O Centro Histórico de São Luís precisa ser protegido

Li que o governador do estado e o prefeito da capital estão trabalhando juntos para resolver os problemas de nosso Centro Histórico, que contem o maior casario colonial com incidência de azulejaria portuguesa do Brasil e talvez só um pouco menor que a de Lisboa.

Amo minha cidade de tal forma e em tamanha quantidade que penso às vezes gostar mais dela que do Maranhão ou mesmo do Brasil, mas acho que isso é normal.

Quando passeio por suas ruas, quando passo por suas escadarias, seus becos, sinto a energia do tempo e da historia. Quando vejo uma porta antiga, imagino quanta gente passou por ela. Quando é uma janela, imagino as mocinhas casadoiras debruçadas sobre seus parapeitos.

Se os governos municipal e estadual querem realmente valorizar o centro histórico da cidade de São Luís, que instalem nele os escritórios de seus órgãos administrativos, que incentivem a ocupação comercial dessa região e realizem o repovoamento habitacional dessa área tão importante de nossa cidade.

Como fazer isso é fácil: Reformem os prédios pertencentes aos poderes públicos que estão abandonados e alguns outros capazes de abrigar nossas repartições públicas e universidades e coloquem-nas para funcionar lá. Estabeleçam um estacionamento no Aterro do Bacanga com sistema de minivans para distribuir os funcionários pelas suas repartições ou o mais perto delas possível. Reservem alguns imóveis para repovoamento e reocupação humana dessa área. Entregue os apartamentos a estudantes universitários. Ofereçam vantagens para os empresários que já estão trabalhando por lá e para outros que queiram ir implantarem seus negócios naquela região da cidade.

Os governos municipal, estadual e federal, esse através do IPHAN, o deveriam estabelecer conjuntamente uma espécie de prefeitura do CHSL, com poderes para funcionar com mais eficiência, efetividade e eficácia as paquidérmicas estruturas atualmente existentes. Um administrador que pudesse fazer girar as engrenagens em cada uma das esferas de poder, que fizessem o nosso Centro Histórico ser em algum tempo como os de cidades importantes como Londres, Paris, Lisboa ou Madri. Será que isso é sonhar muito alto?

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

Busca

E-mail

No Twitter

Posts recentes

Comentários

Arquivos

Arquivos

Categorias

Mais Blogs

Rolar para cima