Política e religião: Tolerância.

Há algumas coisas que um político não deveria dizer ou fazer jamais. “Isso pega muito mal pra você”, me disse um publicitário amigo meu falando sobre a minha imagem. Segundo ele, tenho uma imagem muito boa em uma determinada faixa da sociedade, mas em outras ou sou um mero desconhecido ou, pelo fato de me ligarem ao grupo político ao qual pertenço, tenho uma imagem automaticamente associada à deles.

Apesar dessa advertência, há algumas coisas em que não vou mudar. Quem quiser, vai ter que gostar de mim assim como eu sou. Posso até tentar mudar em uma ou em outra coisa que não seja estrutural em mim ou em meu caráter, mas jamais tentaria mudar algo que pra mim é de decisiva e fundamental importância, como por exemplo, minha forma de me relacionar com meu Deus ou como me comportar moral e eticamente.

Imaginem se um marqueteiro chegasse pra mim e dissesse assim: “Para sua imagem ficar melhor você, que é bastante calvo, vai precisar a partir de agora usar uma peruca”. Se dependesse disso para minha imagem melhorar, pra eu ganhar votos e me eleger, estaria frito, pois isso eu jamais faria.

Se o mesmo marqueteiro dissesse que eu teria uma grande possibilidade de angariar mais eleitores se eu entrasse para uma igreja, qualquer que fosse ela, seria impossível para eu seguir esse conselho. Já se ele dissesse que eu devesse defender os interesses de um time de futebol, isso eu faria sem maiores problemas, desde que fosse a agremiação de minha predileção. Eu sou vascaíno e jamais vestiria a camisa do Flamengo na intenção de ficar bem na foto ou no voto.

Digo tudo isso porque hoje quero reafirmar aqui o que nunca escondi de ninguém: Eu não sou muito chegado à religião. A nenhuma delas, mas acredito firmemente em Deus. Em sua onipotência, onipresença e onisciência. Creio que Jesus, o homem, filho de Maria e enteado de José, tão filho de Deus quanto eu ou você, é o nosso maior e o melhor exemplo e que devemos fazer de tudo para tentar seguir seus passos. Tento firmemente ser cristão, o que para mim é seguir os ensinamentos e o exemplo do Cristo Jesus.   

Minha mãe que é uma mulher de extrema fé, uma católica fervorosa, tem suprido em parte essa minha carência dogmática a qual não faço muita questão de sanear.

Quero que Deus me permita amá-lo, respeitá-lo e honrá-lo longe da hipocrisia e da manipulação religiosa. É que eu já sou obrigado a conviver em um meio bem parecido com o da religião, a política, onde muitas vezes se você não seguir os dogmas, não rezar como querem os teólogos, gurus ou lideres, você é proscrito e excomungado.

Meu Deus não precisa de dogmas. Para mim o seu dogma é o natural, o amor, a paz, a compreensão, a generosidade, a bondade ou pelo menos a busca de todas essas coisas.

Mas ultimamente tenho freqüentado uma célula de uma igreja chamada Maranata, não por eu freqüentar essa igreja, mas sim por ser organizada por meu amigo Rafael Blume. Vou a sua casa ou às casas das pessoas que fazem parte dessa célula porque fui convidado, gostei e principalmente porque acho importante participar de grupos assim.

Nesse convívio, que tem sido bastante proveitoso, tenho visto que algumas pessoas realmente precisam de uma religião, de uma igreja de uma congregação para que seja possível efetivar sua fé e possibilitar seu engrandecimento enquanto ser humano. Mas tenho visto também e tenho comprovado nas leituras que fazemos lá, que um único sentimento, uma única ação resolveria quase todos os problemas e dificuldades do nosso dia a dia, do dia a dia de qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo: Tolerância.

Para onde quer que me vire, constato que com um pouquinho mais de tolerância por parte de todos, tudo ficaria bem mais fácil.

Amem!

5 comentários em “Política e religião: Tolerância.”

  1. Caro deputado Joaquim, acredito que o segredo de seu sucesso é decorrência direta de sua acachapante sinceridade. O bom ou quem sabe o mau uso que o senhor faz dela, lhe vale o respeito de uns e a inveja de outros e assim o senhor segue seu caminho, entre uns e outros.
    Tenha cuidado, pois tanto o respeito e quanto a inveja podem lhe causar muitos problemas. Dizer o que se pensa ou que se sente cobra um preço caro mais cedo ou mais tarde.

  2. BOM SABER QUE ESTAIS FREQUENTANDO UMA CÉLULA. CONHEÇO OS BLUME, BEM MAIS O DANIEL. ATÉ ONDE SEI, PESSOAS SÉRIAS. QUER UMA DICA? CONTINUE! NÃO POR SER DE UMA IGREJA OU RELIGIÃO MAS POR ESTAREM-ACREDITO EU- FALANDO E MEDITANDO SOBRE DEUS, O ESPÍRITO SANTO E DO EXTRAORDINÁRIO JESUS.
    AH! GOSTO BASTANTE DO SEU BLOG E DE SEUS COMENTÁRIOS, PRINCIPALMENTE QUANDO VC FALA DE POLÍTICA POIS COMO LEITOR, APRENDO BASTANTE! É ISSO! GRANDE ABRAÇO COM SAÚDE E A PAZ DO SENHOR PRA VC!!

  3. Caro deputado vc deverá fazer uma lista do possívéis vereadores eleitos de são luis,aquela q vc fez de deputado fez uuuuuuuum sucesso,e faça tb das cidades que vc tem conhecimento também.Forte Abraço

    Resposta: Meu amigo, eu não faço listas!

  4. SABE QUE APRECIEI MUITO A SUA SINCERIDADE,SABIA QUE HOUVE UM CENTURIÃO ROMANO,QUE TINHA UMA POSIÇÃO POLÍTICA,E QUE NÃO ERA CRISTÃO, MAS TINHA LÁ A SUA FÉ,E ASSIM POSSO LHE COMPARAR AO CENTURIÃO ROMANO,O QUE QUERO ARREMATAR COM ESTA PALESTRA, É QUE A SINCERIDADE DE CORAÇÃO VALE MAIS DO QUE ALGUMAS OBRAS DE FÉ CORROMPIDAS PELA HIPÓCRESIA.
    SE DEUS TIVER DE LHE ATENDER, ATENDE,E O CENTURIÃO ROMANO FOI UM EXEMPLO DISTO,EMBORA PAGÃO,JESUS NÃO DEIXOU DE LHE ATENDER NO PEDIDO DE CURAR O SEU SERVO,O QUE INTERESSA É A SUA CONDIÇÃO DE CORAÇÃO PERANTE DEUS, E NÃO O QUE ALGUÉM POSSA PENSAR DE SI.
    DEUS BREVEMENTE VAI INTERFERIR NOS ASSUNTOS DA HUMANIDADE, SENDO O SR. SINCERO COMO É, NÃO ERA NENHUMA ASNEIRA ESTUDAR O LIVRO SAGRADO,E VER A ONDE SE PODIA ENCAIXAR NOS ARRANJOS DE DEUS PARA A NOVA ORDEM DE DEUS AQUI NA MESMA TERRA EM QUE VIVEMOS,DEUS VAI RESTAURAR TUDO E TODOS OS SINCEROS DE CORAÇÃO,UM ABRAÇO.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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