Brincando com Brecht *

Se os tubarões fossem homens
O Analfabeto Político
usaria uma imensa mandíbula:
A Máscara Do mal.

E as Perguntas De Um Operário Que Lê?
Esse Desemprego
Diz Aos que virão depois de nós:
O Vosso Tanque General, É Um Carro Forte.
e A Troca da Roda
é um simples
Elogio da Dialética.

O Maneta No Bosque
é A Exceção e a Regra.

Não Necessito De Pedra
Tumular
Mas sim
O Nascido Depois,
No Segundo Ano
De Minha Fuga.

Para Ler De Manhã e à Noite
A Minha Mãe
A Fumaça
A Cruz de Giz
Os Esperançosos…
Acredite
esses precisam
De Ajuda

Ele foi
Expulso Por Bom Motivo
Apenas
Esse será
Epitáfio Para Gorki

Quem Se Defende?
Se Fossemos Infinitos
os Tempos Sombrios
seriam leves.
Nada É Impossível

Pensamentos De Mudar Ferro
Refletindo Sobre O Inferno
Sobre a Violência.

As Boas Ações
Os que lutam
São como a Poesia do Exílio.

De Que Serve A Bondade
se nós
Os maus e os bons
Precisamos De Você
assim
Privatizado.

Com Cuidado Examino
Como Bem Sei.
Mas e
Quem Não Sabe?

* Quando estou muito atarefado, cheio de coisas pra fazer e sem o tempo necessário, costumo arrumar coisas bem difíceis para ocupar meu tempo e minha cabeça enquanto descanso e tento relaxar. Esse poema é resultado de um desses dias de relaxamento.

5 comentários em “Brincando com Brecht *”

  1. voce me causa muita curiosidade… como um politico maranhense, alguem que deve ser extremamente comprometido com tudo isso que esta ai, consegue fazer um poema desse nivel, algo completamente diferente, inovador, algo que se pode chamar de poema-brincadeira e logo com um genio como brecht. vou continuar por aqui, vigiando, pode ser que voce tenha outras perolas pra mostrar e eu nao quero perder.

  2. Joaquim,

    Você diz que relaxa se envolvendo com coisas difíceis. Isso por si só já é uma incógnita. Quem vai tentar entender as profundezas da mente humana? Depois escolhe um autor extremamente revolucionário e brinca com sua obra, tentando dar sentido e coerência a seus poemas usando somente seus títulos. É no mínimo curioso.

  3. Carlos Sforzesco

    Caro Joaquim;

    Cada vez mas me admiro da sua impossibilidade de escrever coisas plausiveis com a realidade.O que vejo é sempre situações vazias de uma pessoa que precisa de ajuda, podendo ser esta litéraria e até mesmo de saúde.

    Acredito que voçê tenha que se tratar, sabe tirar um tempo de férias ou mesmo buscar uma ajuda médica, o que escreves está longe de uma realidade e só demonstra fraqueza e vazio de sentidos.O que sta acontecendo com voçê?

    P.S. Por favor não me agrida, me xingando ou coisa parecida só quero mesmo te ajudar.

    Abraços

    Carlos Sforzesco

    Resposta: Caro amigo, leia e releia o que você escreveu acima e depois me diga se sou eu quem está precisando de alguma coisa!?

  4. Joaquim,

    Fco triste quando leio algo depreciativo sobre arte. Ocorre-me que poderia ser uma criança, por exemplo, construindo um castelo de aréia e, de repente, uma pessoa passa e destrói…enfim, o lúdico é sublime para mim.

    Parabéns pela linda brincadeira.

    Clara

  5. Bom dia Joaquim,
    Brincadeira !!!!!!!! fala sério !!!!!! brincando com Brecht ???? aí no Maranhão??????? (KKKKKKKKKKKK) menino tu es genial e digamos tipo assim “maquiavélico” no bom sentido é claro (KKKKKKKK). aguardem os próximos capitulos……….

    Bitoquinhas

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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