os sonhos que porventura sejam interrompidos por um despertar inapropriado.
Voltei a dormir e a sonhar que eu era governador do Maranhão e que estava trazendo para nosso Estado grandes investimentos industriais que de forma encandeada, fariam do nosso estado uma grande potência econômica de nosso país.
Em meus devaneios oníricos, fazíamos negócios com Andrew Carnegie e com Cornelius Vanderbilt, um no setor de aço e o outro no setor de ferrovias.
Meu sonho era o sonho de um megalômano, um maluco com um pouquinho de informação e um pouco menos de cultura que sabe até dormindo das excelentes condições geográficas e logísticas de nosso Estado que favorecem a grandes empreendimentos, e de como atrairmos os chineses para cá, para implantarem uma siderúrgica e no entorno dela construírem outras indústrias de transformação e exportação para o mercado sul-americano! Isso seria equivalente a inventar a pólvora, que é criação dos mesmos chineses.
Reconheço que meu sonho é difícil de realizar-se, mas acredito que todos nós, principalmente quem mais pode fazer esse sonho se transformar em realidade, deveria sonhá-lo um pouquinho.

A Satisfação do Dever Cumprido!

Na semana passada, quando soube que o time infantil de handebol feminino da Escola Barbosa de Godois havia se sagrado campeão dos Jogos Escolares da Juventude (leia-se JEBs infantil, de 12 a 14 anos), em Fortaleza, comecei a rir um riso solto, proveniente de uma alegria incontrolável, que desaguaria em um choro miúdo, de lábios trêmulos, culminando com um grito da mais pura erupção de felicidade e satisfação.

Quem me lê agora imaginará que um filho meu seja o treinador dessa modalidade nessa escola ou que uma neta minha seja uma das atletas que conquistaram esse importante feito para nosso esporte. Mas não é nada disso, não! O motivo de toda essa minha alegria, de toda a minha felicidade e satisfação é devido ao fato de eu ter podido contribuir um pouquinho com essa façanha realizada pelas alunas do Barbosa de Godois.

Em 2012, em meu segundo ano como secretário de Esportes do Maranhão, recebi um convite do professor Eduardo Teles para visitar sua escola e ver de perto um treino de sua equipe. Fui até à Escola Barbosa de Godois para ver as condições de treinamento das equipes de alunos atletas que ali estudavam. Cheguei lá e encontrei um pátio de colégio, com piso de ladrilho de cimento, em declive para um lado, com uma canaleta de esgotamento pluvial numa borda. Não havia traves, tabelas ou redes para nenhuma modalidade esportiva, mas haviam duas traves pintadas nas paredes, em cada lado da escada de acesso da escola, onde os atletas treinavam chutes e arremessos a gol.

O que vi me comoveu e eu saí de lá decidido a que se nada eu fosse capaz de fazer pelo esporte escolar de meu Estado, por aquelas crianças tão dedicadas e por aquele abnegado professor eu iria fazer alguma coisa.

Chamei uma técnica em projetos de lei de incentivo e encomendei a ela que fizesse um que possibilitasse instalarmos uma quadra poliesportiva onde antes se encontrava uma gigantesca e centenária árvore. Assim foi feito. Aprovado o projeto, apresentei à Cemar que de imediato, vendo o alcance da ação social que isso desencadearia, patrocinou de pronto o projeto e em 2013 inauguramos a Quadra Poliesportiva da Barrigudeira, na Escola Barbosa de Godois.

Feito isso, entregamos a obra para a diretora da escola que por sua vez repassou-a ao professor Eduardo Teles, que já vinha trabalhando com aqueles jovens e a partir daquele momento tinham um equipamento capaz de suprir suas necessidades de treinamento.

