O Segredo.

Hoje gostaria de conversar um pouco com você sobre o mais novo fenômeno editorial do planeta. Trata-se do livro e do filme baseado nele.

Com toda certeza você já viu um filme ou o leu um livro e ficou com a nítida impressão de que o que estava vendo ou que estava lendo, tinha saído de dentro de você, de sua cabeça, de suas entranhas. Isso já deve ter acontecido com quase todo mundo, pelo menos comigo já aconteceu algumas vezes. A última vez foi há pouco mais de um mês quando em uma livraria dessas de aeroporto, olhei na prateleira um livro chamado e fiquei compelido a comprá-lo.

Durante o vôo passei rapidamente a vista no livro e constatei que o assunto era extremamente interessante. Ao chegar em casa, de madrugada, cansado e com sono, coloquei o livro sobre a minha mesa e esqueci dele por algum tempo, até quando meu amigo Antonio Leda Neto, responsável pelo setor de informática de nossas empresas me perguntou se eu não gostaria de ver um filme que ele acabara de baixar na Internet. Respondi que dependia do filme. E não é que o tal filme não era outro que não baseado naquele livro, que eu havia comprado e não terminara de ler!?

Leda instalou o filme em meu computador e como sou viciado em áudio-visual, vi e ouvi pela primeira vez o filme, antes de terminar de ler o livro. Digo pela primeira vez, porque de lá pra cá já vi o filme e li o livro um montão de vezes e não me canso.

Não sou muito chegado nesse gênero, os tais livros de auto-ajuda, que ao contrario do que muita gente possa imaginar, não é novo, é até bem antiguinho. A primeira vez que vi um desses foi por volta do ano 72 do século passado. O livro chamava-se Como fazer amigos e Influenciar as pessoas e foi escrito pelo americano Dale Carnegie e publicado nos EUA pela primeira vez em 1936.

Acho O segredo um tanto diferente de outros livros de auto-ajuda. Um amigo que também leu o livro e viu o filme, comentou comigo sobre o que ele acha desse tal Segredo, sobre o que realmente ele entendeu dele. Nas palavras desse amigo, o livro e o filme tratam de um assunto que invariavelmente todos nós já comentamos pelo menos uma vez na vida: O pensamento positivo, ou como esta forma de pensar e agir é denominada no livro: A lei da atração.

Em parte até concordo, mas em minha opinião, acredito que chamar a Lei da atração de pensamento positivo é restringir e muito o siguinificado deste postulado. Pelo que entendi, a Lei da atração é o planejamento, a programação que nós fazemos pra nossa vida, no dia a dia. Uma espécie de roteiro feito de palavras, pensamentos, sentimentos e atitudes que definem a nossa agenda de um dia, de uma semana, de um mês, de um ano, de uma vida inteira.

Quando acabei de ver o filme, da primeira vez, tive um acesso de riso e choro, simultaneamente. Pensei que estivesse enlouquecendo. É que faço isso que o livro prescreve desde que me entendo por gente. Aprendi com meu pai, que ao acordar, por volta das quatro ou cinco da manhã, pegava uns cartões e uma caneta, daquelas com quatro cores, e fazia sua agenda do dia, insistentemente, até ela estivesse afinada, em seqüência espacial e temporal, e mais ainda, repetia tanto que chegava quase a absorvê-la, a realizá-la.

Na ultima quinta-feira, numa mesa de bar, conversando com uns amigos, surgiu o assunto do Segredo. E qual não foi a minha surpresa quando uma mocinha linda, branquinha como uma pintura de Boticcelli, uma verdadeira Eva, sagitariana com ascendente em sagitário assim como eu, contou pra todos os presentes que teve a mesma sensação que eu tive ao ler o livro e ver o filme. Além de em boa companhia, fiquei aliviado. Graças a Deus essa sensação não aconteceu só comigo.

Pode ser que alguém não goste dessa minha crônica só porque nela falo de mim, de um livro que li e um filme que vi, das coisas que aprendi com meu pai. Sinto muito, mas não pude resistir ao fato de abordar esse assunto. É que eu precisava de uma deixa para poder dar essa dica para algumas pessoas. Comprem esse livro, ele vai abrir portas e janelas em sua mente e boas oportunidades em sua vida.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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