Duelo

Ele disse… 

Minha alma que estava de férias,

ao encontrar tuas safiras,

teus oceanos, azuis, profundos e iluminados

voltou rapidamentepara dentro de mim.

Minha consciência inconscientemente disse a mim mesmo: “Isso não é para te, meu amigo”.

Meu coração disparou. Em vão, tentou comandar o sangue em minhas pernas e me levar pra longe.

“Olá, como vai você, meu nome é…” Nem ouvi, estava hipnotizado.

“É um prazer encontrá-lo…” Havia uma voz angelical que falava e uma demoníaca que fazia a tradução simultânea, ao meu ouvido.

Surdo, balançava a cabeça, mais para ver se nela havia um cérebro ou se ele havia saído pra passear acompanhado de teu sorriso…

Ela respondeu… 

Seu abraço tem a habilidade de fazer uma mulher se sentir protegida;

Seu beijo derrete uma mulher;

Seu sexo conduz uma mulher ao êxtase.

Se eu tivesse que escolher, se fosse forçada a isso, escolheria seu beijo.

Mas, somente se eu pudesse tê-lo para sempre. Seu beijo… Eu poderia ser sustentada somente por seu beijo. Eu não precisaria de ar, de água. Nem de chocolate…

Eu esqueço os nomes dos outros homens antes mesmo deles irem embora. Eu esqueço as caras deles muito facilmente. Eu esqueço tudo sobre eles. As lembranças deles ficam borradas em minha memória que não as imprime.

Já você é como a tinta de uma tatuagem impressa e fixada em meu corpo.

Entra em mim e fica e assim eu te quero permanentemente. 

3 comentários em “Duelo”

  1. Tendências opostas

    Não importa p/ quem foi feito o poema, um poema é um poema feito pelo poeta e tem a finalidade da beleza, do encantamento e dependendo do momento de cada um, pode servir p/ ser ofertado a alguém querido…é só não esquecer de colocar o nome do autor.

    Lindo poema…diz de um descompasso entre um casal. Enquanto um ainda está zonzo pelo encontro o outro já avançou o sinal e já quer algo definitivo.

    Um pequeno retrato do que pode representar atualmente um encontro. Parece que o masculino anda temeroso e o feminino apressado e exigente…

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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