Cidadãos Maranhenses.
Importante: Você, que gostou especialmente da minha crônica de domingo passado, saiba que existem algumas coisas que precisam ser ditas e outras que devem ser feitas, por isso se a crônica deste domingo não lhe agradar tanto, mesmo assim, não deixe de ler o que escrevo, pois pelo menos essa, é a forma de conversarmos.
No ultimo dia 22 de novembro a Assembléia Legislativa do Maranhão, em sessão solene, entregou o titulo de cidadã maranhense a senhora Renata de Camargo Nascimento.
Naquela manhã um grupo de jornalistas se perguntava quem era Renata de Camargo Nascimento e o que ela teria feito para merecer tal distinção. Em meio a isso meu amigo jornalista Marco Aurélio Deça levantou a tese de que a concessão de títulos de cidadania deveria ter critérios mais rígidos e escreveu uma matéria sobre isso em seu blog.
Primeiramente vou dizer-lhes quem é a Renata, o que ela fez e faz para merecer ser maranhense. Ela criou o Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão (ICE-MA) que se propõe a promover ações voltadas para a valorização das pessoas mais humildes e carentes, através da criação de uma consciência mais ampla e geral de cidadania, responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável, incentivando essas empresas a adotarem essas ações como princípio do seu negócio.
Ela nos reuniu para promovermos a nossa própria cidadania, possibilitando a cidadania de outras pessoas.
Através de sua atuação como presidente do conselho deliberativo do Instituto ALCOA e como membro do board da ALCOA Foundation, Renata direcionou para nosso Estado entre 2001 a 2006, mais de R$ 6.000.000,00 (Seis milhões de reais) em ações de responsabilidade sócio-ambiental.
Como membro do conselho do Instituto Camargo Correa, Renata vem apoiando diversos projetos em nossa terra. Exemplo disso é o Projeto Presenças, ação desenvolvida pelo ICE-MA, que visa fortalecer a atuação das organizações sociais, capacitando-as na área educativa, visando potencializar e qualificar as ações de seus educadores.
Alem disso tudo Renata é membro do Conselho da Associação Obra do Berço; do Conselho do Centro do Voluntariado de São Paulo; do Conselho da Comunitas; do Grupo de Mobilização e Comunicação da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo; do Comitê do Fundo Social Unibanco; do Grupo Orientador do Programa Itaú Social, dentre outros.
Mas a tese levantada pelo jornalista Marco Deça procede, no entanto temos que contextualiza-la, sob pena de desvirtuarmos o seu entendimento.
O titulo de cidadão tem sido realmente distribuído sem que se usem critérios mais rígidos. Infelizmente é assim que ocorre em todo lugar. A concessão do titulo de cidadão depende do entendimento do proponente e do consentimento de seus pares.
É por isso que a comissão de revisão do regimento da ALM e de adequação da constituição do Estado, que tive a honra de presidir nos últimos 120 dias, acaba de propor que só tenha direito a ser reconhecido cidadão Maranhense pessoas que tenham prestado relevantes serviços ao nosso Estado e que aqui residam há pelo menos 10 anos. Para os demais casos estabeleceu-se a medalha do mérito legislativo que leva o nome de um maranhense que se destacou em sua área de atividade, como por exemplo, na área esportiva, Canhoteiro, na área social, Maria Aragão, na área cultural João do Vale.
Ocorre que o fator subjetivo não deixará de existir. Melhor exemplo disso é a concessão de um titulo de cidadão para uma determinada figura que já mora no Maranhão a mais de quarenta anos e nada fez para ser considerado como um verdadeiro Timbira e, no entanto por força de lei, o é. Mas isso é apenas a minha subjetiva opinião, não é a opinião nem do deputado proponente, nem da ALM.
Da mesma maneira, existe também muito maranhense nato por ai, que não merece ser chamado de maranhense, por que nunca fez nada por nossa terra, alguns deveriam até perder o titulo de cidadão nato, enquanto há pessoas que nem nasceram no Maranhão, mas vem aqui frequentemente e trazem grandes benefícios para nosso Estado e para as comunidades e pessoas mais carentes.
Brech disse certa vez que Há homens que lutam um dia, e são bons; Há outros que lutam um ano, e são melhores; Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; Porém há os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis. Renata de Camargo Nascimento é uma dessas pessoas indispensáveis, e a mim, muito me honra que Renata seja minha conterrânea.
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