Sobre aquela noite

Eu poderia começar falando de sua boca e de seus beijos…

Poderia continuar falando de suas coxas e de seus seios…

E só poderia terminar falando de seu sexo e de seus jeitos…

Mas de tudo naquela noite, o que houve de melhor,

foi que depois de tudo, depois do banho,

ela tirou a toalha na qual estava enrolada

e com ela secou meu rosto, meus ombros, meu peito e minhas costas.

Depois se ajoelhou, e com olhos e reverencia de uma gueixa

enxugou minhas coxas, minhas pernas e meus pés.

4 comentários em “Sobre aquela noite”

  1. Joaquim,

    Estava com saudades de suas poesias. Admiro seu lado político, cineasta, jornalista, gourmet…enfim.
    Mas, o que mexe realmente comigo é seu lado poeta. Tenho certeza que a mulher que o inspirou neste
    poema deve ser muito orgulhosa disso. Fico imaginando como seria ouví-lo declamando para ela. E
    ela se entregando “pelo ouvido”.

    Resposta: Não havia mais postado nenhum poema desde que uma determinada pessoa pediu que eu deletasse um, pois ele, mesmo ela gostando muito dele, causava-lhe “problemas”.
    Que bom que você gosta desse poema. Fico feliz. Na verdade ele é a base para um MINUT-FILM.

  2. Há muitos anos que eu não leio um poema de amor como esse, tão maduro, tão completo, pronto e acabado. Na verdade ele me parece mais uma crônica de um amor maduro, ou seria impressões sobre um amor completo.
    Parabéns, a você que o fez e a musa que lhe inspirou, ou quem sabe, contracenou com você.

  3. Mais uma vez vc surpeende na sinceridade, ponto de vista de um homem sábio que ao invés de se ater na forma, preferiu se emocionar com o conteúdo explícito em um gesto simples de servidão mas que poderia simbolizar tantos sentimentos.Muito bom o seu poema, como todos os demais mostram os traços da sua personalidade.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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