Eu sempre soube que aquela pequenina obra que custou menos de R$ 400 mil, seria uma das maiores obras de minha administração frente à Sedel, não apenas por aquela secretaria ser muito pequena, com um orçamento anual pífio, não por isso, mas porque mesmo com o investimento daquela pequenina importância monetária, estaríamos trabalhando onde mais era preciso que se trabalhasse, na base, de onde surgem os grandes valores atléticos de nosso país.

Agora, escrevendo este texto, ainda me vem um riso farto, seguido de um choro surdo de felicidade, de certa forma por não ter sido capaz de fazer mais, mas com certeza o fiz com muito amor e sempre procurando fazer o melhor possível.

A vitória das meninas do Barbosa de Godois, de seu treinador, da diretora da escola, de seus professores, funcionários e alunos é também uma vitória do esporte maranhense, uma vitória de todos os nossos jovens atletas que precisam ser apoiados e de toda nossa brava gente.

Ao ver que simplesmente cumprindo minha obrigação de gestor de esporte do nosso Estado, plantando uma sementinha onde antes havia uma imensa árvore, e dela ver brotar tantos talentos em forma de jovens atletas campeãs, isso por se só solta meu sorriso e me faz sentir uma enorme satisfação pelo simples fato de ter cumprido bem o meu dever.

 

3.200 toques!

Meu querido amigo Ademir Santos, editor deste jornal, ligou-me para dizer que a partir de agora eu só posso mandar-lhe textos com no máximo 3200 toques, pois o novo design gráfico do diário assim o exige. Argumentei que desta forma vai ficar difícil eu continuar escrevendo e publicando na coluna dominical de opinião deste jornal.

Depois do telefonema de Ademir fiquei imaginando o que farei com alguns textos atemporais que já produzi sobre o dia a dia da cidade e que ainda não publiquei. Será uma pena não poder comentar com vocês sobre minha amiga Maria Aragão, sobre as funções despertadoras de minha bexiga, quanto ao reflexo das ações esportivas e culturais sobre o direito à cidadania… Pelo que parece vou ter que escrever sobre coisas mais tênues, mais rasas, como por exemplo, política.

Por falar em política, um sujeito me perguntou outro dia se Edison Lobão Filho realmente acreditava que venceria a eleição de Flavio Dino. Respondi que eu pensava que ele acreditava que venceria! Não satisfeito, o cidadão perguntou se eu acreditava que ele, ELF, venceria FD na disputa pelo governo do Maranhão. Respondi que eu sempre achei que aquela eleição não apenas sacramentaria a vitória de Flávio, mas que ela era uma derrota anunciada de nosso grupo político, graças a uma infinidade de movimentos, totalmente equivocados, que “nós” fizemos nos anos que antecederam a tal eleição. E disse mais, que eu havia dito a ELF que ele deveria se candidatar ao senado, já que Roseana resolvera não se lançar. Se ele tivesse feito isso certamente teria ganhado. Mas comentar política depois do acontecido parece incorreto. Ainda bem que o fiz antes também.

Será que já ultrapassei o número de toques por texto? Agora tenho que me policiar. Vou arriscar mais um assuntinho!

Um passarinho me contou que o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim já está conversando com o ex-prefeito Luís Fernando Silva sobre a eleição do próximo ano naquele município. A conversa giraria em torno da possibilidade, de com uma cajadada só, matarem todos os coelhos, e sacramentarem a candidatura de LFS a prefeito de São Luís pelo PSDB, uma vez que Gil Cutrim aceitaria apoiar a candidatura de seu vice, Eudes Sampaio, muito ligado a Luís, indicando o vice na chapa deste. Que confusão!

Trocando em miúdos: A candidatura de Eudes Sampaio a prefeito de SJR, tendo como vice um indicado do prefeito GC, abre a possibilidade de Luís Fernando Silva vir a ser candidato a prefeito de SLZ, pelo PSDB. Ufa! Santas elucubrações! Tantas abreviações!

