Mulher-Borboleta

Cavalos brancos
feitos de nuvens,
de sonhos.
Veleiro com velas de flores,
choronas.
Uma mulher-vulcão,
em erupção.
Moinhos de vento
asas de borboletas.
mulher liquida feita de mar
amando
homem sólido feito de pedra.
Flor pegando fogo. Pétalas feitas de gente.
Moça dormindo na praia.
Ondas como lençol e livro como companheiro.
Enquanto isso,
um cara navega nas ranhuras da madeira.
Coitado!
Os cavalos brancos desceram das nuvens,
agora são uma avalanche de neve.
Pavio de vela em forma de mulher.
Pegando fogo.
Labareda.
Mulher-montanha.
Cabelos de cachoeira. Se derramando.
Menino travesso escondendo lixo debaixo do tapete
deus ta vendo.
Mulher, apoio erótico,
de livros.
Mulher borboleta presa dentro de um livro de poesia.
Vela servindo de farol par um pequeno barco.
Perdido.
Alimento básico.
Ovo feito sol.
Arvore- Janela- Atlas.
Caravela voadora.
De velas,
asas de borboletas.

1 comentário em “Mulher-Borboleta”

  1. Esse é mais um de seus poema-reportagem. Você narra o que esta se passando, o que esta vendo, de maneira poética. A impressão que fica é que esse poema é a resenha de um filme ou a impressão que ficou de uma exposição de pinturas! Prefiro uma poesia mais solta…

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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