Quarenta anos de JEMs

A realização de um sonho não tem preço. Não há nada mais gratificante do que alcançar nossos objetivos, superar obstáculos, nos tornarmos vencedores.

Foi isso que eu e os de minha geração fizemos e é isso que os que vieram depois de nós tem feito ao participarem dos Jogos Escolares Maranhenses.

Essa história que começou em 1972 acaba de completar agora 40 anos.

Assim como foi para nós, para os nossos alunos atletas, o fato de apenas participar dos Jogos Escolares Maranhenses, já é a realização de um sonho. Vencer uma competição e levar para casa a tão desejada medalha, isso então, é uma imensa conquista.

A realização dos jogos é um momento único, que se prolonga e é apreciado e vivido intensamente a cada segundo por todos aqueles que, direta ou indiretamente, durante o ano inteiro, trabalham para consolidar a maior competição esportiva estudantil do Maranhão.

Em 2012, esses sonhos ganharam uma proporção ainda maior, nunca antes vista. Não apenas porque chegou à sua histórica quadragésima edição, mas porque foi o maior de todos os tempos.

Os números foram expressivos. Mais de 60 mil pessoas envolvidas na competição. Atletas, técnicos, dirigentes, árbitros e equipe de apoio nas mais diversas áreas. Mais de 600 instituições de ensino, entre públicas e particulares, 49 municípios empenhados na luta pelo desenvolvimento do esporte no Maranhão.

Atletas, de 12 a 17 anos, mostraram que o esporte maranhense é forte e tem futuro.

Para a Secretaria de Estado do Esporte e Lazer, é gratificante poder proporcionar alegrias a esses jovens. Alegria como a que estava visível no sorriso e nas lágrimas dos meninos das cidades de Imperatriz e São Domingos do Maranhão que, pela primeira vez, pisaram no gramado do Estádio Castelão para decidirem a medalha de ouro do futebol.

O melhor é que, o bom trabalho desses jogos refletiu-se imediatamente no resultado alcançado pelas equipes que representaram o nosso estado nos Jogos Escolares Brasileiros, na categoria infantil, disputados em Poços de Caldas. Pela primeira vez disputamos quatro finais dos JEBs. Este ano trouxemos medalhas de prata no voleibol masculino e feminino, no handebol masculino e feminino, além de outra prata no judô masculino, um bronze no judô feminino e outro bronze no badminton masculino.

O sucesso é tanto que acabamos de ser informados pela Confederação Brasileira de Voleibol que três atletas maranhenses, uma moça, Neyane Costa, do Upaon-Açu, e dois rapazes, André Santos, do Upaon-Açu e Getúlio Júnior, do Rui Barbosa de Imperatriz, foram convocados para a seleção brasileira de voleibol escolar.

No encerramento dos jogos demos destaque aos melhores atletas, de ambos os sexos, nas duas categorias e em todas as modalidades disputadas.

Ainda naquela noite entregamos os troféus de campeão às escolas que somaram mais pontos em cada uma das categorias. No infantil a escola vencedora foi o Colégio Dom Bosco de Imperatriz. Esse fato, que acontece pela primeira vez, é motivo de muita alegria para nós, pois prova que o trabalho da Sedel, no sentido de interiorizar suas ações, tem surtido efeito positivo.

Na categoria infanto a escola campeã foi a Upaon-Açu de São Luís que, também por trazer o nome primitivo da ilha em que está nossa cidade, fecha com chave de ouro o nosso calendário comemorativo de seus 400 anos.

É importantíssimo ressaltar que as escolas vencedoras dessa edição dos JEMs levaram troféus com os nomes de dois dos maiores responsáveis pela existência e o sucesso do esporte maranhense. Trata-se de Cláudio Vaz e do professor Dimas, de quem só vou citar os nomes, porque se for falar deles precisaria de duas ou três paginas inteiras desse jornal.

Ainda naquela noite homenageamos atletas, professores, dirigentes e jornalistas que participaram da realização dos primeiros JEMs. Como foram muitos não vou aqui nomeá-los.

Sinto que boa parte de minha missão está cumprida. Fortalecer os JEMs, interiorizar as ações da Sedel, reformar o Castelão e consolidar a lei de incentivo ao esporte.

Ainda falta recuperar algumas de nossas praças esportivas mais importantes como o Costa Rodrigues e o Rubem Goulart, que se encontram em obras, e o parque aquático que estamos buscando recursos. Restabelecer as escolinhas que tantos talentos esportivos nos deram e ajudar o soerguimento do futebol maranhense.

Tenho certeza que todas essas metas serão alcançadas. Essas e muitas outras que são consequência direta e ações secundárias provenientes das aqui enumeradas.

Eu que não queria aceitar o convite da governadora para assumir a Secretaria de Esporte, talvez achando que ela fosse pequena demais para mim, sabendo que ela tinha um orçamento irrisório destinado a realizar um trabalho que para muitos parece ser irrelevante, confesso que estou feliz e realizado.

Nosso trabalho pode parecer pequeno e fácil, mas não é nem uma coisa nem outra. Pode parecer irrelevante e supérfluo. Longe disso. Ele é necessário e importantíssimo, e eu não poderia realizar esse trabalho a contento se não tivesse a colaboração de pessoas que muito contribuem para isso, como Alim Neto, Monica, Vadeco e Clineu, passando por Fernando Lins, Mesquita, Aragão e Núbia até chegar à dona Aparecida, seu Dadá, Nazareno e Dona Fátima. Muito obrigado a todos que trabalham para fortalecer o esporte do Maranhão.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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