Se esse quadro se materializar, coisa que não acredito que aconteça, a eleição em São Luís ficará bem intrincada. Se antes tínhamos uma polarização entre o prefeito Edivaldo Junior e a Deputada Elisiane Gama, com a entrada de Luís Fernando Silva na disputa, o resultado ficaria totalmente imprevisível uma vez que o maior eleitor desse pleito, Flávio Dino, teria em partidos ligados a si os três candidatos na disputa.

No fundo no fundo, imagino que esse quadro seria o que de melhor poderia acontecer para a politica de nossa capital e para o futuro de nossa cidade. Quem sair vencedor dessa disputa terá muito mais compromisso com nossa gente.

Acho que consegui ficar mais ou menos dentro do limite de toques imposto pela editoria de opinião deste jornal, só não sei se meus leitores vão gostar deste novo estilo enxuto, quase seco.

 

O Perigo do Efeito Orloff

Em 2013 escrevi alguns textos falando sobre as mudanças que aconteceriam numa eventual troca de grupo político no comando do governo de nosso Estado. Esses textos fizeram com que eu recebesse uma ligação do então candidato e hoje governador Flávio Dino que me disse que eu era um homem de pouca fé, que era um descrente, que não acreditava que ele seria capaz de proceder de maneira diferente da “oligarquia”.

Expliquei-lhe que não se tratava de não acreditar em seus propósitos e em suas intenções, muito pelo contrário, que eu acreditava nelas e era isso que mais me preocupava, pois se ele não conseguisse implementá-las, resultaria numa grande decepção, numa grande frustração, não apenas para seus eleitores, mas para todos em nosso estado, pois mudanças cíclicas são muito importantes e necessárias.

Os detentores do poder deveriam saber disso e para prolongarem seu tempo no comando deveriam ciclicamente afastar-se dele para depois voltarem melhor preparados, mas o poder vicia e esse vício faz com que pessoas inteligentes não pensem da forma que deveriam pensar.

Naquela época eu dizia em meus textos que numa eventual mudança de comando político em nosso Estado, mudariam os nomes, mudariam até as diretrizes, mudariam inclusive algumas posturas, mas o sistema em si mudaria muito pouco ou quase nada, pois o chassi onde o poder está montado, este só muda quando há uma completa mudança de modelo, quando o projeto é totalmente novo e não traz nada do passado. Nada neste caso significa apoiamentos e compromissos que possam fazer o novo poderoso continuar preso a conceitos e práticas antigas. A coisa mais importante no “novo” é a total independência, o descompromisso com quem quer que seja, mas para o novo ser verdadeiramente novo ele também precisa ter atitudes elevadas, altruístas, nobres…

Veio a eleição e Flávio se elegeu. Na época me manifestei também aqui nesse espaço dizendo que após seis meses faria uma análise sobre seu governo. Os seis meses se passaram e resolvi dar mais 180 dias de prazo para mim mesmo, para que eu pudesse melhor avaliar, haja vista esses seis primeiros meses mostraram-se escassos para uma análise mais justa e coerente do novo governo, uma vez que as peças novas montadas na antiga máquina ainda não renderam o suficiente para que possam ser analisadas de forma justa.

No entanto, existem algumas coisas que posso adiantar sem medo de fazer algum mau juízo, coisas estruturais, programáticas, algo que poderíamos analogicamente chamar de sangue venoso e sangue arterial, aqueles que fazem o corpo funcionar satisfatoriamente. É sobre essas observações que passo a tratar agora.

Conversando com alguns amigos que tenho dentro do atual governo, disse-lhes de minha preocupação quanto a sensação de que nele, de bom mesmo só haja o próprio Flávio Dino. De que as peças da máquina estão muito aquém do maquinista. Sei que essa sensação é falsa, pois sei do grande valor individual de alguns membros do governo, tais como Marcelo Tavares, Felipe Camarão, Marcellus Ribeiro, Marcos Pacheco, Rodrigo Lago, Robson Paz, Márcio Jardim, Ted Lago, Bira do Pindaré, Francisco Gonçalves e mesmo, do algumas vezes tão injustamente criticado, Márcio Jerry, entre outros poucos.

