II

Absorvo o branco como ele me absorve.
O falso branco da alma
O branco avermelhado dos olhos
O branco amarelado dos dentes
O branco quase transparente das unhas
O branco encardido dos tênis
O xulé branco e azedo das meias colegiais
O branco esporrado da cueca.
O branco que há
na camisa azul
estendida no varal do peito.

8 comentários em “II”

  1. Ao clicar no seu blog essa manhã, entrei com minha alma cinza, sem graça e nem cor, magoada (p/ não dizer decepcionada) com o desenrolar dos meus dias, mas depois de acordar já cansada,(p/ não dizer desiludida) de qse tudo no meu mundo avermelhado(cor de sangue das lágrimas que ameaçavam através dos meus olhos derramar)de repente ao te ler(e compreender) na pureza do branco das suas palavras, lavei meus pensamentos e de cinza avermelhado, meu coração tornou-se azul, azul na mágica sensação de reverenciar o céu, o mar, e toda a vida que em mim ainda insiste em habitar.Obrigada você me renovou as esperanças (que eu já nem sabia que existia) de ver minha alma tornar-se furtacor, refletindo a luz e o calor dos raios do sol, como outrora já em mim brilhou.É por isso que admiro tanto vc, bjo bom dia e obrigada mais uma vez.

  2. Olá Joaquim,
    Vc só esqueceu do “branco triste das nuvens em dia de chuva”, ao qual derramamos lágrimas de saudades dos amigos e amores já tão distantes….
    Meu branco amigo, de tão branco que és, se tornou transparente ao escrever esses versos, continue, como um cristal que envolve uma jóia rara, para que com vc, possamos desfrutar desses pequenos prazeres de pura magia e sedução !!!

  3. Deputado, o senhor é simplesmente supremo nas palavras… Definiu perfeitamente aquela que justamente é considerada ausência de todas as cores… rs Abraço!

  4. Só p esclarecer: o branco não é ausencia de cores e sim a mistura de todas elas. A ausência de cor é o preto!!!
    *** Informação para a postagem abaixo!

  5. Por que o nome é II??
    O branco que há
    na camisa azul
    estendida no varal do peito
    fiquei a tarde pensando nessa frase,
    branco visto com mil possibilidades
    curioso…

  6. Eu gostos dos seus escritos, contudo achei esse poema muito forte e ruim de “escutar”, contudo que compreendo que saiu de vocÊ e não poderia reprimir seus sentimentos e pensamentos por recato.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

Busca

E-mail

No Twitter

Posts recentes

Comentários

Arquivos

Arquivos

Categorias

Mais Blogs

Rolar para cima