Notícias de Havana 3

Meu filme, Pelo Ouvido ou como se diz em espanhol, Por el Oído, passou duas vezes no festival de Havana. Poucos tiveram este privilegio. Ainda por cima eu saí ganhando duas outras “cositas” mais. A segunda vez em que ele foi exibido foi numa sessão nobre, às 20 horas, no Cine Chaplin, um dos melhores de Havana, e antes de “Linha de Passe” de Walter Salles e Daniela Thomas que estava presente, munida de sua simpática timidez e a quem eu tive o prazer de conhecer em uma situação inusitada e magnífica.

Após a exibição de nossos filmes, fomos chamados por um dos diretores do festival, que nos disse que um senhor, alguém importante, que vira as películas gostaria de nos encontrar. Fiquei curioso para saber de quem se tratava. Minha imaginação é muito fértil. Fiquei viajando nos possíveis personagens daquela ilha. O grande Compay Segundo já havia morrido, Fidel não aparece mais em publico. Seria Raulzito!?

Foi quando reconheci de um documentário o senhor baixinho e sorridente que vinha de braços dados com Daniela e com Naomiee, uma carismática e amável atriz cubana que é apaixonada pelo Brasil e principalmente pelo Maranhão. O senhor era simplesmente Alberto Granado, companheiro na viagem de Ernesto Guevara, o Chê, retratado no cinema em “Diários de Motocicleta” do mesmo Walter Salles que junto com Daniela tão bem retratou a vida de uma “quase” família paulistana em Linha de Passe.

Para provar o que digo, abaixo anexo uma foto que tiramos, eu, Daniela Thomas e Jal Guerreiro, com ele e com sua esposa. Naquela oportunidade sentei-me no chão ao seu lado, pois ele era um pedaço da historia viva e eu o queria ver de baixo para cima.

Dias Depois seria a vez de conhecer outro monstro sagrado. Nós brasileiros fomos convidados para almoçar com ninguém menos que Alfredo Guevara, que nada tem haver com o Chê, mas é o homem que comanda o cinema cubano.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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