Criticar Flávio Dino por permitir que Márcio Jerry detenha grande poder de influência e de decisão em seu governo é no mínimo ter memória curta e não ser capaz de se lembrar do que fazia Jorge Murad nos governos de Roseana, Azis no governo Jackson, Alexandra no governo Zé Reinaldo, Milhomem e Edinho no governo Lobão, dona Isabel no de Cafeteira, Teixeira com Luiz Rocha, Zé Burnet com Castelo, Araújo Careca com Nunes Freire e Jaime Santana com Pedro Neiva.

O que está errado agora assim como antes, é os mandatários comissionados agirem de forma mais dura que o necessário para quem é apenas um comissionado. Maquiavel falou sobre isso. O príncipe pode e deve delegar poderes, mas o secretário deve usá-los com a devida sabedoria e delicadeza para que não transpareça ser dele o poder originário, pois poderá causar ciúmes em uns e raiva em outros.

O segundo ponto que gostaria de tocar diz respeito ao fato do atual governo demonstrar uma fixação maior com o passado, que a devida obsessão que precisa ter com o presente e com o futuro de nosso Estado.

Não se pode negar que FD implantou novas práticas na gestão pública, mas também não se pode dizer que todas são eficientes, mesmo que sejam aparentemente salutares.

Ter descartado quase todos os funcionários que faziam a máquina estatal funcionar fez com que ela não funcionasse nos primeiros meses de governo. Agora é que ela está começando a se mover. Nisso o governo errou feio.

Esses funcionários não são, nunca foram e nunca serão partidários de ninguém. São eles que fazem o Estado andar. Seus substitutos foram orientados a repudiar qualquer conversa com quem quer que fosse. Aterrorizados tiveram ainda mais dificuldade.

O terceiro e último ponto que eu gostaria de comentar é sobre a totalmente equivocada forma de comunicação que o atual governo adotou. Em quase nove meses, tempo de um parto, não conseguiu fazer uma licitação para esse importante setor da administração e usa alguns Blogs, o Twitter, o Facebook, o Instagram e outros veículos mais para combater os adversários do que para se comunicar com a população. Esse erro poderá custar muito caro ao governo que não consegue enxergar e saber que uma coisa é campanha politica e eleitoral e que outra é o dia a dia da administração pública.

O velho mestre Nicolau também tem uma lição para isso. Existem formas distintas de agir. Uma para tempos de guerra e outra para tempos de paz. Mas se Maquiavel não seduzir com suas palavras, tentem as da Bíblia que diz que há um tempo para cada coisa, tempo de plantar e tempo de colher…

Não sou adversário do atual governo, nem sou seu correligionário. Sou apenas um maranhense que quer ver seu Estado bem administrado. Que antes exigia dos antigos mandatários as mesmas coisas que exige dos atuais e que exigirá dos futuros: Procurem fazer o melhor possível; Sejam inteligentes e por isso, humildes; Olhem para frente sem se esquecer do passado e não o contrário; Ouçam o que dizem seus amigos com os dois ouvidos, mas reservem um deles para ouvirem aqueles que nem sempre concordam com vocês; Cuidado com o Efeito Orloff…

A Pedra e a Palavra recebe prêmios em Portugal

Um dos participantes do Polo de Cinema Ficcional, Documental e de Animação do Maranhão, o Cineasta e membro das AML, da AIL e do IHGM, Joaquim Haickel, recebeu no último dia 23 de julho, dois prêmios por seu longa-metragem A Pedra e a Palavra.

O filme mostra a vida e a obra do Padre António Vieira, que viveu no Maranhão por 9 anos, tendo construído aqui boa parte da fama que carregaria pra depois de sua morte.

1-Troféus

 

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“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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